Processos judiciais (lawsuits) mais pesquisados no Google neste ano, segundo o Google Zeitgeist 2007:
1. Caso Borat – diz respeito a dois estudantes norte-americanos que resolveram processar a produtora do filme Borat por fraude. Eles aparecem bêbados no filme, e alegaram que só autorizaram a filmagem porque achavam que o filme seria exibido apenas na Europa.
2. Caso Vonage – Maior empresa de telefonia VoIP dos EUA, a Vonage perdeu ações judiciais de ‘quebra de patente’ contra as empresas Verizon e Sprint.
3. Caso iPhone – pelo menos dois compradores do iPhone processaram a Apple por questões ligadas à bateria do produto: pelo fato de a bateria do telefone ter curta duração, e isso não ter ficado claro na divulgação do produto, e também em busca de esclarecimentos sobre o procedimento de substituição de bateria. Mais recentemente, na Europa, foi iniciado um processo para tentar impedir o monopólio das vendas de iPhone na Alemanha.
4. Caso Facebook – (por enquanto) as disputas judiciais envolvendo o Facebook dizem respeito a quem teria sido o verdadeiro ‘pai’ da rede social. Três jovens que fundaram a rede ConnectU alegam que o Facebook seria uma cópia do portal lançado por eles dois meses depois do Facebook. Já o jovem Aaron J. Greenspan alega que, antes mesmo da criação do Facebook, ele teria lançado o projeto FaceNet. Informações sobre os desdobramentos dos dois processos podem ser encontradas na Wikipedia.
5. Caso Jamie Gold – Em 2006, Jamie Gold ganhou 12 milhões de dólares em um torneio de Poker. Um executivo de televisão alega que Gold teria prometido a ele metade do valor caso ganhasse. A ação judicial discute a existência ou não de tal acordo.
6. Caso Pants – o americano Roy Pearson processou a lavanderia da sua vizinhança pedindo 54 milhões de dólares de indenização por conta de uma calça jeans perdida. Não levou nada, óbvio. Mas isso não impediu que o fato fosse ridicularizado pela mídia.
7. Caso McDonalds – a rede de lanches fast food se envolve em tantos processos, que fica difícil de saber qual o que foi procurado por tanta gente em 2007. O caso mais clássico data de 1994, em que uma consumidora recebeu 2,9 milhões de dólares após ter se queimado com café quente demais (sim, bizarro ao extremo). A Wikipedia traz uma síntese de todos os casos.
No Brasil, no ano passado, foi decidida a possibilidade de venda do brinquedo separado do McLanche Feliz.
8. Caso Paxil – uma ação judicial obrigou a empresa fabricante do remédio Paxil (SmithKline Beecham) a devolver o valor gasto com a compra de Paxil para crianças. A alegação era de que a empresa sabia que o remédio era perigoso e ineficaz quando ministrado a menores de 18 anos.
9. Caso RIAA – referente a processos iniciados pela RIAA (Recording Industry Association of America) contra o compartilhamento ilegal de músicas pela Internet. Em 2007, a americana Jammie Thomas foi condenada a pagar 220 mil dólares por compartilhar 24 músicas através do KaZaA.
10. Caso Dell – em 2007, a Dell enfrentou vários processos judiciais. Em janeiro, acionistas da empresa acusaram Dell e Intel de conspiração. Em fevereiro, funcionários norte-americanos da empresa processaram a Dell por questões trabalhistas. Em maio, Andrew Cuomo, advogado de New York, iniciou um processo contra a Dell, acusando-a de fazer falsas promessas a seus consumidores.
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Hábitos de consumo mundial
Se a gente fosse se basear apenas nos termos mais procurados do Google em 2007, no mundo todo, a série mais popular é Heroes, o filme mais assistido do ano foi Transformers, a música do ano é Umbrella (Rihanna), o fato que mais virou notícia foi American Idol, o candidato mais procurado foi Ron Paul, a morte mais comentada foi a de Anna Nicole Smith, o ringtone mais baixado foi mosquito, a receita mais pesquisada foi master cleanse, a dieta weight watchers foi a mais popular, e para entrar em forma, o pessoal optou por pilates. As pessoas querem saber quem é deus, o que é o amor, e como se beija. Mais sobre as buscas de 2007 no Google Zeitgeist.
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Assunto paralelo: blogs também serão afetados? Estamos virando uma França?
Eu sequer sei quem é Rihanna. Estou por fora do mercado musical?
Bom, se serve de consolo, eu também não tenho nem idéia de quem seja Rihanna. Ou melhor, após ter lido a entrada sobre ela na Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rihanna) agora sei até que a moça tem medo de altura 😛
é pertinente até uma enquete: “qual o caso mais bizarro?
Fico com o 6
Esclarecimento. Tina Oiticica Harris nunca processou um blogueiro que se gaba e mora no hemisfério norte. Aliás, Tina nunca precisou processar ninguém porque é persistente.
As pessoas querem saber demai sdo Google, hein? É meu método de busca favorito. O Google não falha jamais.
Sobre o assunto paralelo…….. pra não me alongar tanto, querer vetar o estrangeirismo me parece um absurdo e ponto.
Agora…… só quanto aos dois deputados, não sabia que tinha Flávio Dino no meio…….. projeto de Aldo Rebelo com Flávio Dino de relator, me obrigou a fazer uma coisa que eu acho sempre deve ser feita, se aparece um homem público, eleito, com idéias de merda, que se jogue de volta a merda nele. A debilidade mental da maioria dos quadros do PCdoB, um dos tantos partidos comunistas de direita do Brasil, é pública e notória. O Aldo mais conhecido, pessoalmente é um doce, sujeito amabilissimo mas isso não anula o fato de ser um imbecil completo. Flávio Dino foi presidente das Associação dos Juízes Federais do Brasil, tem textos e idéias horrendas que só servem pra deixar roxo de vergonha quem é REALMENTE de esquerda. E ah….. se isso aqui virasse uma França, pelo menos aquela falta de paciência e distância ( outros dizem arrogância, impáfia, escolham o que achar do estereótipo do francês ) nos serviria pra pelo menos dar uma esculhambada em deputado que acha ser relevante pra vida pública o uso ou não de estrangeirismos.
Mais um dos raros cross-posts.
http://argamassa.blogspot.com/2007/12/precavendo-processos.html
salut!
então, entrei varias vezes aqui no in process, vizinha! mas te achei tão cibernética e tive pena do tiagon ter que lidar com meu nivel artesanal…
pro tiagon, depois do zeppelin e da torre eiffel, terei que enviar a alma, mesmo.
ah, tua casa ficou linda!
Sérgio: espero que essa lei não vá adiante. Ou que, pelo menos, seja reformulada. As palavras são criadas com a língua em uso – e não forçando a barra e obrigando a todos a mudarem do termo estrangeiro para algo mais aportuguesado.
Edison: valeu pelo trackback manual 🙂
Larissa: Obrigada! E bem-vinda!