Sobre o Celacom

De segunda a quarta aconteceu na UCPel o Celacom 2007. Esta era a 11ª edição do Colóquio Internacional sobre a Escola Latino Americana de Comunicação. O Celacom é uma iniciativa da Cátedra Unesco de Comunicação, e é promovido anualmente na Universidade Metodista, em São Paulo. Este ano foi a primeira vez que o evento foi deslocado de sua sede – e a proposta é de que os próximos também sejam realizados fora de São Paulo, em nome de uma maior regionalização do congresso.

A proposta é reunir pesquisadores em Comunicação para discutir a Escola Latino Americana de Comunicação (ELACOM) em três dias de evento. A edição deste ano contou com a participação de estudiosos de três países, e teve como tema central os Gêneros Comunicacionais: formatos e tipos latino-americanos.

Participei da comissão de organização (de forma voluntária; aliás, às vezes ainda me surpreendo com a minha natureza intrinsecamente voluntária… acho que não nasci para ingressar em um mundo capitalista), e por isso esses últimos três dias foram uma verdadeira correria. Mas valeu a pena.

Como em todo evento destinado à pesquisa, com o Celacom não foi diferente: foram três dias de intensa reciclagem científica e ebulição e aperfeiçoamento de idéias. Assisti a poucas palestras, mas todas elas eram muito boas. Só a mesa redonda de ontem pela manhã, sobre Gêneros Digitais, valeu pelo evento inteiro. A mesa contou com a participação de Elias Machado (UFSC), Alex Primo (UFRGS) e Vinícius Andrade Pereira (ESPM/UERJ), sob a coordenação de Raquel Recuero (UCPel). Os temas tratados foram o digital trash, a micromídia, e a forma de se pensar os gêneros no jornalismo digital. Mas a parte mais interessante foi o debate que rolou entre os painelistas após suas exposições.

Outros pontos altos do evento foram a palestra de Manuel Carlos Chaparro (da USP) sobre gêneros e a apresentação de trabalho de Maria Cristina Gobbi (Metodista; vide post acima) sobre a ELACOM.

Não sei se sou altamente influenciável, mas… gostei da idéia de pesquisar algo como a relação entre digital trash, cauda longa e micromídia. Também achei interessante a proposta de empregar a análise de discurso para investigar a comunicação, ou realizar a reflexão sobre gêneros. Só não gosto do fato de não conseguir encontrar um foco (algo mais específico; como objeto, já está praticamente certa a Internet) em meus interesses de estudos.

Nota mental: É mais divertido apresentar trabalho do que participar da comissão de organização. Acho (tenho certeza de) que eu teria aproveitado o evento bem mais se tivesse apresentado trabalho.

Hoje, quinta-feira, de volta à rotina, não tive mais desculpas para faltar às aulas do Direito. Tenho negligenciado demais esse curso ultimamente…

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