Monthly Archives: October 2007

Estadão erra, de novo

Não bastasse a grande perda para a dramaturgia brasileira, o Estadão acabou matando Paulo Autran antes do tempo. Pouco depois das 11h da manhã, uma nota no site informava a morte do ator. A notícia foi removida, e mais tarde, às 16h10, com a morte confirmada, o assunto voltou à pauta do veículo.

Nada mal para um jornal que em agosto publicou como verdade uma notícia estapafúrdia. Depois nós é que somos os macacos

Via André Deak.

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Al Gore leva Nobel da Paz

Agora só falta a presidência…

Ganhar um Oscar, publicar um livro, e, de quebra, levar um Prêmio Nobel da Paz (ou melhor, meio). Tudo isso em menos de 12 meses. Agora só falta Al Gore tentar mais uma vez o cargo de presidente dos Estados Unidos. Mas com certeza ele já fez coisas bem mais interessantes na vida do que o carinha que ganhou a eleição no ano 2000 mesmo tendo obtido menos votos.

# Reações na blogosfera ao redor do mundo.

Como seria se Al Gore tivesse vencido as eleições no ano 2000 >>

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Empregos Jornalísticos 2.0

Você é um estudante de jornalismo que não vê perspectiva de futuro porque as redações estão lotadas, há profissionais demais no mercado, e ainda por cima você acha que o jornalismo enquanto arte (aquele que você gostaria de exercer) já morreu? Seus problemas acabaram. Com a nova safra de empregos jornalísticos 2.0 que vêm surgindo, há novas funções para todos os gostos. De estagiário em blog (neste aqui ainda tem vaga) a editor de palavras-chave. E, no ritmo que as coisas andam na web, é bem provável que o emprego que você vai ter quando se formar ainda nem tenha sido criado. É esperar para ver.

Em tempo: vocês conhecem algum blogueiro que esteja à procura de uma estagiária? 😛

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Twitter X Jaiku

O que é essencial para atingir o sucesso — ter uma ferramenta versátil e abrangente, e contar com o apoio do Google, ou possuir uma base sólida de usuários, apesar de apresentar recursos menos requintados? A recente aquisição do Jaiku pelo Google é um dos assuntos mais falados nos últimos dias, inclusive no Twitter (o microblogging rival, mais simples, porém com mais usuários).

Mas o que, afinal, levou o Google a optar pelo segundo (ou melhor, terceiro) serviço mais popular de microblogging?? Há quem diga que o Jaiku seria na verdade um site de micro-moblogging (“that’s micro-blogging like twitter + mobile blogging”), tamanha a integração com dispostivios móveis. Tim O’Reilly (entusiasta do Jaiku) diz que o Google preferiu o Jaiku ao Twitter (já que, ao menos teoricamente, dinheiro não parece ser problema) justamente para poder apostar mais em mobilidade. Aliás, de certa forma, esse objetivo fica ainda mais explícito com a nota oficial do Google sobre a aquisição.

Seja qual for o motivo, o importante é que os microblogs vêm ganhando maior destaque.

Particularmente, prefiro o Twitter. Até pelos interessantes usos jornalísticos que ele já vem recebendo. Mas dependendo do rumo que o Google der para o Jaiku, posso até mudar de idéia com o tempo…

Update 11/10 — como agora o Jaiku está restringindo novos cadastros… informo a quem interessar possa que disponho de convites para o site (vantagens de se cadastrar uma semana antes da aquisição…). Oferta válida para os primeiros que se manifestarem via caixinha de comentário, ou enquanto durar o estoque.

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Pára-quedismo em ação

Esses dias, durante uma aula no laboratório de informática, notei que uma colega estava fazendo sucessivas buscas no Google, ao invés de realizar a tarefa proposta. Lá pelas tantas, olho para o lado e percebo que ela está lendo este blog (reconheci imediatamente pelos toscos risquinhos azuis à direita; nota mental: já está na hora de providenciar um novo layout para o blog).

