Monthly Archives: May 2006

Três reais

Tentativa de escrita nonsense:

Era uma vez um indivíduo nada desconfiado. Um dia ele estava andando na rua e encontrou uma nota de três reais no chão. Ele nunca tinha ouvido falar da existência de cédulas desse valor. Mas fazia sentido. Ainda mais em ano de Copa do Mundo! Nada mais festivo e alusivo à data do que fazer uma nota de três reais na cor amarela. Ainda mais quando a de um real é verde, e a de dois é azul. É bem… Brasil.
Ele pegou a nota. Pensou em guardá-la de recordação. Mas não, dinheiro foi feito para circular. Além do mais, vai ver essa nota existia em tudo quanto é lugar (ele que era o tapado que nunca tinha visto).
Então o sujeito tentou comprar lingüiça no açougue com a nota. O açougueiro não só recusou como também chamou sua nota amarela de dinheiro com hepatite.
– Po, e aonde é que fica o espírito da Copa do Mundo?

Okay, prometo que neste fim de semana volto a postar coisas mais, digamos, “normais” aqui neste blog… 😛 É essa história de ninguém ler o que eu escrevo (fora eu mesma) que acaba me motivando a escrever coisas pelas quais ninguém se interessaria mesmo 😛

Aventuras no dicionário de francês

Na página 488 do minidicionário Michaelis Francês-Português-Francês, abaixo de um y de dimensões gigantescas, é possível ler, com letrinhas minúsculas (algo como Small Fonts tamanho 5, ou menos), as seguintes palavras:

y [`ipsilõw] sm lettre appartenant à quelques alphabets étrangers, que s’emploie en portugais seulement dans les terms techniques d’usage international ou dans les abréviations et symboles. Lettre de l’alphabet qui a été remplacé par l’i dans l’ortographie officielle de 1943.

Seguido de um mega espaço em branco. Na página seguinte vem a letra zê.
Okay, agora alguém me explica qual o sentido de usar uma folha inteira (pobres árvores!) para dizer simplesmente que a letra ipsilon não existe na língua portuguesa. Pior ainda: dizer isso na definição do que supostamente seria a letra ipsilon! (afinal, a letra ipsilon existe ou não?).
É querer desperdiçar árvores! Depois ainda reclamam do desmatamento… 😛

Orkut – sorte do dia

“The only good is knowledge and the only evil is ignorance”

Até tu, Brutus? Quando resolvo tirar folga dos estudos, quando decido faltar aula pela primeira vez no ano… o Orkut vem querer me dar lições de moral acerca da necessidade de se ter conhecimento e da malevolosidade (se a palavra não existe, acabei de inventar) da ignorância? Ah, fala sério! 😛

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300° post

Fatos aleatórios
(Leia-se: acabaram as minhas provas, vou voltar a atualizar este blog, mas hoje ainda não vai dar tempo.)

1. Já somos 12% da população brasileira. De um em um porcento a gente chega lá 🙂
2. As inscrições para o Intercom foram prorrogadas até o dia 19/06. GRRRRR.
3. Sou só eu que acho, ou o título “Acidente deixa vítima leve e tráfego lento na via Anchieta” da Folha Online de hoje é meio, digamos, esquisito 😛 (pense em ‘leve’ como antônimo de ‘pesado’). Tá, okay… sou só eu mesmo 😛
4. Escrevi 6 folhas de respostas na prova de hoje (páginas, lados da folha… uma folha de almaço e meia, no caso). Recorde absoluto de enrolação: quando não souber o que dizer, repita várias vezes com todos os sinônimos e variações possíveis.
5. Hoje tem uma festa da minha turma do Direito no Rua XV. Só minha turma para ser insana ao ponto de marcar uma festa bem no meio da semana mesmo tendo aula todas as manhãs. Ao menos há um significado simbólico por trás disso tudo — o fim das provas (do primeiro bimestre). O nome da festa é “IntimAção” (duplo sentido, ambigüidade, sacou?). O legal do curso de Direito é que há uma quantidade enorme de palavras bizarras que nos permitem criar nomes felizes para as festas 🙂

