A Máquina do Tempo

“Foi assim que vi as coisas em minha última contemplação do mundo de Oitocentos e Dois Mil Setecentos e Um. Pode ser a explicação mais falsa que ocorreria ao espírito de um mortal. Mas foi desse modo que tudo se me delineou, e é desse modo que lhes apresento”.

Livro

Minha última leitura de 2006 foi “A Máquina do Tempo” de H. G. Wells. A história é bem interessante, e se se considerar a época em que ela foi escrita (final do século XIX), pode-se dizer que o autor tinha realmente uma mente absurdamente criativa. Trata-se da narrativa de uma viagem no tempo para o futuro. Um inventor, denominado “viajante no tempo”, cria um dispositivo acionado por alavancas capaz de fazer com que quem o estiver operando possa avançar ou retroceder no tempo a velocidades variáveis. Tal feito seria possível ao se considerar o tempo como uma quarta dimensão (assim como altura, largura e profundidade). Desse modo, as pessoas poderiam se mover não só pelo espaço, mas também pelo tempo.
O futuro descrito na obra é habitado por seres diferentes dos atuais. No ano de 802.701, há duas espécies principais sobre a Terra. Esses seres, embora bastante diferentes, teriam derivado da espécie humana. Há os que vivem sobre a superfície e há os que vivem sob a terra.
Talvez o único inconveniente da obra é que o autor coloca a política como tema transversal na história, o que às vezes torna a leitura um pouco doutrinária. Mas, no geral, a narrativa é bastante interessante.

Máquinas do tempo

O que me levou a ler esta obra é que a minha nano novel de 2006 tinha como pano de fundo uma máquina do tempo. Eu provavelmente deveria ter lido este livro antes de pensar em escrever sobre máquinas do tempo (já que esta é considerada a primeira obra de ficção científica sobre máquinas do tempo), mas isso não vem ao caso. Há uma diferença principal entre a máquina de Wells, e a que inventei sem conhecimento de causa: a dele retrocede e avança em ambas as direções. A minha é unilateral: só vai ao passado. Outra diferença diz respeito às limitações tecnológicas da época. A máquina de Wells possui um funcionamento analógico, ao passo que a máquina que inventei possui controles digitais. Mesmo com as limitações, a máquina de Wells é infinitas vezes mais interessante 😛

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5 thoughts on “A Máquina do Tempo

  1. FELIZ 2007!!! \o//

    Faltou só dizer como foi a virada, hein?! xD
    Agora sobre esse livro.. tem um filme que foi baseado nesse livro, não?!

    Beijossss..

  2. No sabía que el libro de H.G. Wells había sido el primero en hablar sobre máquinas del tiempo. En cuanto a tu libro, me ha resultado muy interesante el hecho de que tu máquina del tiempo sólo fuera en una sola dirección. Es muy original y vence muchas de las incongruencias que siempre le había visto a los viajes en el tiempo.

    FELIZ 2007!!!

  3. Já foram feitos dois filmes baseados na obra de Wells. Um deles é mais ou menos recente.

    Tentei fazer uma máquina do tempo que não fosse limitada por problemas como o paradoxo do avô – por isso só se vai ao passado, e não se pode alterá-lo. Perde-se um pouco da graça, mas ganha-se um pouco de lógica 🙂 hehe

  4. aff, ainda nao li o seu maquina do tempo.

    mas agora fiquei curioso, existe um filme chamado maquina do tempo em que o tal inventor da maquina vai para um futuro onde existem duas especies de seres tbm. mas a trama ficou baseada no romance do tal sujeito, que tenta manter sua amada viva. tbm nao vi o filme ainda. =(

    de qualquer modo, se “sua” maquina do tempo vai ao passado e eh capaz de voltar ao presente, de certa forma ela eh capaz de viajar ao futuro, ainda que seja um futuro jah conhecido. se me recordo bem, vc jah disse que o “viajante” nao poderia alterar o passado, mas no caso de poder trazer alguem consigo, estaria voltando ao seu tempo e ainda dando o futuro a alguem do passado.

    pensar enlouquece.

  5. é só não usar a lógica que tudo parece mais simples e o mágico se torna possível 😀

    estou pensando em mudar a minha “máquina do tempo” para um dispositivo mais simples de realidade virtual… perderia a graça, mas ganharia em termos de probabilidade e verossimilhança ;P

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