Monthly Archives: August 2006

Happy Blogday!

Meu tempo está se esgotando (já é quase setembro :P), mas mesmo assim não queria ficar sem postar minha lista de 5 indicações de blogs:

Do blogroll

Todos os blogs que estão ali são bons, do contrário não estariam ali… Parece meio injusto escolher só 5, mas… se você quiser visitar só 5, vá ao Blog de Lynz, e Blog del Ciervo Ermitaño (ambos são de rapazes da Espanha, eles falam de tudo e os posts são muito bons), Pensamentos escassos, Idéias ao vento, Garotas Zipadas, Argamassa… Ah, enfim, TODOS são excelentes e mereciam ser listados aqui (não é à toa que estão no blogroll :P).
(Não coloquei os links de propósito. Assim vocês precisam se dirigir até o blogroll, e de repente podem acabar descobrindo um blog novo sem querer 🙂

De fora do blogroll, mas que costumo ler também

Ponto Media
John Battelle’s Seachblog
Societiq
Intermezzo
eCuaderno

Todos são estrangeiros e falam de comunicação, jornalismo e/ou novas tecnologias. Precisa falar mais? 🙂

Mais informações sobre o Blog Day.
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Too much information

Infelizmente, não se fazem mais dias-Unibanco¹ como antigamente. Míseras vinte e quatro horinhas parecem cada vez menos suficientes para encaixar as milhares de tarefas do dia-a-dia. Por isso que o blog acaba ficando meio renegado. E o pior de tudo é que depois do feriado da semana que vem começam as minhas provas, uma atrás da outra, nas duas faculdades concomitantemente. Se eu não explodir (excesso de informação… altas quantidades de processamentos de dados… um HD explodiria!), o blog continuará com a “programação normal” (se bem que nunca consegui manter a unidade temática… posso considerar que o “normal” é o caos atual?), mas com postagens (bem) mais esparsas. Ou então no ritmo que está agora (se bem que se fosse para continuar no mesmo ritmo que está, este post perderia totalmente o sentido…).

¹ Durante boa parte da minha infância eu tentei entender por que o Unibanco disponibilizava 30 horas por dia a seus clientes, ao passo que os demais bancos forneciam no máximo as reles 24 horas de um dia normal. O motivo é sem graça :/ Quer dizer, eles foram relativamente criativos ao escolher o nome (ou slogan, sei lá) “Unibanco 30 horas”. Mas a justificativa é tri sem graça: são 6 horas com o banco aberto + 24 horas de atendimento pelo telefone (e, mais recentemente, online). A explicação faz perder toda a mística por trás da idéia de que quem tem conta no Unibanco possui(ria) dias mais longos. Mas, de qualquer modo, queria que meus dias tivessem pelo menos 30 horas. Ou 48 (vida dupla, dias duplos!). Se bem que nesse caso não iria custar nada arredondar para 50 horas para facilitar os cálculos 🙂 (50 horas por dia, 30 dias por mês = 1500 horas por mês \o/). Pena que o World Jump Day não é uma idéia factível/não deu certo (see results). Daí era só pular um zilhão de vezes e teríamos dias mais longos aqui na Terra 😀 (Inédito! Minha “nota de rodapé” – ou o que teoricamente representaria uma – é maior que o próprio post!)

Estudante de Direito

Alguém me explica em que ponto deste ano me tornei uma estudante de Direito? Eu sempre preferi o Jornalismo (isso é fato). Mas desde algum momento do início deste ou do finalzinho do último semestre, eu me tornei uma estudante de Direito completa. Com direito a estágio na Justiça, bolsa em projeto de extensão, e participação na representação discente! Mais um pouco e eu começo a fazer concursos e a citar legislação em conversas da vida diária o.0 A perspectiva é assustadora. Quase não sobra tempo para as leituras furtivas de livros reacionários sobre o Jornalismo nos interstícios entre uma atividade jurídica e outra…

