Final de ano

Todo final de ano é aquela velha melação de sempre; é aquele período do ano em que qualquer um vira seu velho amigo de infância. Todo indivíduo minimamente conhecido que você encontra na rua te deseja “um feliz natal e um próspero ano novo” (a clássica frase pronta de boas festas). E o entusiasmo é tanto que até alguém que você venha a conhecer nesta época vai te desejar tudo de bom no ano que se aproxima (para você e para sua família!). É um sentimento geral de otimismo tão contagiante que até entedia (– que até enjoa!). E você então aguarda o ano novo com tanta expectativa que, dois ou três dias depois de ele efetivamente chegar, você se sente frustrada porque nada do que esperava realmente aconteceu (simplesmente o tempo passou, trocou-se de mês, e tudo continua no mesmo — você é a mesma; a única diferença é que precisa se acostumar a colocar o numerozinho 6 ao término das datas no canto superior direito das folhas do caderno). Isso também vale para os milhares de planos que você pretendia colocar em prática quando o novo ano começasse, mas, ao final do mesmo, percebe que não realizou nem a metade de tudo (isso quando lembra tê-los feito)!
Enfim, é por isso que não gosto do período de festas de final de ano. Mas não dá para ignorar que elas acontecem. Então, fiquem aí com algo tosco escrito enquanto eu aguardava a meia-noite para poder conectar (só para não dizerem que não falei nada sobre o fofíssimo espaço de tempo compreendido entre a chegada do Papai Noel e a retirada dos enfeites já em pleno ano novo).
Embora eu tenha me manifestado contra frases prontas… reservo-me no direito de, mesmo assim, desejar a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo! 😛 (existe outra maneira de dizer isso em menos ou melhores palavras? viva o clichê! \o/)

Receita matemática para um Feliz Ano Novo

Some os momentos felizes
Multiplique as alegrias
Compartilhe as conquistas
Diminua as tristezas
Subtraia as adversidades.
Divida as tarefas
Redistribua os restos
Elimine as diferenças
Equacione as dificuldades
Eleve o amor à máxima potência!
Adicione bom humor na realização das tarefas do dia a dia
Fuja dos ângulos retos: celebre qualquer novo ângulo possível!
Ligue os pontos
Brinque com os polígonos
Invente novas formas geométricas
Sorria em ângulo aberto
Corra de A para B, corra de B para A, corra de B para C. Se cansar, crie novos caminhos: transforme catetos em hipotenusa!
Mantenha a quantidade de amigos na potência máxima
Encare o trabalho como um mínimo múltiplo comum:
A vida é um intervalo aberto
E seu limite é o infinito!

Se for para chorar, que se chore em parcelas
Se for para sofrer, que se sofra em conjunto
Se for para amar, que esse amor seja elevado ao infinito
Se for para querer, que se queira de forma integral
Se for para aproveitar, que se aproveite ao máximo
Se for para somar, que se somem os momentos felizes
Se for para diminuir, que se diminuam as tristezas
Se for para dividir, que se divida o pão
Se for para subtrair, que se subtraiam as adversidades
Se for para adicionar, que se adicione paz ao mundo moderno
Se for para eliminar, que se eliminem os problemas
Se for para equacionar, que se equacionem as dificuldades
Se for para exceder, que o excesso se dê em saúde
Se for para perder, que se perca o medo
Se for para sobrar, que sobre dinheiro
Se for para faltar, que faltem momentos de tédio
Se for para acabar, que acabe log 0

Mas perceba que, embora existam sistemas indeterminados, ao menos nos sonhos, tudo é possível.

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