O Nome da Rosa

“No princípio era o Verbo e o Verbo estava junto a Deus, e o Verbo era Deus.” Já perdi a conta do número de vezes que li essa frase, a primeira do livro “O Nome da Rosa”, de Umberto Eco. Mas desta vez acho que vou até o final!… Decidi dar mais uma chance ao livro após ser acometida por uma crise de tédio sem precedentes (e sem motivo aparente, também, pois embora eu esteja no final das férias, meus dias não poderiam estar mais repletos de afazeres os mais diversos — paradoxo existencial?).
O que tinha me mantido afastada do livro (e que me impedia de ir adiante) era o fato de a história (parecer) ser (extremamente) tediosa (a vida em um monastério no século XIV? uhhh que empolgante!!). Mas foi só atravessar o limiar da página 30 (maldita página 30!) que tudo pareceu subitamente mudar de figura. Nas páginas, Eco não disfarça em nenhum instante que é um grande teórico da Comunicação que também se dedica à área da Semiótica (como quando, escancaradamente, o frade Guilherme de Baskerville fala: “Isto é o que não sei. Mas não esqueçamos que também há signos que parecem como tais e no entanto são privados de sentido, como blitiri ou bu-ba-baff…”), o que torna o livro ainda mais legal 🙂
Enfim, o livro parece ser bem legal (que a “eu” de dois anos atrás nunca fique sabendo que um dia eu disse isso!), e a história gira em torno do mistério de vários assassinatos no monastério. É como se fosse um CSI medieval às avessas, para se ler a qualquer hora do dia, qualquer dia que se queira e em qualquer lugar.

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