Jornalismo interpretativo

Ainda na mesma linha do post sobre o mundo sem jornalistas

“Está claro que o rádio não acabou com o livro, a TV não acabou com o rádio e nem a TV e o rádio juntos acabaram ou vão acabar com os jornais, muito menos a internet. O suporte de papel é insubstituível em sua especificidade, pelo menos no modo conhecido. As mídias se complementam e todas se voltam para a conquista do leitor com serviços de qualidade.
O diferencial é exatamente a qualidade.”

(trecho de “O texto interpretativo”, de Pedro Celso Campos, no Observatório da Imprensa)

O artigo completo trata-se de uma verdadeira aula de jornalismo interpretativo, que explica como, quando e por que interpretar e em que situações o jornalista deve fazer isso. A essência do jornalismo impresso estaria na interpretação. Em um mundo no qual os avanços tecnológicos permitem que se transmitam os acontecimentos enquanto ainda estão acontecendo, seria um engano relegar ao jornal impresso a tarefa de simplesmente informar sobre os fatos do dia-a-dia. A informação dada pela imprensa chega com até um dia de atraso em relação aos meios eletrônicos (tevê, rádio e Internet). E para compensar isso, para dar um motivo para o leitor comprar o jornal do dia seguinte após ter visto o fato ao vivo pela televisão, escutado a informação pelo rádio, ou acompanhado minuto a minuto pela web, um dos caminhos é apresentar a informação interpretada, com análises, cruzamento de fatos, analogias, comparações, dados que ajudem a contextualizar o fato e conclusões. Só assim o jornalismo impresso não estará perdido.

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