Perguntei à colega o que ela estava fazendo ali (também conhecido como “aqui”). Ela olhou para o endereço. Olhou para o nome na parte inferior do post. Olhou para mim. Olhou para a tela. E fez uma gigantesca cara de interrogação. O motivo: a colega tinha chegado ao blog pelo Google, a partir de uma busca por um livro. E estava lá, empolgada, lendo a resenha, sem nem ao menos se dar ao trabalho de conferir quem tinha colocado aquela informação na Internet… Se eu não tivesse olhado para o lado, talvez ela nem teria se dado conta de que o texto que tinha encontrado na web, na imensa e longíqua web, tinha sido escrito por alguém que, naquele momento, estava exatamente ao seu lado…

Então quer dizer que é assim que funciona com todos os demais pára-quedistas do Google? Para eles, nós, macacos, somos uma grande massa de anônimos na web? Importa mais a informação buscada do que o local onde ela se encontra?

Com toda essa confusão de globalização e pós-modernidade (modernidade líquida, hipermodernidade, ou qualquer outro termo feliz para designar os confusos tempos que estamos vivendo), é efetivamente possível que eu esteja lendo o blog do meu vizinho sem nem ao menos saber a) que é o meu vizinho ou, pior, b) quem é o meu vizinho? Essa perspectiva assusta…

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Orkut no Facebook

Orkut no Facebook e MSN no iGoogle. Também dá para acessar o Facebook no Netvibes. O futuro é a integração total?

Problemas práticos do Orkut no Facebook: dá para ver logo de cara que o sistema não é nada seguro. A importação dos dados se dá mediante a colocação da URL do perfil da pesosa no Orkut. Ou seja: basta você colocar a URL de qualquer outro perfil, e terá acesso aos dados dessa pessoa. Não é à toa que o envio de scraps pelo Facebook foi desativado. Era só “entrar” em um perfil alheio e enviar scraps com o nome de outros indivíduos.

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O terceiro de boa-fé

O terceiro de boa-fé é um ser assexuado, casto, puro, incorruptível e cheio de boas intenções, mas que, apesar disso, se envolve sem querer em ilícitos penais ou cíveis praticados por outros (o primeiro e o segundo, também conhecidos nos livros jurídicos por “A” e “B”, ou “agente” e “vítima”, em matéria penal, e “credor” e “devedor”, em termos de obrigações cíveis). O terceiro de boa-fé nunca sabe de nada (não confundir com o homem médio, até porque nada impede que o homem médio aja de má-fé). Por conta disso, a lei lhe garante algumas prerrogativas. Mas só porque, tadinho, o terceiro de boa-fé não tem culpa das atrocidades cometidas pelo primeiro e pelo segundo…

Ele já foi visto perambulando por aí em diversas legislações. O terceiro de boa-fé é figura recorrente no Código Civil e no Código Penal, como no crime de receptação:

Art. 180. Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

e nas disposições relativas à sucessão hereditária:

Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé, e os atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão; mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito de demandar-lhe perdas e danos.

Aplicações na vida cotidiana:

– Ele até pode parecer um terceiro de boa-fé, mas sei bem que o Júlio tem interesse nessa história

– Perdoem o Caio. Ele agiu como um terceiro de boa-fé ao perguntar à Maria sobre o João, pois não sabia que os dois haviam terminado o namoro.

– Não fica te fazendo de terceiro de boa-fé, que sei bem as tuas intenções ao entrar nesta conversa.

Veja também: turbação, imputação, e outros termos jurídicos absurdos.

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Perguntas e respostas

Uma homenagem aos pára-quedistas do Google de hoje

é melhor aprender francês ou alemão?
aprenda francês youtube

onde achar livros em audio
dowload “100 anos de solidão”

diferença entre cessão de crédito e cessão de débito
purgar mora

exemplo de dação em pagamento
entediante

“tragedia de antigona”
antigona ismenia
“tragedia de antigona”

qual o caminho que deve ser seguido e mudar a realidade a africa nao e uma selva
pais mauritânia e como se veste

Houve uma denuncia contra o seu profille alegando usar dados ilegais e sua conta será banida em 72h por motivos de irregularidade.
se naum repassar (correntes)

postar no twitter pelo celular
frases de Alice no País das Maravilhas

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Afinal, o que é uma notícia?

Notícia é um fato novo, de interesse comum para uma determinada sociedade, transmitido de forma unilateral por profissionais (jornalistas) para leigos (público em geral). Essa definição clássica e tradicional de uma notícia pode ser aplicada ao que acontece atualmente na produção de notícias na Internet? Não é preciso pensar nem por três segundos para perceber que não, terminantemente não!! A começar pelo fato de que a fronteira entre ‘emissão’ e ‘recepção’ encontra-se cada vez mais nebulosa.

