Para que eu quero descer

Nas últimas semanas, deixei de falar sobre vários assuntos. Deixei de comemorar os 5 anos da Verbeat (embora só esteja aqui há menos de 2), de divulgar o protesto contra a ditabranda (o Global Voices fez um interessante apanhado geral sobre o caso), não comentei sobre o Projeto 701, do Gustavo D’Andrea, que propõe o estímulo à criação de novos blogs jurídicos (aliás, seria mais um meme que eu passaria para o Sérgio). Também perdi de dar meus palpites sobre a questão da privacidade no Facebook com a mudança/desmudança nos termos de serviço, ou então sobre a nova página inicial do site, que ficou com cara de Twitter, mas com uma pergunta título diferente (agora é “Qual é a sua opinião?”). Não falei da nova casa do Marmota (embora tenha me identificado com um dos primeiros posts por lá), deixei de atualizar o menu ali do lado (blogroll necessita atualização). Não dei mais detalhes sobre a pesquisa do Twitter (mas recomendo a leitura dos posts da Raquel, aqui, aqui e aqui). Daria para ter comentado também toda a questão do sequestro interparental (sem trema, assim como o título desse post deve ter ficado ambíguo sem o acento diferencial – título, aliás, copiado daqui – fora que até as ideias já não são mais as mesmas!), assunto que esteve (está ainda?) em alta na mídia em função do garoto Sean – seu pai inclusive colocou anúncio no Facebook. Também não comentei o Twitter como capa da revista Época, não critiquei o fato de o senador Azeredo estar tentando apressar a votação do projeto de cibercrimes – nem recomendei que as pessoas assinassem a petição. Também dava para ter falado que está acontecendo uma consulta pública em busca de sugestões para a alteração do currículo dos cursos de Jornalismo (aliás, dá para enviar sugestões até 30 de março). Fora os vários outros assuntos que passaram e nem lembro agora.
Dava para ter falado de muita coisa, de qualquer coisa, de nada, de tudo.
Ou melhor: dá ainda. O bom de um blog é que a gente determina o ritmo. 🙂

3 thoughts on “Para que eu quero descer

  1. Esse assunto ou eu escrevo o primeiro livro post da história ou prometo que chego num meio termo.
    Por enquanto só digo isso, pra quem foi torturado, perseguido de toda santa forma possível e imaginável, teve sua liberdade cerceada, não teve nada de brando.
    Quando tu tem pessoas na tua família que foram vítimas disso, tu te dá conta ainda mais do tamanho da desumanidade e ignorância que as intenções espúrias de gente que cresceu e muito bem viveu, como no caso específico os membros da família Frias, donos da Folha tem consigo.
    A desumanidade que pode ser atingida pela ignorância, infelizmente muitas vezes falta comportamento que esteja conforme com o respeito pleno aos direitos humanos mais elementares, por ignorância.
    Aqui, nesse casso, não chega através de sordidez, maldade, um meio de comunicação é um instrumento de concessão pública, tem responsabilidades perante o contexto social que se insere por completo.
    Quando um jornal incentiva assassinatos, torturas, fim das liberdades em seus predicados mais comuns aliadas com, manobras ilegais pra facilitação de crescimento destes mesmos meios de comunicação dando apoio a este regime ilegal e criminoso, este mesmo meio deve explicação a justiça. A sua existência igualmente se encontra comprometida já que é um meio que é parte de um aparelho estatal fraudulento, ilegal e sua natureza é igualmente fraudulenta e ilegal.
    Revisão na Lei de Anistia, prisão dos torturadores, cabos de muito pouco importa qual patente ocupam ou ocuparam no exército, igual punição aos membros da sociedade civil que colaboraram com esta iniciativa marginal e delituosa acerca dos direitos humanos devem ser punidos.
    Não existe prescrição pra crime de tortura, não existe prescrição pra crime que violam tratados de direitos humanos, a existência de um regime ditatorial 24 horas por dia 7 dias por semana realiza toda sorte de violações, as responsabilidades devem ser apuradas. Não é por que foi há 1 dia ou 1 ano que é menos desumano, quanto menos se age em relação ao tema mais desumano ele fica, se viola a memória de quem lutou e teve a vida estupidamente retirada por essa gente.

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