Monthly Archives: November 2006

Missão cumprida

O site oferece até um certificado virtual, para imprimir e colocar o nome nele 😛

Com a história terminada, eis os próximos passos:
– colocar o texto em uma ordem lógica (por enquanto, ela está em uma espécie de ordem “cronológica” – fui colando os trechos em um arquivo único na ordem em que fui escrevendo; mas não escrevi na ordem em que deveria transcorrer normalmente a história)
– preencher as eventuais lacunas que forem encontradas
– revisar a coesão interna das informações (ao ler a primeira página de texto que escrevi, por exemplo, já percebi que mudei a profissão de um personagem ao longo do texto, e que um personagem que era originalmente do sexo masculino passou a ser feminino a partir de um certo ponto da obra… esse tipo de problema mais grave precisa ser corrigido! Até a máquina do tempo tinha mudado de nome ao longo do texto, mas esse problema já foi arrumado)
– com isso, pretendo providenciar uma versão provisória da obra (“manuscrito”) até o dia 5/12
– depois passarei as férias inteiras (exagero) reescrevendo o texto… tentarei extrair disso tudo nem que seja um pequeno conto, mas bem feito 🙂 – o objetivo do NaNoWriMo é cumprir a meta de 50 mil palavras – a partir de um método quantitativo. Meu objetivo nas férias será complementar a meta com uma revisão qualitativa 😀 Espero que dê certo

Curiosidade inútil: eu fui a segunda pessoa do Brasil a entregar a obra completa. Mas tem mais brasileiros participando. Espero que mais gente consiga terminar até amanhã.

Este blog deverá voltar a sua programação normal nos próximos dias 🙂 (Valeu por me agüentarem falando só nisso nos últimos dias de novembro! hehe)

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NaNoWriMo: dia 29, semana 4

Por sugestão do Gilberto, aí vai meu Word Count atualizado. Estou com quase 44 mil palavras. Não agüento mais escrever, não sei mais o que inventar… Faltam menos de 48 horas para entregar o texto completo (é preciso validar a contagem de palavras até a meia noite do dia 30/11 – mas vale a meia noite norte-americana, ou seja, o texto tem que ficar pronto até amanhã de tarde!!). Espero que dê tempo.
Depois posso passar dezembro inteiro reescrevendo o livro, com toda a calma do mundo, para deixá-lo com mais sentido 🙂 Agora, o objetivo é apenas chegar às cinqüenta mil palavras – nem que para isso eu precise adotar estratégias absurdas, como colocar as datas por extenso (29/11/2006, escrito em uma palavra, pode se transformar em vinte e nove de novembro de dois mil e seis, o que contabiliza um total surpreendente de dez palavras :D) ou repetir parágrafos inteiros em outras partes do texto.

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10 vantagens de se fazer auto-escola de “madrugada”*

1. Praticamente não há pedestres.
2. Há poucos carros nas ruas (o que reduz as chances de provocar um acidente)
3. Às seis e meia da manhã já é dia.
4. Sentir a brisa suave da manhã não tem preço.
5. Não precisar de despertador para acordar – a Gaby (yorkshire da minha irmã) me acorda todos os dias às 5h de qualquer jeito.
6. Se o carro apagar no cruzamento mais movimentado da cidade, no máximo terá dois ou três carros buzinando atrás (em horário de pico, teria pelo menos uns 20, e todos buzinariam e xingariam de todos os palavrões possíveis a incompetência do jovem condutor).
7. Se você errar, há mais chances de ninguém notar.
8. Ao acordar cedo, tem-se mais dia pela frente (consolo barato).
9. No deslocamento a pé até o CFC, é possível atravessar a rua sem olhar para os lados (ninguém dirige antes das 7h).
10. E o mais legal de tudo: dá para voltar para casa a tempo de tomar outro café da manhã antes do horário de início da aula na faculdade

