Princípio da ponderação entre espetáculos

Pelo princípio da ponderação entre espetáculos, com o acidente da TAM, o Pan provavelmente irá perder grande parte do espaço que vinha ocupando na mídia de massa. É assim que a lógica da mídia funciona: um espetáculo novo absorve o anterior. E a probabilidade de se sobrepor aos demais é diretamente proporcional ao número de vítimas.

Apesar da tragédia, minha veia investigativa já pensa em aproveitar o tempo livre decorrente das férias para analisar as notícias sobre o fato. Sádico demais? Há aspectos interessantes decorrentes da busca pelo tempo real, como esta manchete do Terra. Na tevê tem havido bem mais deslizes que no jornalismo online. Também dá para notar a força do jornalismo colaborativo – grande parte das fotos do Terra e do Estadão foram enviadas por leitores.

Update – acompanhe a evolução da cobertura online e colaborativa a partir do Intermezzo.

18/07 – Ainda sobre o acidente:
– Fiz um post parecido sobre o avião da Gol que caiu em setembro passado.
– E o André lenvantou algumas das pérolas da tragédia de ontem, citando, por exemplo, este post do Alex Primo sobre uma notícia do ClicRBS anunciando a morte de alguém que não morreu…

O acidente também permitiu um exemplo prático do “jornalismo wikipediniano” em ação. A página da Wikipédia sobre o acidente, atualizada por vários colaboradores anônimos simultaneamente, apresenta um relato completo da tragédia, e recebe novos dados em tempo real.

Outro post antigo relacionado, desta vez sobre espetáculo.

Update – 11/08 – já que o Terra resolveu ser feliz e mudar o título da notícia quase um mês depois do acidente, fica aqui o link para o post do Marmota com um printscreen da manchete errada.

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4 thoughts on “Princípio da ponderação entre espetáculos

  1. Você sabe tanta coisa sobre teoria de comunicação. Então houve mais um desastre da TAM?Não estou nem aí para os jogos. Quem sabe quando o COB for mais profissional.

  2. Minha nossa! Colecionei uma porção de “primeiras notas” do acidente (algumas muito estranhas), mas nenhuma com uma manhchete tão absurda quanto essa.

  3. Era quase duas horas da matina aqui e nem reparei nos links. Postei sobre o desastre mas me recuso a ter fotos ou vídeos fora de links embutidos.Não existe discussão pra mim se temos ou não que reportar. Claro que sim. Esta tragédia é espelho do valr da vida em um país emergente — quase nada, mais barata que consertar as ranhuras das pistas.Escrevi sobre isto sim. Com raiva, indigação e certeza de que “deixa como está para ver como é que fica” continuará reinando.Boa tarde, Gabriela.

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