Um domingo qualquer

Hoje eu acordei bem cedo e saí de casa pouco depois das 6 horas da manhã. Mal deu tempo de tomar um café da manhã decente porque demorei muito tempo no banho (sabe como é, dia frio) e quando fui ver já estava quase atrasada para chegar no lugar para o qual eu queria ir.
No caminho, passei por um menino pedindo esmola no sinal. Ele vestia roupas extremamente sujas e rasgadas. Seu olhar era diferente, não parecia que queria o dinheiro daqueles que por ali passassem. Tudo o que ele precisava era de compaixão. Dei-lhe um sorriso. E um punhado de balas que estavam abandonadas no porta-luvas do meu carro desde o último fim de semana na praia. Notei que o menino me sorriu de volta. Mas no fundo percebi que por mais que minhas intenções fossem puras não haveria jeito de acabar com a pobreza e a injustiça no mundo.
Seguindo adiante, pouco antes da avenida principal da cidade, presenciei uma cena que preferia não ter visto. Dois carros haviam se envolvido num acidente, e estavam completamente destruídos. Seus ocupantes eram provavelmente jovens apressados na saída de uma festa que tiveram suas vidas abreviadas por conta da bebida. Acho que vi um corpo estatelado no asfalto. Tentei virar o rosto, mas não deu para evitar.
Logo que passei por ali, tive que estacionar o carro. Uma tristeza profunda tomou conta de mim. Pobreza, mortes. Por um instante, eu desejei que o mundo não existisse – ao menos não do jeito que ele é. Mas logo percebi que de nada adiantaria simplesmente desejar que as coisas fossem diferentes. E em seguida tomei coragem, respirei fundo, e voltei a dirigir. Já passava das 7 horas da manhã quando cheguei no meu destino.
Tive dificuldades para descarregar o porta-malas de meu carro. Eram tantos brinquedos que ele mal fechava. Mas contei com a ajuda de duas simpáticas moças que trabalham no orfanato municipal. Precisávamos ser rápidos: logo, logo as crianças acordariam, e iriam querer ter um presente ao lado de suas camas.
Não muito tempo depois, já havia um presente próximo a cada criança. A parte mais demorada foi justamente posicionar os pacotes em cada quarto sem correr o risco de acordar os anjinhos que estavam dormindo. A tarefa foi cumprida pé por pé. De qualquer modo, não havia pressa. As crianças haviam dormido tarde na noite anterior, pois muitas alimentavam a esperança de ver Papai Noel chegar pela janela – quando, no fundo, tudo o que queriam eram pais de verdade, dois ou três irmãos, uma família.
Não pude esperar até que as crianças acordassem. Mas a diretora do orfanato me ligou no final da tarde para agradecer a entrega dos presentes. Senti-me bem com a ajuda, mesmo que no fundo eu apenas tivesse cumprido com o que o meu chefe tinha me pedido.
Saí de lá para dar uma volta no parque. Estacionei meu carro próximo ao caminho principal. Passei o resto da manhã caminhando pelas alamedas arborizadas do parque, pensando na vida. Perto de meio dia, vi uma cena que me provocou profundas reflexões. No meio do parque, perto de uma clareira, duas menininhas alimentavam um cachorro faminto. Pelas suas expressões, dava para perceber que elas sentiam pena e compaixão pelo animalzinho, que estava com a pata quebrada. Entretanto, a pouca distância dali, havia um mendigo dormindo recostado em uma árvore. O que me pôs a pensar foi o fato de que o cachorro tenha despertado maior compaixão das menininhas do que o mendigo. Como pode o ser humano ser rebaixado a um valor inferior ao de um cão? A que ponto chegamos, que um cão ferido cause maior compaixão que um humano desabrigado?
Como de nada adiantaria ficar apenas indignado, resolvi agir. Fui até o carro-lanche, comprei um cachorro-quente, e ofereci ao mendigo. Primeiro ele se irritou por estar sendo acordado. Notei que ao seu lado havia uma garrafa vazia de bebida alcoolizada. Ele provavelmente tinha ido dormir bêbado, e se encontrava em ressaca. Não demorei muito para perceber o cheiro de cachaça misturado a sujeira que aquele homem exalava. Mesmo assim, não me intimidei. Insisti até que ele estivesse com os olhos abertos. Então, ofereci o cachorro-quente. Imagine o tamanho da minha indignação quando aquele homem começou a me xingar, dizendo que eu não devia ter interrompido o sono dele. Pedi desculpas, estendi mais a mão para entregar-lhe o cachorro-quente, e saí logo de lá. Nenhum obrigado. Por um momento até achei que estava começando a entender as razões que levam as pessoas a sentir maior compaixão pelos cachorros desamparados que pelos humanos perdidos. Mas foi uma constatação passageira. Não posso culpar o mendigo pela situação social na qual ele se encontra. Não é culpa dele que as coisas estejam assim – também não é culpa dos cachorros. (Então, de quem é a culpa?)
Caminhei mais um pouco pelo parque, respirando natureza, e em seguida retornei para o meu carro. Chegando lá, vi que a antena tinha sido roubada. Senti raiva do pivete que havia feito isso. Mas não pude fazer nada. Registrar queixa seria em vão. Realizar justiça privada seria impossível. O jeito era se conformar em ter que comprar uma nova antena. Hoje não ia ser possível, porque nos domingos o comércio está fechado. Essa seria a minha primeira tarefa para amanhã – exceto que eu morri atropelado quanto fui tentar atravessar a rua no final do dia. Gaaaah… Desisto! Quem foi que disse que uma história precisa ter, necessariamente, um final feliz? Quem foi que disse que uma história precisa ter final? 😛 Abaixo a ditadura das histórias com final!! Reservo-me do direito de encerrar qualquer texto onde eu bem entender 😛 Unf…
E, obviamente, isso tudo é uma obra de ficção. Eu nem sequer saí de casa hoje 😛 Quando não se tem uma vida interessante para contar, o jeito é inventar 😀

