Por que o iPhone é uma revolução

Vários aspectos chamam a atenção no iPhone, o celular revolucionário combinado com iPod da Apple. Mas talvez a principal revolução provocada por esse aparelho, que chega às lojas dos EUA na metade deste ano (por U$499 na versão de 4Gb, ou U$599 na de 8Gb) é o fato de que essa invenção pode ser considerada a precursora de uma provável futura revolução na relação do homem com a tecnologia.

Geralmente as experiências tecnológicas são capazes de mobilizar apenas dois sentidos: a visão e a audição. A primeira grande inovação do iPhone reside no fato de que ele altera totalmente a maneira de o homem interagir com a tecnologia. Com ele, também se utiliza um terceiro sentido: o tato. Todos os comandos são acessáveis a partir de toques sobre a tela. Muitos movimentos análogos ao que se faria em um “mundo real”, passíveis de serem descobertos de maneira quase sensitiva, são também utilizáveis para realizar tarefas como diminuir ou aumentar imagens (basta fazer um movimento de pinça com os dedos), centralizar a imagem (um toque central é suficiente para resolver o problema) ou mudar a orientação da tela do aparelho de vertical para horizontal (basta fazer o que se faria com uma simples fotografia de papel: para ver na vertical, é só segurar o telefone nesse sentido; para ver na horizontal, é só virar o telefone de lado).

Outra grande novidade diz respeito à integração com o iPod. Não que os outros telefones também não sirvam para tocar música (muitos dos modelos atualmente disponíveis no mercado são capazes de realizar muitas das funções de um tocador de mp3), mas o diferencial é que se tem uma verdadeira hibridização: diferentemente dos demais modelos de celular, o aparelho da Apple promete desempenhar de maneira satisfatória as duas funções (a de telefone e a de tocador de música). Como tudo funciona à base do toque, para escolher a música que se quer ouvir basta deslizar os dedos sobre as imagens de capas de CDs referentes às músicas disponíveis no aparelho. Simples, assim.

A tecnologia do toque é defina pela Apple como a interface mais revolucionária desde o mouse. Tudo no aparelho é controlado pelo toque dos dedos. O telefone tem também vem com tudo aquilo que normalmente se espera de um telefone hi-tech de última geração, como Wi-Fi, câmera de 2 megapixels, bateria com duração de 5 horas em uso (ou 16 horas para música), dimensões reduzidas (115 por 61 centímetros) e peso de 135 gramas. A tela é de 3.5 polegadas. Além disso, o aparelho também possui facilidades para o acesso à Internet, como um superteclado (na tela e à base de toque, obviamente) capaz de prever o que se vai digitar, a possibilidade de aumentar o zoom das páginas da web acessadas pelo telefone, e a capacidade de se acessar e-mails e páginas da web ao mesmo tempo.

Em suma, esqueça tudo o que você sabe sobre telefones celulares. O iPhone simplesmente redefine a noção de telefone.

Espera-se que no futuro cada vez mais os “telefones” pareçam versões miniaturizadas de computadores, e cada vez mais, tanto computadores quanto telefones, possuam interfaces cada vez mais sensitivas, amigáveis e fáceis de usar. Para que complicar o que pode ser fácil? Ultrapassada a fase das descobertas, a tendência agora é agregar a maior parte de funcionalidades em um só aparelho. Aos poucos, a experiência do ser humano com a tecnologia estará sendo reinventada.

Talvez, como disse Nicholas Negroponte, os átomos estejam realmente sendo substituídos por bits. O futuro tende a ser cada vez mais digital.

Em tempo: enquanto toda essa revolução tecnológica se articula, como é que ficam as relações interpessoas não-mediadas por dispositivos tecnológicos? Em outras palavras, será que não se está preocupado demais em desenvolver a tecnologia e se deixando de lado a qualidade, a quantidade e a intensidade das interações face a face?

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4 thoughts on “Por que o iPhone é uma revolução

  1. ouxe.. n mudou n? pensei q eu ja ia entrar aqui com o novo visual hehe
    ontem n deu pra entrar da casa da minha amiga :

    bjos :***

  2. Eu vi um distanciamento muito grande dos telefones atuais, inclusive negativamente – faltam recursos atuais nos outros celulares como a discagem por voz (mas nada que não possa ser corrigido na segunda geração).

    Como um protótipo de mobilidade engatinhando (os atuais modelos rastejam), é um ótimo avanço. Mas é um erro a Apple não abrir o código para o desenvolvimento de aplicações próprias.

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