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O Orkut e a Justiça

Rumores diziam que a Google esteve perto de ter de fechar suas operações no Brasil esta semana por conta do impasse Orkut X Ministério Público. Não sei se foram só rumores. Mas ao entrar no Orkut a gente se depara com o seguinte aviso:

E as mudanças não se limitam ao aviso: os termos de uso do site de relacionamentos também mudaram. Agora, a maioridade é obrigatória (e antes também não era??), e o site não mais se responsabiliza por conteúdo ilegal colocado por usuários. Também há políticas para coibir a criação de perfis falsos, como a impossibilidade de permitir dois nomes de usuário iguais, ou impedir a criação de perfis com nomes protegidos por marcas comerciais ou por lei de direitos proprietários.

Dos termos de uso do site:
“International users agree to comply with all local rules regarding online conduct and acceptable content, including laws regulating the export of data from the United States or your country of residence. You are solely responsible for your conduct and any data, text, information, graphics, photos, profiles, audio and video clips, links and other content (“Materials”) that you submit, post, and display on the orkut.com service”

Ou seja: use seu Orkut por sua própria conta e risco. Os usuários agora estão sujeitos à legislação local de seu país de origem. (Essa é uma indireta bem direta para o Ministério Público, huh?)

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O ex-planeta Plutão

Plutão já não é mais um planeta. A decisão de rebaixá-lo foi tomada nesta quinta-feira, em Praga, no plenário da 26ª Assembléia Geral da União Astronômica Internacional. Também foi resolvida a polêmica que envolvia outros três corpos celestes candidatos a novos planetas do sistema solar. Plutão, o tal de UB313 (“Xena”, e sua lua Gabrielle :P) e Ceres receberão uma classificação própria: planeta anão. Uma terceira categoria de elementos é a de pequenos corpos (como asteróides, cometas, satélites naturais…).

“O rebaixamento de Plutão será uma das ausências mais sentidas nos livros de ciências do ensino básico, ao lado da separação entre as repúblicas de Sérvia e Montenegro, na Europa, reconhecida em julho” (da Folha Online)

Triste, não? Mas parece que as mudanças recentes no planeta Terra, e em sua relação com os demais planetas, ainda não estarão presentes nos livros didáticos brasileiros de 2007. Há muita burocracia para fazer alterações desse tipo. Entretanto, nada impede que uma universidade formule perguntas do tipo “Quais são os 8 planetas do Sistema Solar?” já na edição 2007 de seus concursos vestibulares.
Consolação absurda: ao menos ficou mais fácil para decorar o nome dos planetas.

As pessoas mais altas se dão melhor na vida

Os primeiros resultados de um estudo americano mostram que as pessoas mais altas são mais espertas e têm mais chances de receber maiores salários. Isso se daria pelo fato de que elas possuem uma tendência maior a procurar empregos mais “a sua altura”. “Tall people are just smarter than their height-challenged”, diz a nota da Reuters, publicada ontem.
O estudo “Stature and Status: Height, Ability, and Labor Market Outcomes” foi conduzido durante vários anos pelas pesquisadoras Anne Case e Christina Paxson para o National Bureau of Economic Research. Mas mesmo a seriedade da pesquisa não evitou que a notícia sobre os seus primeiros resultados fosse parar na categoria “Odd News” do Yahoo! 😛
— Então quer dizer que meus menos de 1,60m de altura poderão arruinar minha vida profissional? Fala sério! Talvez a altura possa influir um pouco na posição que a pessoa irá ocupar na vida, mas esse provavelmente seja apenas um dos fatores que irão determinar um futuro profissional bom ou ruim – o resto inclui empenho pessoal, capacidade de aprender e reter conhecimentos, peso (por que não?), ambiente de criação, oportunidades…