First Post

O que isso que apareceu no meu blog quer dizer? Bug no blogger? o.0
Meeeeedoooo

Ok, this is my absolutely first post in blogdom.What was the need to lift a finger now, you ask? Well, my parents are visiting and I am rediscovering the pleasures of real Konkani food.Every year I make it a point to note down the recipes and promptly forget it ..the recipe as well as the paper on which it was written.This time though, I decided to make the recipes more permanent, setting the sukkes, ambats and bendis in electronic typeface, relying on google and blogger to retrieve them incase I lose sight of them.
BTW, I think I am very much in tune with the pulse of the Konkani community in starting to write about upkaris and sagles.Check out this introductory learn Konkani lesson.
Now, I have taken a lot of beginners lessons in foreign languages- Spanish,French and have also grown up learning Hindi,Marathi etc.

Nowhere does a beginner lesson have this!Goes to show how much the konkani has his mind in the butter

Had your lunch?
= Javan jalwe

What is the curry?
= Randai Kasale

Watch this space as it gets filled with things and ideas related to Konkani food and culture.Repeat after me,no more will be second banana to any other form of south indian cuisine.In fact any second banana found, should and will be promptly made into koddel ,upkari or shikran depending on how ripe the banana is.

, should and will be promptly made into koddel ,upkari or shikran depending on how ripe the banana is.

‘Código da Vinci’ por todos os lados

Interessante e bem-humorado o artigo da Reason Online sobre o fenômeno do Código da Vinci. Nele, Tim Cavanaugh, web editor da Reason, fala do quanto é impossível que alguém não saiba tudo sobre o livro – mesmo que não o tenha lido – por conta da insistência da mídia no assunto. Ainda mais agora que o filme está para ser lançado, em estréia mundial, com o tosquíssimo e apelante slogan que convida: “Be Part of the Phenomenon” (é tão descara da a coisa que eles já nem escondem o fato de que estão manipulando a vontade das pessoas).

“In an era of audience fragmentation, Dan Brown has produced something rare—a genuine popular phenomenon.”

