Monthly Archives: August 2006

Estágio, processo

Querido diário…Esta semana tive meu primeiro (e segundo) dia de estágio. Fora o fato de eu ter me sentido completamente perdida, aco que tive uma boa noção prática de como funciona o sistema capitalista. Cada um produz uma parte. Cada parte é importante para que se cegue a um determinado fim. Mas aquele que faz a parte não tem a noção do todo. Simples. 😛 No primeiro dia, senti como se estivesse dentro do livro “O Processo”, de Franz Kafka – a diferença é que ao invés de estar dentro do processo, ele estava acontecendo ao meu redor, e independentemente da mina vontade. No segundo dia (oje) tentei prestar um pouco mais de atenção no que eu estava fazendo. Mas mesmo assim não entendi nada. Saí de lá e passei direto numa biblioteca – será que os livros serão capazes de me dar a noção do todo? Porque ter consciência só da parte, sem saber do resto, por mais simples e automático que seja, é algo completamente alienante.

P.S.: Por algum motivo bizarro, a tecla agá do meu computador não está funcionando. Eu aperto, mas não sai nada. Logo, sinta-se à vontade para incluir agás nesse post onde acar que seja necessário 🙂

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Wikipedia

Excelente matéria da New Yorker sobre a Wikipedia. A enciclopédia online já tem mais de 1 milhão de artigos e tem se tornado referência mundial para a busca de informações na Internet.
A Wikipedia é uma construção coletiva. Por conta da facilidade de alterá-la e da multiplicidade de indivíduos que podem mudar o que diz cada artigo, muitos consideram sua qualidade editorial pouco confiável (no sentido de que os dados são superficiais, embora corretos). Mas é uma excelente pedida para quem está em busca de noções gerais sobre determinados assuntos. O ideal é utilizá-la como uma primeira fonte de pesquisas, antes de ir em busca de um maior aprofundamento (enfim, ela deve ser consultada de forma auxiliar, como toda enciclopédia).
Um dos grandes problemas é a parcialidade, embora uma das regras do site seja manter um ponto de vista neutro ao se elaborar os artigos. O problema é que fica difícil evitar que surjam debates intensos em tópicos que cubram assuntos mais polêmicos. Nesses casos, a política da enciclopédia é “fechar” o artigo para edição, e só permitir alterações quando se tiver chegado a algum consenso na página de discussão.
Um exemplo de discussão é o que ocorre na página de Pelotas. Nela, há uma acirrada disputa sobre o clima da cidade. Há meses os freqüentadores da página buscam resolver a seguinte indagação: qual seria o mês mais chuvoso do ano em Pelotas? (certamente esta é uma dúvida extremamente relevante para a vida sobre a face da Terra…).
Por essas e outras, é preciso saber adotar uma certa postura crítica ao se ler textos da enciclopédia online. Dada a facilidade de edição, uma determinada informação pode ter sido acrescentado por um estudante de 8ª série (e, portanto, terá mais chances de abordar o tema de forma superficial) quanto por um especialista na área sobre a qual se está falando/lendo. É preciso saber filtrar as informações. A dica é: sempre confie desconfiando. O uso da Wikipedia deve ser subsidiário às outras fontes de informação.
Mesmo com tantos percalços, a qualidade da Wikipedia é elogiável. O grande mérito é disponibilizar conhecimento ao alcance de todos por um clique. Uma pesquisa da revista Nature já procurou mostrar que o grau de confiabilidade da Wikipedia é equiparável ao da Enciclopedia Britannica (a mais tradicional enciclopédia em língua inglesa).
Na Wikipedia há até mesmo um artigo que lista os erros da sua “rival” impressa
(Errors in the Encyclopædia Britannica that have been corrected in Wikipedia) . Um dos “erros” citados é quando a Enciclopédia Britannica se refere a si mesma como a maior enciclopédia em língua inglesa – ora, com 1 milhão de artigos, a Wikipedia estaria esmagadoramente à frente. Mas há uma ressalva: essa afirmativa só seria válida se se considerasse que a Wikipedia é, de fato, uma enciclopédia, no sentido estrito da palavra. Há quem diga que não: a própria Enciclopédia Britannica refere-se à Wikipedia como uma mera base de dados.
Enfim, para quem quiser entender um pouco mais sobre o funcionamento dessa grande idéia, vale a pena dar uma olhada na matéria da New Yorker 🙂 O texto serviu ao menos para eu descobrir que sou uma WikiGnome 😛 Ah, e também recomendo dar uma passadinha no Ponto Media, o site de onde tirei o link para essa matéria.