Bônus: não é qualquer um que consegue postar às 8h da manhã em um blog 😛

* a aula começava às 7h da manhã

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NaNoWriMo: dia 26, semana 4

Não vai dar tempo.
Tenho pouco mais de 30 mil palavras (68 páginas, 210 mil caracteres), e só me restam 4 dias de trabalho. A menos que eu consiga escrever cerca de 5 mil palavras por dia (aproximadamente 12 páginas com fonte tamanho 12, o que é humanamente impossível), não conseguirei cumprir a meta de 50 mil palavras no mês de novembro. Pretendo continuar escrevendo a história durante as férias (até porque, por mais que eu consiga atingir a meta, a história está completamente enrolada e sem sentido… vou ter que reescrever tudo com mais calma para que ela enfim faça sentido). A única vantagem dessa quarta – e última – semana, é que finalmente consegui pensar em uma idéia de final para a história. Eu também não tinha muita idéia do que fazer no desenrolar dos acontecimentos. Com quatro personagens, sendo apenas uma feminina, eu tinha apenas duas saídas: ou eu fazia um romance gay (o que seria mega bizarro, e desviaria totalmente a atenção para a trama principal, que é a história da máquina do tempo), ou eu adotaria o plano B (no qual todo mundo se apaixona pela única personagem feminina da trama – um mega clichê em histórias fictícias). Estou tentando seguir o plano B, mas ele me levará a um final um tanto contraditório. Aliás, será que toda história precisa ter, necessariamente, um final? Sempre fui do tipo que defendeu a desnecessidade de que as histórias tenham um fim – é sempre mais legal deixar para o leitor decidir o que acontece depois que o ponto final do livro é dado. Até porque as boas histórias na verdade nunca acabam – elas continuam permanentemente na cabeça daquele que as leram…

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Quase-férias

(Querido Diário,) Que feio. Eu mesma me comprometi a postar diariamente, e acabei descumprindo a minha própria autodeterminação. Posso me programar para começar a postar em ritmo constante a partir do dia 1°. É mais garantido.
Já estou, teoricamente, em férias. Ainda tem aulas (na faculdade de Direito), continuo sem saber metade das notas finais (mas eu realmente espero que tenha passado em tudo), meus estágios seguem pelo menos até a metade de dezembro, retomarei a auto-escola semana que vem (aulas segunda, terça, quarta e quinta, às SETE HORAS DA MANHÃ, maldito CFC sem disponibilidade de horários – a vantagem é que nessa hora provavelmente não deve ter nem pedestres na rua :P), continuarei tendo aulas nas sextas e nos sábados (manhã e tarde) até o dia 9 de dezembro, preciso escrever 25 mil palavras de um “livro” até o dia 30 deste mês e há pelo menos cinco livros trancados no topo da minha lista de leituras (as leituras furtivas e científicas-mas-não-de-manual-jurídico estavam suspensas até o fim do período de provas), e deve ter mais coisas que tenho para fazer, mas como esqueci de colocar aqui não devem ser lá muito importantes. Pelo menos não tem mais provas pela frente 🙂 (exceto a da carteira de motorista). È praticamente férias, portanto.

Hoje tem festa de confraternização da família Zago em Caçapava do Sul-RS. Não deu tempo de ir. Meus pais foram. As festas da família costumam ser bem bacanas 🙂 Elas são realizadas de dois em dois anos, e a cada edição vão cerca de cem pessoas. Na parte da tarde tem jogos, e de noite há um jantar festivo, com comida e decoração à caráter: tudo que faça lembrar Itália entra.

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Autocrítica midiática

Interessante esta matéria da Zero Hora de ontem (para quem tiver preguiça de abrir a página: o título é “Presidente do TJ critica cobertura de Zero Hora”). Ela é uma espécie de crítica da mídia dentro da própria mídia (autocrítica, portanto), e, como se não bastasse, ainda se trata de uma crítica da crítica que a mídia faz do Judiciário. Trata-se de uma matéria informando (criticando?) que o presidente do Tribunal de Justiça do estado fez críticas à cobertura de Zero Hora sobre temas relacionados ao Judiciário. Segundo ele, o jornal não deveria publicar aquilo que não sabe, pois estaria atacando o Judiciário sem ter a certeza de que o responsável pelo problema é o Judiciário. Não acompanhei as reportagens sobre o assunto, não sei do que se trata. Mas a autocrítica é interessante. Ou melhor, a crítica da crítica da crítica (Zero Hora criticando o fato de que o presidente do TJ criticou o fato de que a ZH criticou o Judiciário). É para evitar absurdos como esses que todo jornalista deveria fazer Direito 😛 (nesse caso, eu estaria implicitamente defendendo o lado do Direito na história?)

