Monthly Archives: August 2007

Problema técnico – ou de vida?

Pedir ajuda em blog conta? Então como é que se faz para convencer a impressora a funcionar quando se tem várias páginas para imprimir e pouco tempo disponível?* A impressora – inteligente e com vida própria – alega que o problema é no cartucho. Já tirei, coloquei, tirei de novo, coloquei de novo (ad infinitum), e nada. Também não vale dizer que é só comprar outro cartucho. Espero uma solução do tipo “desista do seu computador, desista de sua impressora – tire férias da tecnologia e aproveite a vida”. E uma resposta dessas certamente que o simpático suporte do Windows não tem condições de me dar.

* optei por salvar tudo em CD, e imprimir em outro lugar. Solução paliativa. Não dá para ficar fugindo do problema eternamente. Um dia eu vou ter que entender a impressora. Ou o suporte do Windows. Ou trocar de computador. Ou me livrar do Windows. De um jeito ou de outro, o problema técnico há de ser resolvido…

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Orkut 2.0

… ou a mesma coisa, só que mais bonitinho?

Mexeram no design. Agora só falta uma integração completa com todas as outras ferramentas Google (ok, algo mais profundo que incluir feeds e exibir videozinhos). Algo como um Facebook.

Em tempo: conheça o Arsebook, a rede anti-social que conecta você aos seus inimigos (Via GPavoni).

Update, 03/09 – já que, de acordo com as estatísticas do blog, este post tem sido altamente visitado… aproveito para remeter os visitantes para este e para este outro post, que trazem mais informações… 🙂

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Aventuras em metaversos

[autopropaganda detected]

Avatares e simpatizantes, visitem o Reversus. O blog narra as aventuras de avatares no Second Life e em outros mundos virtuais em 3D (por enquanto, só Second Life mesmo). Como anexo ao blog, há também uma conta no Flickr, com toneladas de imagens mal batidas e em ângulos toscos (não sei tirar fotos, nem na vida real, muito menos na segunda vida). Visitem também o Inversus, espaço dedicado a metaversos, da Verbeat.

(O blog é tão bom que nosso único avatar-leitor se tornou colaborador eventual)

Mudança brusca de assunto: hoje é dia de acompanhar a repercussão do BlogCamp na blogsfera.

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O tempo, sempre o tempo

O tempo não é divisível como o espaço. Isso deveria soar óbvio, banal, totalmente compreensível. Deveria. Mas talvez essa seja mais uma daquelas coisas que a gente precisa batalhar para se convencer de que é assim. Algo que, na prática, nem sempre coincide com a teoria. (Algo parecido acontece com a nossa idade. Decoramos um número aleatório, que precisamos manter em mente por 365 dias, quando, na verdade, mudamos de idade a cada dia).

Tentamos o tempo todo fragmentar e compartimentar o tempo em unidades autônomas. Buscamos adaptar nossas atividades ao (espaço de) tempo disponível. Deveria ser o contrário: o tempo a determinar nossa rotina. Com tudo isso, não percebemos que o tempo é, de fato, algo único, contínuo, experienciável, não-tangível (o agora já passou antes mesmo do instante de pronunciá-lo), não divisível, enfim, simplesmente ‘vivível’.

O tempo não é um conjunto de espaços a preencher. O tempo é um caminho que leva a lugar nenhum. A gente segue, caminha, vai para frente. Mas nunca chega, nunca termina. O tempo é, apenas isso. Ele é, sem complementos. Ele é, sozinho.

Não é como uma torta que se divide em fatias. O tempo é fatal e imprevisível. Assim como uma sexta-feira à noite, como um temporal, como uma foto espontânea, como a reação de um gato arisco. Não há como fixar com precisão nem sequer um único instante. Até mesmo uma foto reflete necessariamente uma única faceta da vida (um tempo, um espaço, um ângulo, uma perspectiva). Nem mesmo a divisão do espaço consegue ser inteiramente absoluta, pois há áreas que pertencem a todos, por absurda ficção jurídica.

Apesar de tudo, o tempo passa. O tempo avança, determinado, irrepetível (embora cíclico, embora sensível). O amanhã parece se situar em outro tempo, em outro espírito, mesmo que na prática tudo faça parte de um mesmo continuum.

A divisão excessiva do tempo em espaços leva a experiências efêmeras. Não sobra tempo para reflexão. As atitudes são impensadas e as respostas, irrefletidas. Toma-se conhecimento dos fatos, mas não se absorve nada a partir disso. Na correria, mal sobra tempo para se suspender um suspiro…

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Vídeos no Google News

Ainda dentro da perspectiva de tentar dominar o mundo mostrar todos os lados da notícia, o Google News passou a agregar também vídeos jornalísticos. A partir de ontem, as notícias agregradas são acompanhadas de vídeos youtubados sobre o mesmo fato. Em um primeiro momento, a opção é oferecida em três versões do Google (EUA, Reino Unido e Irlanda). Há vídeos de empresas como CBS e Reuters.

