Fatos da vida

– Cada vez mais acho que vivo em uma espécie de universo paralelo, em um mundo próprio, em uma galáxia peculiar. No meu mundo não há telefones, não é preciso interagir com as outras pessoas, tudo o que se possa querer saber está nos livros, a diversão é mediada por computador, os dias têm bem mais que míseras 24 horas, as fotos não necessariamente precisam ter pessoas, as coisas acontecem por si sós (não é preciso fazê-las acontecer), só é preciso falar quando se é exigido, a alimentação é apenas uma (chata) necessidade humana (e não fonte de prazer desmedido), estudar é um verbo conjugado em 90% do dia, televisão não existe, rádio tem a mesma função de um CD (FM) ou disco de vinil (AM), a internet é discada, o computador é ultrapassado, cinema é a única possibilidade de se ter áudio e vídeo conjugados em um mesmo meio, a tarde é o melhor período do dia, e há compatibilidade entre dormir tarde e acordar cedo (embora seja ruim, não é nada que uma xícara de café não resolva).

– Decidi ler (ao menos) um livro da bibliografia básica de cada matéria do curso de Jornalismo até o começo das aulas do Direito. Já cumpri a tarefa com relação a duas matérias (Televisão, e Comunicação e Multimídia), e restam-me ainda/apenas dez dias (e cinco matérias) para concluí-la. Será que dá tempo? 😛

– Esses dias (terça-feira de Carnaval) na praia do Cassino fiquei refletindo sobre a situação dos veranistas e cheguei à seguinte conclusão: todo mundo que vai para a praia no período de sol forte (das 9h às 16h) sofre de um mal que resolvi chamar de “complexo de nugget”: sal, areia, vento, umidade, sol… Com essa combinação de elementos, só não sai empanado da areia quem não tem carne para assar 😛

– É incrível como a gente se sente mal não pelas coisas que disse, mas pelas que poderia ter dito, mas não disse. É terrível perder oportunidades (que talvez/provavelmente não voltem mais) simplesmente por medo, ou até mesmo por não ter ‘atinado’ na hora que aquilo poderia ter sido dito. Então, a dica é falar tudo o que se queira agora — depois pode ser tarde demais para voltar atrás. Pode ser que o tempo até passe cada vez mais rápido — mas nenhuma tecnologia, nenhuma sociedade, nenhuma invenção, será capaz de fazê-lo voltar.

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