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Periodicidade do blog

Assim que minhas provas acabarem (leia-se, sexta-feira) procurarei retomar a periodicidade deste blog (para quem não sabe, a periodicidade dele, ao menos teoricamente, é diária). Deve ser mega frustrante para algum (eventual) leitor fiel (se é que há alguém nessa categoria) vir aqui todo dia e não encontrar nada novo. Ao menos eu me sinto assim quando visito determinados blogs que deveriam ser diários, mas que passam longos tempos sem terem nada novo publicado, e muitas vezes chego até mesmo a parar de visitar o blog todo dia, por falta de “entusiasmo”. Assim, sinto-me na obrigação de seguir aquela velha máxima que diz “não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a ti”.
Além da periodicidade, também tentarei retomar a suposta linha temática do blog (para quem não sabe, é Direito e Jornalismo, e as possíveis ou absurdas relações que se possam estabelecer entre um e outro assunto). E sim, eu sei que a maior parte das pessoas simplesmente pula os textos que falam de Direito 😛 Mas é o mesmo que ocorre quando um livro traz partes extremamente chatas que a gente não vê outra saída que não seja pular. O Umberto Eco diz que essas partes foram na verdade colocadas ali intencionalmente, para que a gente pulasse 😛 (afinal, que outra explicação haveria para que algo ruim estivesse no meio de coisas relativamente boas? – não que o meu blog tenha coisas ruins ou boas, mas no sentido de que alguém que queira saber sobre Direito pulará os textos idiotas sobre outros assuntos, o que inclui este post, e vice-versa – mas também não quer dizer que alguém que leia este post necessariamente seja alguém que leia posts idiotas – claro que isso tudo são considerações levando-se em conta um mundo ideal, com um blog ideal e leitores ideais…. considerando-se, entretanto, o fato de que provavelmente eu não tenha nenhum leitor rigorosamente assíduo, estou apenas supondo que as pessoas pulam os textos de Direito – porque eu pularia). Não são bem esses os termos que o Umberto Eco usa, mas é algo parecido. E o contexto era diferente (ele estava falando de obras de ficção).
Enfim, a partir de sexta-feira: periodicidade + estrito cumprimento da linha temática. Aguardem…

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Prefácios

Eu devo ser uma das poucas pessoas neste mundo que ainda lê prefácios de livros. Na verdade, leio tudo que vem junto com o livro: da contracapa ao textinho (basicamente, dados sobre a obra) que vem no verso da folha de rosto. Ás vezes é possível descobrir coisas interessantes ao se ler os dados referentes à catalogação da obra, como a área do conhecimento ou o público a que se destina.
Mas desta vez peguei um manual jurídico, e achei que não faria sentido ler o prefácio. Afinal, o que eu poderia encontrar de interessante num prefácio de um manual sobre Direito Internacional? Um colega meu, ainda mais tarado por prefácios que eu, resolver lê-lo mesmo assim. E sugeriu que eu desse uma olhada também. O prefácio (melhor: os prefácios) desse livro são particularmente interessantes. No mínimo, servem para despertar a curiosidade do leitor.
Trata-se da obra “Curso de Direito Internacional Público”, de Celso D. de Albuquerque Mello. O livro é gigantesco, e dividido em dois volumes. No total, são mais de 1700 páginas. É realmente uma quantidade de textos imensa – e eu fui forçada a ler praticamente tudo ao longo deste ano para a cadeira de Direito Internacional Público, mas isso não vem ao caso. Faltam cerca de 200 páginas – que preciso ler até sexta-feira.
O bom desse livro é que, com tantas páginas, ele acaba sendo extremamente completo. Praticamente tudo referente ao Direito Internacional é contemplado pelo autor, num rigorismo e detalhamento de fatos incrível. O único problema é que a informação costuma ser um pouco “jogada”. Às vezes há repetição de um mesmo fato (quase com as mesmas palavras, mas com pequenos acréscimos) dentro de um mesmo capítulo, ou então blocos gigantescos de informação que são desmentidos linhas após em outros blocos gigantescos de informação. Essa caoticidade incomoda um pouco, mas não chega a prejudicar a qualidade da informação. E a explicação para o problema está nos prefácios. A seguir, reproduzo alguns trechos dos prefácios (fora o prefácio inicial, assinado por M Franchini Netto, que é mais sério). O próprio autor do livro fez questão de escrever breves linhas introdutórias para cada nova edição de sua obra – que já está na 15ª edição – a 1ª edição é de 1967. Divirtam-se 🙂

Prefácio da 2ª edição
“Nesta edição, fizemos uma revisão e atualização da anterior, acrescentando várias páginas” (1969)

Prefácio da 4ª edição
“Nesta nova edição fizemos uma revisão e atualização do livro, levando em consideração as transformações ocorridas no DIP no decorrer dos últimos anos” (1973)

Prefácio da 5ª edição
“Procuramos, mais uma vez, rever e atualizar o livro. Esperamos algum dia poder reescrevê-lo a fim de dar maior unidade e clareza” (1975)