É com base nessas modificações provocadas pela Internet que Jeremy Wagstaffy (colunista de tecnologia do Wall Street Journal Asia) escreveu em sua coluna que não há mais notícias, ou pelo menos não como tradicionalmente a conhecemos. No lugar, temos apenas informação. Alguns dos pontos abordados em “The Future of News”:

# O leitor não é mais apenas um consumidor. Ele também produz conteúdo (jornalismo cidadão, Wikipedia, social bookmarking).

# A interconexão em rede (Internet, celulares de terceira geração) faz com que modifiquemos nossa forma de receber notícias. Podemos ficar sabendo dos fatos por familiares, amigos, em blogs, ou por jornais.

# Há informações que são consideradas notícias para muita gente. Mas, em geral, a noção do que é notícia varia para cada pessoa.

# Com o acesso facilitado às informações, cresce o interesse por notícias de caráter hiperlocal.

# Há ainda o que o Wagstaffy chama de notícias “hiper-hiperlocais”, como, por exemplo, acompanhar as atualizações nos status dos amigos pelo Facebook para saber o que eles estão fazendo no momento.

# O significado do que é notícia sempre foi diferente para jornalistas e não-jornalistas. Na Internet, isso se potencializa.

# Agora que as pessoas têm acesso direto às informações, elas estão mostrando o que realmente interessa a elas, o que revela a existência de nichos de audiência, e abre espaço para veículos de informação sobre assuntos especializados (ressaltando o poder da cauda longa).

Em suma,

What we’re seeing is that people get their news from whoever can help them answer the question they’re asking. We want the headlines, we go to CNN. But the rest of the time, “news” is for us just part of a much bigger search for information, to stay informed.”

E então, o que seria uma notícia no século XXI? Informações transmitidas em escala global por pessoas comuns via celular, como no caso dos monges budistas nas ruas de Mianmar? Informações sobre seus amigos no Facebook? Saber quando vai ser o festival de bandas da escola do seu bairro? Apenas o que diz a CNN e as outras empresas jornalísticas? As matérias mais votadas no Digg? Aquilo que a sua mãe ouviu no cabeleireiro e apresenta como novidade? Ou tudo isso e mais um pouco?

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O estado da twittosfera, no Brasil e na Argentina

Ontem o Twitter Facts publicou uma série de dados sobre a twittosfera argentina. As informações permitem observar, por exemplo, que os primeiros usuários do Twitter na Argentina apareceram no final de 2006, e que há hoje [okay, ontem, mas não deve ter mudado muita coisa em um dia] 896 contas ativas no país. Há ainda dados sobre as tendências com relação a manter as atualizações públicas ou privadas, manter uma maior ou menor lista de seguidores e seguidos, e a quantidade de atualizações que os usuários mais ativos já fizeram (o campeão é o jornal La Nación, com 6.418 atualizações).

Mas o mais legal de tudo não são os dados sobre a twittosfera argentina, e sim as informações relativas ao estado do Twitter no Brasil. O estudo sobre a twittosfera brasileira foi feita em meados de agosto, período em que, segundo o próprio blog aponta, iniciava a ‘popularização’ da ferramenta no país. Até então, éramos 421 twitteiros. A média de seguidores e seguidos era bastante baixa (se comparada ao modo como está a situação atualmente) e o maior atualizador também não era uma pessoa, e sim um veículo (o Jornal de Debates, com 1.955 atualizações; curiosidade: a segunda conta com maior número de atualizações era a do professor Henrique Antoun, que também figurava na lista dos que mais seguiam outros twitteiros). Outro ponto interessante é que os brasileiros começaram a usar o Twitter muito cedo (em julho de 2006 – o Twitter existe desde março do mesmo ano).


evolução do número de usuários no Brasil, de julho de 2006 a agosto de 2007

Muita coisa deve ter mudado desde agosto. Mesmo assim, vale a pena conferir o estudo. Esses dados, juntos com o ranking da twittosfera em português (elaborada pelo Cris Dias, o primeiro brasileiro a se cadastrar no Twitter), ajudam a ter uma boa noção de como é o perfil dos usuários do Twitter no Brasil. Na Argentina, há o Tuitiar.com, uma iniciativa de Darío Gallo e Pablo Mancini (os mesmos do 20Palabras.com) que procura reunir os usuários argentinos do Twitter, a partir do próprio Twitter.

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