Além de ter popularizado de certa forma a leitura, outros fatos positivos que podem ser imputados ao “fenômeno Da Vinci” é que ele popularizou termos científicos um tanto complexos (o exemplo que o artigo dá é a própria questão do uso da simbologia e semiótica) e também contribuiu para reacender o debate religioso em todo o mundo.
Acho que só quem esteve em Marte nos últimos anos é que pode alegar não saber nada sobre a trama da história! Para Tim Cavanaugh, assim como os ensinamentos da Bíblia, o conteúdo de ‘O Código da Vinci‘ é quase totalmente assimilável por osmose. O próprio autor do artigo confessa que não leu o livro (e muito menos uma das milhares de variações disponíveis da obra, que se propõem a complementá-la ou desconstruí-la, e que fomentam o mercado editorial de livros em toda a parte).
Quanto ao Código, além do livro e do filme, seu autor, Dan Brown, também se envolveu em uma série de processos de outros autores que tentaram pegar carona com o sucesso e acusaram-no de plágio. Mas como copiar teorias conspiratórias inventivas não é crime, Dan Brown foi inocentado. O filme estréia sexta-feira em todo o mundo, inclusive em Pelotas (!).

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Welcome to my life

Are you stuck inside a world you hate?
Are you sick of everyone around?
With their big fake smiles and stupid lies
While deep inside you’re bleeding

No you don’t know what it’s like
When nothing feels alright
You don’t know what it’s like
To be like me

(…)
Welcome to my life!

Estou numa fase meio intimista ultimamente. Os outros não me importam tanto. Mas reconheço que deveriam importar mais, muito mais…

Estresse pós-prova

Nos dias de prova, geralmente fico tão tensa que após a prova não consigo fazer mais nada. Nunca (“nunca diga nunca?” :P) tinha estudado tanto para uma prova como fiz para a de hoje. Ou ao menos não recordo situação tão exaustiva e desesperante. A prova era de T.I.P. (Terrorismo Internacional Público, num trocadilho bastante apropriado para D.I.P., o ‘apelido oficial’ da matéria, Direito Internacional Público), e o conteúdo era extremamente extenso (cerca de 50 folhas no caderno, 150 em um livro que falava apenas de uma parte da matéria, e outras 300 de outro que falava de tudo — isso foi o que eu consegui ler em pouco mais de 48 horas de estudo). Desde quarta-feira eu vinha apenas respirando Direito Internacional, aplicando princípios de tratados (como o pacta sunt servanda — os pactos celebrados devem ser cumpridos) nos fatos da vida diária, ou sonhando com as milhares de teorias que fundamentam a existência e aplicação do Direito Internacional. Para completar, numa aula de quarta no Jornalismo a gente teve de escrever sobre o impasse Brasil X Bolívia (bela oportunidade de escrever sobre o quanto os tratados devem ser cumpridos!… o detalhe é que eu estava tão preocupada com a prova de hoje que nem me lembro o que eu escrevi), e numa aula de ontem, também da Comunicação, a gente teve que argumentar e contra-argumentar sobre um determinado ponto da matéria, o que acabou valendo como um quase pseudo-exercício para o que tive que fazer em pelo menos uma das questões prova de hoje 😛 (na questão 4 da prova, na letra a) tinha que defender o Direito Internacional, e na b) era para defender o Direito interno).
E o pior é que a prova não estava difícil. Só complicada. E longa. Mas não impossível. Não tenho idéia de quanto eu possa ter tirado de nota porque o DIP é muito maleável, e as respostas dependem muito de argumentação, porque, em tese, tudo é possível (desde que as partes concordem que assim o será).
E cada vez fico mais de cara com a minha incrível des-capacidade em responder de forma clara e objetiva as questões propostas. É como se eu dissesse tudo o que queria dizer, mas de forma confusa e caótica. Muitas vezes acabo perdendo nota não por não saber a resposta, mas por ter sido mal compreendida. Aaaah.
Enfim, o bom é que finalmente saí do abismo que me separava do mundo à minha volta, e posso voltar a viver normalmente como sempre fiz. Tem muita coisa que acabei renegando ou esquecendo de fazer ao longo da semana, e pretendo colocar tudo em dia entre amanhã e depois (hoje só vai dar para planejar o que fazer, porque fazer algo vai ser muito difícil). A começar pelas atualizações do blog. E a compra do presente de Dia das Mães!