Prefácio da 6ª edição
“Esta é mais uma edição revista, ampliada e atualizada. Não tive ainda o vagar necessário para reescrever o livro como é minha intenção” (1978)

Prefácio da 7ª edição
“Posso repetir as palavras da 6ª edição. Os defeitos do livro estão se agravando” (1982)

Prefácio da 8ª edição
“Mais uma vez revimos e atualizamos o livro, sem contudo o reescrever, como deveríamos fazê-lo” (1985)

Prefácio da 9ª edição
“É o mesmo da edição anterior. (…) A intenção do autor era nunca mais publicar a presente obra, mas a necessidade financeira o obrigou a proceder de modo diverso. Esta é uma edição exclusivamente com fim mercenário. Peço ao Editor e alunos que me perdoem” (1991)

Prefácio da 10ª edição
“Tudo igual, mais uma vez revimos e atualizamos o livro” (1994)

Prefácio da 11ª edição
“Como sempre, revimos e atualizamos o livro, sem, contudo, reescrevê-lo como deveria ser feito. O tempo e o dinheiro são curtos. O que conduz a esta nova edição. A grande vantagem do prefácio é ele não ser lido e pelos alunos é totalmente ignorado” (1997)

Prefácio da 12ª edição
“Como sempre fizemos uma pequena revisão e alteração. (…) O maior desejo do autor é ter condições financeiras para poder matar esta obra. Ela já deu o que tinha que dar” (1999)

Não tenho os demais prefácios porque o livro que consegui na biblioteca da faculdade era da 12ª edição (crítica sutil à ausência de recursos da universidade). Mas com certeza os demais prefácios devem seguir a mesma linha 😛 O autor, infelizmente, faleceu em 2005.
Ah, e com certeza o autor devia ganhar bastante dinheiro com a obra, já que os dois volumes da edição de 2004 (a última) saem por pelo menos 250 reais (e já está esgotada, em praticamente tudo quanto é lugar).

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NaNoWriMo – dia 15, semana 3


Não consegui cumprir a meta parcial na minha NaNoNovel. Era para eu estar com 25 mil palavras hoje (dia 15, metade do mês, metade do texto). Mas não consegui passar de 22 mil e 400. Fica difícil inventar histórias mirabolantes quando se está em semana de provas em duas faculdades concomitantemente 😛 No dia da prova de penal, por exemplo, eu inventei na minha história um código penal para crimes temporais. Tenho prova de Administrativo na sexta. Posso acabar transformando a máquina do tempo em um serviço público explorado sob regime de concessão, na forma de consórcio…
O bom é que nos últimos dias de novembro eu estarei parcialmente em férias, e provavelmente sobrará mais tempo para me dedicar a minha história absurda 🙂 Já não sei mais o que inventar, e o mais legal de tudo é que ainda não aconteceu absolutamente nada nessas 40 páginas iniciais de texto… 😛

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Democracia digital?

Os resultados da 2ª Pesquisa Sobre Uso da Tecnologia da Informação e da Comunicação no Brasil – TIC Domicílios 2006, divulgada na quarta-feira pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil indicam que 66,68% dos brasileiros com mais de 10 anos de idade (o que perfaz um total de 102 milhões de pessoas) nunca acessaram a Internet. Destes, 83 milhões nunca sequer tiveram acesso a um computador. Apesar dos números alarmantes, o número de residências conectadas à Internet no Brasil cresceu para 14,5% em 2006 (eram 13% em 2005). Em suma, o acesso está se disseminando aos poucos. A Internet ainda não tem uma presença massiva como o rádio e a televisão, mas nada impede que daqui algumas décadas ela até mesmo consiga ultrapassar os meios tradicionais (tudo depende da queda dos gastos com equipamentos e de uma política governamental de combate à infoexclusão – em tese, já se está dando os primeiros passos nesse sentido, como no caso do programa PC para Todos).
Assim, pode-se dizer que em termos de acesso, a Internet não é um meio democrático… ainda. Mas, em termos de participação, ela está em vias de se tornar cada vez mais democrática, no sentido de que os sites costumam se utilizar da inteligência coletiva (a soma dos conhecimentos de todos os usuários) para produzir conteúdos cada vez mais completos e diversificados. Assim, cria-se uma certa ilusão de democracia. A rede é “democrática” para aqueles que já acessam, visto que qualquer um pode dispor das ferramentas para criar e publicar conteúdo. Mas aqueles que ainda não acessam a Internet formam uma imensa massa de excluídos – e estes indivíduos não devem ser desprezados; pelo contrário: devem se buscar formas de incluí-los.

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