[momento parêntese]
Desde ontem, também, alguns vídeos do YouTube passaram a ser exibidos com anúncios publicitários. O sistema é interessante porque faz a publicidade dentro do vídeo, sem interferir muito na exibição – eles poderiam, por exemplo, ter sido chatos e 1.0 e optado por colocar um pré-anúncio obrigatório de curta duração antes de cada vídeo…
[/momento parêntese]

Primeiro foram os comentários. Agora os vídeos. Quanto tempo até o Google passar também a efetivamente produzir conteúdo jornalístico? Já até imagino um jornal online com notícias enxutas, no melhor estilo minimalista Google. Com todo o arsenal de que eles dispõem (Google Maps, YouTube, Google Mashups), daria para fazer notícias realmente muito interessantes.

Em tempo: não sei até que ponto isso é novo, mas não tinha notado ainda… No Google News, é possível assinar feeds dos resultados das buscas por notícias. Por exemplo, um feed para todas as notícias de todos os jornais sobre o furacão Dean pode ser acessado neste endereço. Abre direto no Google Reader. E na parte superior da tela há a opção para assinar o feed. O interessante é que dá para criar um feed sobre qualquer assunto. Bem mais personalizável que um jornal online tradicional (que costuma oferecer feeds repartidos por editorias…).

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Empilhando advogados

Ao que parece, Pelotas terá uma nova faculdade em 2008. E eles pretendem oferecer o curso de Direito, já a partir do próximo ano.

Também há planos de incluir uma nova turma em mais um turno em uma das faculdades de Direito já existentes na cidade.

Com isso, devem ser pelo menos mais 150 novos alunos por ano.

E o que a cidade vai fazer com tanto advogado? Do jeito que está (3 cursos, mais de 300 novos profissionais por ano) dá uma média de um bacharel em Direito para cada mil habitantes por ano. Depois ninguém entende por que a maior parte dos formandos acaba trabalhando em áreas completamente diferentes das quais se formaram…

Há mercado na cidade para isso tudo?

Termos jurídicos absurdos, parte 10

Purgar a mora – embora efetivamente pareça, não se trata de um palavrão. Para entender o que é purgar a mora, primeiro é preciso entender o que é a mora. — Ou quem sabe antes seja melhor entender o que não é a mora? A mora não é uma fruta com um espaço acidental entre a primeira e a segunda sílaba. Mora aqui também não se refere a uma fase da divisão celular. Mora, no Direito, significa estar em atraso. Mas então por que usar uma palavra tão esquisita para se referir a algo tão simples? Bom, aí fico devendo uma resposta. Mas o pessoal do Direito adora essas palavrinhas complicadas…

Diz-se que alguém está em mora quando deixa de cumprir com uma obrigação (leia-se pagar o que deve) no prazo estabelecido. E não é só questão de tempo – estar em dia significa obedecer ao que foi acordado em termos de tempo, lugar e forma para a celebração do negócio jurídico (opa! juridiquês acidental… sorry).

Purgação tem a ver com o sentido padrão que já se conhece (sabe, aquele do purgatório? — ou o espaço onde ficam as almas em preparação para chegar ao Céu, naquela historinha de ficção de mais de 2 mil anos atrás). Quem está em mora (ou seja, em atraso), precisa dar um jeito de sair desse atraso e ficar em dia logo com suas obrigações. Então é por isso que quem está em mora irá sempre procurar purgá-la, extingui-la, eliminá-la. E é aí que surge a tal da purgação da mora (ou “sair do atraso”).

Geralmente, purgar a mora significa fazer um acordo com o credor (TJA para o salafrário que está te cobrando a dívida que você achou que ele nunca iria cobrar – afinal, ele era, ou parecia ser, um amigo), ou então pagar a dívida, acrescida de juros (moratórios! – ou juros por atraso) e multa.

Aplicações na vida cotidiana

– Esqueci completamente o dia do seu aniversário. Espero que este presente sirva para purgar a mora.

– Não posso perdoá-lo por ter chegado tarde ao jantar na casa dos meus pais. Essa mora não poderá ser purgada.

– Enviei flores numa desesperada tentativa de purgação de mora.

Veja também: TJA, parte 9.

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Comentários aos comentários no Google News

O LA Times decidiu falar mal da ferramenta de comentários do Google News. Para eles, o que o Google pretende fazer não é jornalismo. Não demorou muito para que viessem as críticas: para Robert Niles, do Online Journalism Review, tudo depende do ponto de vista: afinal, o jornalismo é definido pelo meio empregado (processo), ou pela finalidade a ser atingida (produto)?

Via Ponto Media.

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@

Um casal chinês tentou colocar o nome de seu filho de ‘@’. Não, não era uma tentativa de incluir uma arroba no nome, algo como substituir um ‘a’ pelo símbolo, como em “@ntônio”. Eles queriam que a criança se chamasse simplesmente “@”. O motivo? Poderia ser porque eles gostam de internet. Mas, na verdade, é porque na China o pessoal se refere à “@” como ‘at’ (em inglês), o que em chinês quer dizer algo como “amo ele”. E também por lá eles usam símbolos tão confusos no alfabeto, que usar uma arroba como nome não seria nada cruel. Ainda mais vindo de um país com escassez de sobrenomes, em que fica cada vez mais difícil diferenciar quem é quem…

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