Monthly Archives: June 2006

Mp3 por quilo

Preocupação geral com o site russo que vende mp3 por quilo (Kb). O site é popular. Mas, de acordo com o NYTimes, tem tudo para ser ilegal: os baixos preços cobrados indicam que ele talvez esteja infringindo regras de copyright.
(O legal é se a moda pega… baixar a música pelo tamanho que ela ocupa em Kb — as músicas de sucesso seriam aquelas de pouco mais de 2 minutos :P)

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O voto nulo e a cidadania

     Interessantes as recentes manifestações de indignação da população brasileira com relação ao modo como as eleições são conduzidas no país. De um modo geral, todas as correntes por e-mail e agrupamentos virtuais que sugerem que se vote nulo nas eleições de outubro para presidente, mais do que uma forma de mobilização, parecem ser uma prova viva de que os cidadãos do país estão finalmente amadurecendo politicamente.
     Para uma sociedade que sequer compreende a importância de uma eleição, de nada adiantaria sugerir o fim do voto obrigatório. A escolha de nossos representantes deveria ter a votação facultativa, sim, mas antes é preciso convencer as pessoas da importância do voto. Do contrário as eleições manifestariam apenas os interesses da minoria, daqueles que têm consciência da importância da escolha que estão fazendo, ou – pior – serviriam para perpetuar as práticas de corrupção e fraude, pois somente aqueles que tivessem algum estímulo (financeiro ou moral) seriam compelidos a ir votar. Uma boa parcela dos cidadãos (aqueles que não se interessam por política) sequer se envolveria no pleito. E uma eleição que sirva para reforçar as diferenças entre os cidadãos não é uma opção plausível.
     Embora a saída não seja simplesmente votar nulo, o grande mérito dessas correntes que circulam pela Internet é a de mostrar que os cidadão estão se dando conta dos jogos e artimanhas políticos engendrados por aqueles sujeitos e partidos que costumam vencer as eleições e se perpetuar no poder. O problema não são as eleições: é contra a manutenção do status quo que essas correntes se insurgem.
     O voto nulo não soluciona nada: apenas obriga a Justiça Eleitoral a convocar novas eleições. Os candidatos permanecerão os mesmos (a menos que os partidos decidam mudá-los por livre vontade), e o máximo que a anulação da eleição poderá ensejar é o seu adiamento. Não faz muito sentido atrasar uma escolha: se ela tem de ser feita, o melhor não é fazê-la tão logo seja possível?
     A solução para o país não é votar nulo. A solução é mobilizar-se contra o modo que as coisas são. Se isso tiver de ser feito por intermédio de uma comoção popular em prol da anulação da votação, paciência. O grande mérito dessa mobilização virtual é o de chamar atenção das pessoas para a necessidade de se fazer uma escolha política consciente, de não se deixar enganar pelas campanhas eleitorais.
     Enquanto o cidadão não toma consciência de que votar é um exercício de cidadania, o voto deve sim permanecer obrigatório. Quando nossas escolhas começarem a ser mais racionais, quando a maior parte das pessoas votarem com consciência, e não por comodidade, aí sim se poderá falar na instituição do voto facultativo. Até lá, tentar convencer os outros de que o melhor é votar nulo já é um bom caminho para mostrar o quanto nossa democracia é falha e o quanto nosso mecanismo de escolha popular anda enfraquecido.

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Reflexões aleatórias

Fatos da vida de uma estudante (semi) dedicada:

(não gosto muito de posts do tipo “Querido Diário,”, mas…)

Síndrome bibliotecnológica. Não consigo ficar mais de 10 minutos numa biblioteca sem pegar um livro. É mais forte que eu. Tenho calafrios, minhas mãos tremem, começo a entrar em desepero, caminho de um lado para o outro, tento manter-me afastada do balcão, mas acabo me aproximando dos terminais de consulta. Aaaah.

Uma dica: quando você leva mais de um mês para ler um livro de menos de 300 páginas, desista! É sinal que você nunca vai conseguir terminar de ler. Estou no meio de 2 livros desde o começo das aulas. E o pior é que eu realmente gostaria de terminá-los!

Incompatibilidade entre empolgação demais e cobrança de menos. Fiquei empolgada com a idéia de fazer um trabalho para a faculdade porque escolhi um tema legal que realmente me interessava. Fiz alguma pesquisa preliminar, procurei livros que tratassem sobre o assunto, li alguma coisa nos jornais… Só que no meio disso tudo eu me esqueci de um detalhe importante: as exigências da universidade ficam absurdamente aquém das possibilidades abertas pela minha mega empolgação. (Ou seja: há vontade de escrever um tratado sobre o assunto… mas o professor pediu um mísero textinho de 80 linhas… gahhh!).

Resgate das origens. Talvez já esteja na hora de fazer as pazes com o curso de Direito (estava desiludida com o mundo jurídico há um bom tempo) e voltar a postar por aqui coisas mais de acordo com a temática por mim proposta (vide título do blog). O Direito não é tão ruim assim. Apenas preciso aceitar o fato de que talvez eu nunca vá ter vontade de trabalhar com ele. Mas mesmo assim reconheço que seja útil aprender sobre a “convivência entre os seres humanos” (de acordo com meu professor de Filosofia/Hermenêutica, é apenas para isso que serve o curso de Direito o.0). Enfim, os próximos posts voltarão a ter conotação jurídica (“ahhhh não.. que coisa chataaa!! não faça isso gabi!!” 😛)

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Copa do Mundo

Essa é para quem já não agüenta mais ouvir falar em Copa do Mundo, a menos de 10 dias do Mundial… Um hotel britânico resolveu oferecer estadias livres de qualquer menção à Copa do Mundo durante o período de realiação dos jogos na Alemanha. Qualquer alusão acidental à “palavra com F” (futebol) fará com que o hotel tenha que dar uma taça de champagne de brinde para o hóspede que se sentir prejudicado.