Ascensão e queda em (pouco mais de) 90 minutos

Alguém me explica como o Zidane conseguiu marcar um gol (de pênalti, mas é válido) e ser expulso na sua partida de despedida dos gramados? O cara foi o salvador da pátria no jogo contra o Brasil, e neste saiu sob vaias? (se bem que, com esta afirmação/interrogação, eu fujo um pouco da proposta do título deste post… ).
Hoje, na final da (Euro)Copa, em uma única partida, Zidane conseguiu ser o herói e o bandido. Tudo bem que o gol foi de pênalti, mas… ele definitivamente perdeu a chance de encerrar sua carreira com chave de ouro. E da pior forma possível: o rapaz mostrou ser temperamental (bonitinho, mas ordinário?). Ele devia estar sob tensão, é verdade (não deve ser nada fácil encarar a dobradinha final-de-Copa-do-Mundo-barra-final-de-carreira), mas sair dando cabeçadas assim, gratuitamente, já é um pouco demais. Zidane praticamente entregou o título para a Itália (não que a presença/ausência dele tenha feito muita diferença, mas seria mais um pênalti certo para a França – se é que o jogo chegaria aos pênaltis: nunca subestime o poder de um jogador que sai de campo expulso por dar uma cabeçada…).
Aliás, mas quem disse que sair do campo às vaias não é um belo final de carreira? Ao menos é um final de carreira inesquecível. Por um bom tempo ainda [(in)felizmente, as fofocas midiáticas não costumam durar mais do que algumas semanas] ele será lembrado pelo fiasco na sua última partida de futebol (façamos um teste: alguém ainda lembra do caso do Ronaldo na final da Copa da França? okay, talvez o que o Zidane fez não seja esquecido assim tão facilmente…).
— E o melhor de tudo é perceber que aquela historinha da alternância entre países europeus e americanos na liderança dos Mundiais permanece… São 9 títulos para cada lado, intercalados desde que o Brasil levou dois títulos na corrida (1958-1962). Logo, (tudo indica que) vai dar Brasil em 2010 na África do Sul! (ou, pior: Argentina! De qualquer modo, tudo indica que o título virá para a América do Sul, yay! :P).

No mesmo sentido: curiosidade descoberta via UOL: “Doze anos depois de perder o tri para o Brasil, a Itália foi tri em 1982. Doze anos depois de perder o tetra também para o Brasil nos pênaltis, a Itália sagrou-se tetra e ganhou a Copa do Mundo de 2006”.
— O legal é que com o retrospecto dos títulos da Copa dá para fazer várias associações aleatórias e malucas 🙂

Observação: Não vi o jogo (no sentido televisivo da frase). Mas sou Itália desde criancinha (ius sanguinis, etc.)…

— Update: sugestão da Caroldê cabeçadas no lugar do Zidane 🙂

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