‘Código da Vinci’ por todos os lados

Interessante e bem-humorado o artigo da Reason Online sobre o fenômeno do Código da Vinci. Nele, Tim Cavanaugh, web editor da Reason, fala do quanto é impossível que alguém não saiba tudo sobre o livro – mesmo que não o tenha lido – por conta da insistência da mídia no assunto. Ainda mais agora que o filme está para ser lançado, em estréia mundial, com o tosquíssimo e apelante slogan que convida: “Be Part of the Phenomenon” (é tão descara da a coisa que eles já nem escondem o fato de que estão manipulando a vontade das pessoas).

“In an era of audience fragmentation, Dan Brown has produced something rare—a genuine popular phenomenon.”

Além de ter popularizado de certa forma a leitura, outros fatos positivos que podem ser imputados ao “fenômeno Da Vinci” é que ele popularizou termos científicos um tanto complexos (o exemplo que o artigo dá é a própria questão do uso da simbologia e semiótica) e também contribuiu para reacender o debate religioso em todo o mundo.
Acho que só quem esteve em Marte nos últimos anos é que pode alegar não saber nada sobre a trama da história! Para Tim Cavanaugh, assim como os ensinamentos da Bíblia, o conteúdo de ‘O Código da Vinci‘ é quase totalmente assimilável por osmose. O próprio autor do artigo confessa que não leu o livro (e muito menos uma das milhares de variações disponíveis da obra, que se propõem a complementá-la ou desconstruí-la, e que fomentam o mercado editorial de livros em toda a parte).
Quanto ao Código, além do livro e do filme, seu autor, Dan Brown, também se envolveu em uma série de processos de outros autores que tentaram pegar carona com o sucesso e acusaram-no de plágio. Mas como copiar teorias conspiratórias inventivas não é crime, Dan Brown foi inocentado. O filme estréia sexta-feira em todo o mundo, inclusive em Pelotas (!).

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