Literatura e globalização

Encontrei algo bem melhor para fazer na não-aula de Civil de hoje. Ao invés de prestar atenção na matéria (e já que eu nunca entendo nada mesmo…), aproveitei o tempo livre (não foi uma solução brilhante… eu poderia ter ficado em casa dormindo…tsc) para ler um texto de Leyla Perrone-Moisés sobre a literatura na era da globalização. O texto faz parte do livro “Altas Literaturas”. Meu único contato anterior com a autora tinha sido ao ler “Aula” de Roland Barthes (a edição que li continha um posfácio muito bom assinado pela autora). Leyla Perrone-Moisés é professora da USP e é considerada a maior especialista em Roland Barthes do país.
Enfim, no texto que li, a abordagem da autora sobre a literatura em tempos de globalização é um tanto apocalíptica, mas com uma certa “luz no fim do túnel”: no fundo, o futuro do livro (ainda) não está (totalmente) perdido (ufa!). Mas é preciso tomar uma atitude quanto a isso… Para ela, tanto a cultura de massa e a alta cultura estariam em perigo. Ambas, a seu modo, estariam levando a uma verdadeira des-cultura. Prova disso é que até mesmos os grandes autores já estariam produzindo, mesmo que inconscientemente, obras para serem consumidas pelas massas. A mídia seria, como sempre, a grande vilã da história.
Mas, enfim, a idéia central (dela, e de todo mundo que critica o assunto) é a de que globalização estaria levando a uma uniformização e padronização dos gostos. Ao invés de unir os povos (em busca de um denominador comum), a globalização econômica estaria levando a uma unificação do consumo (todos consomem o que um só produz). E isso também poderia ser verificado na literatura. (Pelo menos ainda há esperança :P)
Não sei se entendi direito a proposta da autora, mas o bom foi ter tido a chance de, ao menos por alguns instantes, poder esquecer completamente que faço Direito (mesmo estando dentro de uma sala de aula do curso… quebra de sintagma perfeita!). Não é que o Direito seja chato em si, mas, sei lá, Letras parece ser bem mais interessante (e divertido).
Em tempo: já estou escolhendo o livro de amanhã, para a não-aula de Hermenêutica. Aceito sugestões 🙂 Ler coisas interessantes é definitivamente melhor do que ficar em casa dormindo. Ao menos assim tenho um motivo para acordar cedo e ir para a aula de manhã, mesmo com temperaturas nada convidativas.

P.S.: Por algum motivo bizarro, todas as matérias legais (no sentido de “divertidas”, mas também porque tratam de leis :P) do Direito neste ano são no segundo período do dia (às 10h da manhã) – exceto na quinta-feira, mas isso não vem ao caso. Acordar cedo no inverno para aulas tediosas é praticamente um suplício.

Diversão eleitoral gratuita

A cada ano, os candidatos inventam novas e mirabolantes maneiras de chamar a atenção dos eleitores na propaganda eleitoral gratuita. Tem que rir para não chorar… Segue abaixo primeiro o vídeo de campanha do Cururu (candidato a deputado federal, vereador daqui de Pelotas), e logo depois há um apanhado de várias propagandas bizarras e/ou criativas. Destaque para o candidato a senador com o número 190 que resolveu aproveitar a situação e associou seu número com uma emergência.

Anedota cotidiana baseada em fatos reais

E então eu saio da secretaria da 2ª vara, localizada no último andar do prédio da Justiça Federal, e me dirijo ao elevador. Aperto o botão, e espero. Em seguida, a porta do elevador se abre, e um senhor que estava ali dentro pergunta:

– Vai descer?

Possíveis respostas:
a) Não. Chamei o elevador só para ver se tinha alguém dentro.
b) Opa. Achei que o esse botão era o interruptor da luz. Bem que eu vi que a luz estava demorando em acender.
c) Não, vou pro lado.
d) Pois é, hoje acordei com vontade de ver as nuvens.
e) Que outra opção me resta?
f) Dizem que a gente deve sempre batalhar para subir na vida. Mas dessa vez acho que não há escolha.
g) Depende. Pra onde o senhor vai? Posso ir junto?
h) Vou, e você?
i) Boa pergunta. Sabe que ainda não me decidi para onde vou?

O que eu respondi: um quase inaudível “aham” – nunca subestime o poder de um homem de sobretudo abraçado a dois processos.