Marcas globais

Foi divulgado no dia 28 de julho o ranking 2006 BusinessWeek/Interbrand das marcas mais valiosas do mundo. O ranking global não traz graaandes surpresas em seu top 10 (talvez só a presença de duas empresas automotivas entre as dez maiores marcas do mundo). No total, 100 marcas foram listadas. O destaque mesmo fica por conta do Google, ainda fora do top 10, mas que vem com tudo: a marca teve uma valorização de 46%, saltando da 38° posição em 2005 para a 24° posição agora em 2006. O ranking mostra o quanto ainda somos uma “Geração Coca-cola”. Mas se o Google continuar com o mesmo ritmo de crescimento, em breve poderemos entrar numa verdadeira “Google Age”. É esperar para ver.

Confira o top 10:

1. Coca-Cola
2. Microsoft
3. IBM
4. GE
5. Intel
6. Nokia
7. Toyota
8. Disney
9. McDonald’s
10. Mercedes

Mais no site.

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Piada de frio

Falar do tempo é o cúmulo da falta de assunto! Mas confesso que gostei muito dessa piadinha enviada pelo George, via sistema de mensagens do Orkut:

QUANDO COMEÇA BAIXAR A TEMPERATURA, VEJA COMO REAGEM ALGUNS “POVOS”:

25ºC
Baianos ligam o ar quente.
Gaúchos limpam o jardim.

20ºC
Sergipanos tremem incontrolavelmente de frio.
Gaúchos tomam sol no parque.

15ºC
Carros na Paraíba não ligam mais.
Gaúchos dirigem com os vidros abaixados.

10ºC
Cariocas usam sobretudo, cuecas de lã, luvas e toucas.
Gaúchos botam uma camisa de manga comprida.

5ºC
Toda a população do Maranhão morre…
Gaúchos fecham as janelas de casa.

0ºC
Roraima se desintegra.
Gaúchos fazem o último churrasco no pátio, antes que esfrie…

-10ºC
Amazonenses fogem para o deserto do Sahara.
Gaúchos começam a tirar os casacos quentes do armário.

-200ºC
Papai Noel foge do Pólo Norte.
Gaúchos ficam frustrados que o carro não liga.

-273ºC
Cessa toda a movimentação atômica do universo (zero absoluto)
Gaúchos começam a dizer: ‘Mas tá frio, barbaridade!!

Exageros à parte, estamos encarando uns friozinhos nada divertidos aqui pelo Sul ultimamente. Não é nada empolgante ver números negativos, ou positivos próximos ao zero, nas previsões do tempo da tevê, do jornal, ou da Internet (aliás, dica de site: tempo agora ponto com ponto bê érre). De qualquer modo, ao menos estamos tendo frio no inverno. Do jeito que estava na semana passada ninguém merecia: calor de 25° em pleno mês de julho! Ao menos agosto começou com cara de inverno… 🙂

Mulher Maravilha X Harry Potter

Um cientista escocês divulgou nesta segunda-feira dados de uma pesquisa quanto à possibilidade de se chegar à invisibilidade. A conclusão é a de a invisibilidade poderia ser possível ao se realizar o desvio da luz a partir de um campo de força. Ou seja: a invisibilidade do tipo “Mulher-Maravilha” é mais provável que a do tipo “Harry-Potter”. A hipótese ainda existe apenas no plano teórico. Mas, segundo o cientista, encontra-se a caminho de ser realizada na prática. Depois da invisibilidade, qual é o próximo passo? O teletransporte? Uma máquina do tempo?
Detalhe: tempos atrás, uma outra noticia dizia que se estava mais perto do manto da invisbilidade de Harry Potter. Vá entender esses cientistas…
Ao menos ambas as teorias confirmam a idéia amplamente aceita de que a ficção científica, por vezes, pode premeditar aspectos futuros da realidade.