Protestos em Myanmar

Myanmar, Mianmar, Mianmá, Burma, Birmânia – mais uma vez, a mídia nos traz informações sobre um país que poucos sabem onde fica (fora os que nem sabiam que o país existia). E as notícias por lá não são nada boas. Protestos, imprensa censurada, fronteiras fechadas…

Myanmar é um país situado no sul da Ásia. A língua oficial é o birmanês. A capital do país foi mudada recentemente. Desde 2006, é Naypyidaw. A maior cidade – e ex-capital – é Yangon (antes Rangum). Ex-colônica inglesa (independente desde 1948), e atualmente governada por uma junta militar, a Birmânia foi palco de violentos combates durante a Segunda Guerra Mundial. Desde 1989, o país se chama Myanmar.


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A população de Myanmar iniciou uma onda de protestos em agosto, depois que o governo aumentou o preço dos combustíveis. Os protestos contra a degradação da economia se intensificaram recentemente com a adesão dos monges budistas. A população foi às ruas em maior quantidade, e se envolveu em conflitos com o Exército. A situação se tornou tão instável que a ONU enviou um representante ao país para tentar restaurar a ordem.

Mídia cidadã

Com a repressão, tem se destacado na mídia o papel do jornalismo cidadão. A partir dos países vizinhos (já que a imprensa do país é militarmente controlada), jornalistas exilados de Myanmar enviam informações sobre o conflito para o resto do mundo.

Destaca-se ainda nessas transmissões o papel das tecnologias móveis, como câmeras de celular e satélites. Em 1988, o país viveu uma situação de conflito semelhante. Entretanto, na ocasião, as informações sobre o conflito só chegaram ao resto do mundo três dias depois, a partir da mídia oficial. Com a Internet, tudo fica mais rápido – inúmeros blogs têm mantido o mundo informado dos acontecimentos (talvez tenha sido por esse motivo que o governo bloqueou o acesso à Internet no país na sexta-feira).

O site da Democratic Voice of Burma (DVB), uma organização midiática que divulga notícias sobre o país (mas localizada fora dele), pede que pessoas do mundo inteiro enviem mensagens para a população de Myanmar. As mensagens serão exibidas na DVB TV. Outro veículo do país – que tem recebido contribuições via celular dos participantes do conflito – é o Mizzima News. O canal participativo da CNN – I-Reporter – também tem se mostrado bastante ativo.

Os Estados Unidos coordenam uma grande campanha para salvar o país. Há até um vídeo no YouTube, estrelado por Jim Carrey. A campanha também pede a libertação de Aung San Suu Kyi, ganhadora do prêmio Nobel da Paz em 1991.

Em tempo: blogueiros de todo o mundo estão se unindo para, no dia 4 de outubro, postar em defesa de Burma. Se você tem um blog, não deixe de participar da campanha “Free Burma!”.

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4 thoughts on “Protestos em Myanmar

  1. Yeah, participarei da campanha, ótima indicação :)Não sei se em outros tempos isso ocorria, mas tenho me impressionado com a quantidade de países “fora do mapa” que, nos últimos anos, vêm se tornando palco de acontecimentos que mobilizam todo o planeta.

  2. Sim, certamente. Imagino como será quando a maioria absoluta da população terráquea tiver acesso a ela… será uma belezura. Ou uma tragédia. PS.: me rendi ao fundo branco – isso sim que é uma belezura 😉

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