Intercom 2007

Sobrevivi a cinco dias sem usar computador. Mas valeu a pena. Nos últimos dias, estive em Santos, São Paulo, participando do Intercom. O Intercom reúne todo ano milhares de estudantes, professores e pesquisadores em Comunicação – são vários eventos relacionados às Ciências da Comunicação acontecendo ao mesmo tempo, como oficinas, palestras, apresentações de trabalhos e mostra competitiva.

Até tinha computador por perto. Mas eu me recusava terminantemente a pagar o valor exorbitante cobrado pelo nosso hotel para usar no máximo meia hora de Internet. Preferi limitar-me a breves incursões virtuais via Opera Mini. Como eu não lembrava de jeito nenhum a palavra necessária para postar no blog por e-mail (e também não consegui acesso ao Blogger via mininavegador), continuei atualizando o Twitter (as três últimas atualizações do microblog aparecem ali ao lado no menu do blog – de forma tosca e um tanto caótica). Até tentei fazer uma microcobertura hiperlocalizada de uma única sessão de um evento, mas ninguém estava acompanhando, e acho que, por conta da impossibilidade de edição imposta pelo tempo real, acabei exagerando na crítica – ao menos foi uma experiência interessante. Mesmo que ninguém estivesse acompanhando 😛

A única coisa talvez um tanto sem graça (ao menos para mim) no Intercom deste ano tenha sido o Intercom Júnior. Mas ano passado também foi assim. Além de nos isolarem em um prédio separado dos demais eventos (também foi assim em 2006), havia pouquíssima gente na sala (este ano, era, literalmente, só os que iriam apresentar, e o coordenador da sessão; ano passado pelo menos ainda tinha uns 3 ou 4 indivíduos constituindo uma ‘pseudoplatéia’). O agrupamento de trabalhos se dá mais ou menos por tema, o que é interessante – embora eu tenha me sentido meio deslocada para falar sobre jornalismo na Internet para uma platéia que sabe apenas sobre jornalismo. As críticas/sugestões/idéias foram todas no sentido de dar continuidade ao trabalho de forma diferente, explorando novos ângulos jornalísticos – como na idéia de estudar o enquadramento das notícias.

Enfim, cada vez me sinto mais estudante de Comunicação, e menos estudante de Direito; mais acadêmica, menos profissional. Pena que após o congresso a gente precise voltar à (ir)realidade cotidiana, não tão cheia de coisas interessantes a serem feitas ao mesmo tempo…

Em tempo: só fui perceber que Santos é uma ilha quando já estava dentro dela. Minha noção de geografia é terrível.

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