Em busca de idéias

Preciso urgentemente ter idéias! O normal é que elas apareçam sem ter que procurá-las. Elas costumam brotar assim, do nada, espontaneamente. (Na verdade, não é bem do nada. Elas precisam de todo um contexto especial para surgirem. Um contexto que propicie que elas surjam, ao menos aparentemente, a partir do nada. Um contexto em que não seja preciso se preocupar com nada, para que o nada gere idéias – uma mente livre de preocupações consegue ter idéias; sob pressão, não criamos, apenas reproduzimos técnicas repetidas). Quando menos se espera, eis que surge uma idéia.

Lembro de um desenho que vi muito tempo atrás (algo como 2003) no Canal Futura (nos tempos em que eu ainda assistia televisão, em que eu ainda acreditava no potencial pedagógico dos meios), no qual as idéias (graficamente representadas pela letra “i”) continham apenas uma perna. A idéia era simples. Sozinhas, as idéias não conseguiam andar. Mas apoiadas em pessoas que decidissem levá-las adiante, as idéias iam longe.

Estou disposta a apoiar uma idéia, a dar suporte a várias idéias ao mesmo tempo. O problema atual é um pouquinho mais pontual. O problema é: como ter idéias?

Mas não é qualquer idéia que me satisfaz. Tem que ser uma idéia da qual se possa participar de todo o processo criativo de gestação. Do estalo inicial à execução. Do brainstorming acidental ao elogio ou à decepção final. Posso até me sentir frustrada depois, mas o importante é que seja uma idéia própria. Uma idéia minha. Algo que, tanto faz que dê certo ou errado ao final, mas que me faça querer ir até o fim.

Alguma idéia de como conseguir isso?

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6 thoughts on “Em busca de idéias

  1. bereteie sobre 🙂 sobre qualquer coisa. pensar com o thaumas da filosofia, olhar pra algo como se nunca o tivesse visto antes, como se não soubesse o que é. desacomodar o olhar daquilo que já se tem mapeado, procurar o inverso, abre diversas oportunidades do tipo “tava na cara” :)acho eu, né.

  2. Eu creio que as idéias originais não existem mais. Há muita gente no mundo, difícil pensar no que não foi pensado por ninguém.O que tu podes é somar as tuas percepções às dos outros e ver no que dá. Nessa colcha, uma hora sai algo que te agrade. A minha idéia é ler. Não os clássicos da comunicação e do jornalismo, mas algo diferente, um tipo de literatura que ainda não tenhas lido e que te seja agradável. Uma música de uma banda que não costumas ouvir, esse tipo de cousa. Desejo-te sorte, sei como te sentes. Eu, por exemplo, estou uma péssima blogueira: totalmente sem idéias. Só que a falta delas não me incomoda no momento, estou bem distraída com outras atividades.

  3. A falta de idéias e o excesso delas são produzidos em um mesmo setor do cérebro. Lá venhoeu com os neurotransmitters. Esqueci do nome d aauotr amas do livro é “The Midnight Disease.”

  4. Boas idéias. Já até consegui escrever quase um tratado sobre uma tesoura (seguindo a dica de olhar para algo como se nunca tivesse visto antes). Agora estou à procura de um livro, que não fale de comunicação, nem de jornalismo. Poderia ser o The Midnight Disease.Quanto à falta de originalidade no mundo… a simples justaposição de duas idéias que já foram tidas antes transforma a idéia-síntese em uma idéia original 😉

  5. vide o que faz a turminha do iPhone, iPod, etc. eles não inventam absolutamente nada. toda tecnologia que utilizam já existia. o que fazem é justamente criar a idéia-síntese.o que você anda querendo ler, Gabriela? já experimentou Luiz Ruffato?

  6. Não, mas já estou googleando ele :PTem o The Great Gatsby para recomeçar a ler. Acho que um pouquinho de Fitzgerald já resolveria 🙂

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