Cartel da mídia norte-americana

“The media cartel that keeps us fully entertained and permanently half-informed is always growing here and shriveling there, with certain of its members bulking up while others slowly fall apart or get digested whole.”

O artigo “What’s Wrong With This Picture?“, do The Nation de 7 de janeiro de 2002 (notícia antiga, mas ainda é válida :P) critica, em tom mordaz, o cartel* da mídia norte-americana, que vem cada vez mais concentrando os grandes veículos da mídia mundial nas mãos de poucos. O professor de estudos midiáticos da New York University Mark Crispin Miller critica a falta de eficácia das leis que deveriam regular tal matéria, e se vê pessimista diante de uma perspectiva de futuro onde o muito que for produzido seja propriedade de poucos.

“Bill Clinton championed the disastrous Telecom Act of 1996 and otherwise did almost nothing to impede the drift toward oligopoly.”

Ele também se mostra insatisfeito com relação ao que pode acontecer caso tais conglomerados midiáticos não sejam regulados num futuro próximo, e analisa as conseqüências que ele tem trazido para a sociedade e a cultura americana.
“Of all the cartel’s dangerous consequences for American society and culture, the worst is its corrosive influence on journalism.”
“The monoculture, endlessly and noisily triumphant, offers, by and large, a lot of nothing, whether packaged as ‘the news’ or ‘entertainment.'”

Em nome do interesse público, seria necessário que a situação atual de oligopólio fosse destituída.
“A media system that enlightens us, that tells us everything we need to know pertaining to our lives and liberty and happiness, would be a system dedicated to the public interest. Such a system would not be controlled by a cartel of giant corporations, because those entities are ultimately hostile to the welfare of the people. “

“In short, the news divisions of the media cartel appear to work against the public interest–and for their parent companies, their advertisers and the Bush Administration. The situation is completely un-American. “

A conclusão é incisiva:
“We therefore must take steps to liberate the media from oligopoly, so as to make the government our own. “

O artigo é acompanhado de uma ilustração em flash detalhando as áreas de atuação de cada uma das corporações que formam o chamado “Big Ten”, os dez maiores gigantes da mídia.

* A título de curiosidade, veja o que diz o glossário executivo do dicionário Michaelis acerca do termo “cartel“: “União informal de empresas industriais independentes, que produzem bens similares com a finalidade de monopolizar um determinado mercado (market).
Na visão do articulista supracitado, grosso modo, é isso o que vem acontecendo na mídia norte-americana, onde dez empresas (AOL Time Warner, Disney, General Electric, News Corporation, Viacom, Vivendi, Sony, Bertelsmann, AT&T and Liberty Media) detêm grande parte da produção midiática, em áreas como televisão, publicação de livros, rádios e jornais.

P.S.: artigo encontrado via StumbleUpon 😛

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