E termina o horário de verão…

Todo ano fico meio de cara com a chegada do horário de verão, pois o governo simplesmente nos toma 1 hora de nossas vidas com a promessa de economizar energia, mas não sem antes comprometer-se a restituí-la dentro de algum tempo. O chato é que a gente demora um tempão para recuperar nossa hora preciosa, e, ao menos no meu caso, fica fantasiando o que fazer quando ela (tão-aguardada, tão-esperada) enfim chegar.
O mais bizarro disso tudo é que o horário não necessariamente coincide com os meses de verão, ou algo do tipo. Neste ano, o “horário de verão” começou dia 16 de outubro de 2005 e terminou na meia-noite do dia 18 de fevereiro deste ano. O horário simplesmente termina e começa no meio do nada, conforme as conveniências políticas (dizem que é por questões de economia… dizem — então por que não adotar um “horário de todas as estações”, que adiante as horas o tempo todo e reduza o consumo de energia ad eternum? :P).
Mas enfim, a grande questão é que recebi minha hora de volta uma semana antes da data combinada, inadvertidamente, a bordo de um Fokker 100 da TAM*, e garanto que não foi nada confortável (aquele aviãzinho sacode muito!!). O fato é que nem tive muito tempo para pensar no que fazer na suposta “hora extra”, pois só fui descobrir que tinha ganhado (ou perdido) de volta a minha hora tomada em outubro do ano passado quando, já em terra firme, mais precisamente em um lugar não coberto pelo horário de verão (absurdo! Tantos brasis dentro de um só Brasil!), foi-nos alertado de que era necessário atrasar os relógios em uma hora. Foi mais como se a viagem tivesse durado duas horas ao invés de três: nada de duas meias noites, nada de uma sensação ilusória de se ter vivido uma hora a mais.
Mas tudo bem. O bom foi que o horário de verão serviu, de fato, para economizar alguma coisa. No Rio Grande do Sul, a economia de energia foi de 6,3%. No geral, o governo conseguiu atingir a meta de poupar 5% da eletricidade consumida (parece pouco, mas, em termos de “Jornal Nacional”, é o suficiente para abastecer uma cidade com 4,5 milhões de habitantes no horário de pico). Já em termos financeiros, a economia chegou a 1,1 milhões de dólares.

* Isso tudo me fez lembrar de uma velha piadinha — sazonal e sem graça —, lá da época (outubro de 1996) em que um avião da TAM (um Fokker 100, obviamente) caiu logo após a decolagem em S. Paulo:
Qual a diferença entre o avião que caiu, um louco e o Senna?
A resposta: O avião que caiu era da TAM. O louco é tantã. E o Senna é “tã tã tã”…
Ah, sei lá, a piada fica bem mais interessante quando contada ao vivo, por conta da sonoridade das palavras e da musiquinha 😛

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