Monthly Archives: September 2005

Semiótica 2

Destruindo a Semiótica, com base num exemplo citado no livro do Umberto Eco (Tratado Geral de Semiótica)…

“minha escova de dentes está viva e está querendo matar-me”

É um exemplo de frase sintaticamente correta, semanticamente anômala, mas pragmaticamente possível… =)
(Um maluco pode realmente acreditar que sua escova de dentes esteja de fato tentando matá-lo. Essa frase poderia ser empregada, por exemplo, numa conversa com um Psiquiatra.)

Obs.:
Sintática – plano da estrutura, relação dos signos com outros signos
Semântica – plano do significado, relação do signo com o seu significado
Pragmática – plano do contexto, relação do signo com todo o resto 😀

[Sei lá por que, mas achei isso interessante…]

Semiótica

“A semiótica não é apenas a teoria de tudo quanto serve para mentir, mas também de tudo quanto possa fazer rir ou provocar inquietação.”

Umberto Eco, em “Tratado Geral de Semiótica

Vai dizer que a semiótica não é algo capaz de deixar qualquer um louco??

Enfim, queria ter tempo para ler todo o livro… mas vou ter que me contentar com 30-40% do total (há outras prioridades de leitura para esta semana!)…

Celular

[criticazinha bem sutil aos novos modelos de celular…]

Resolveu sucumbir à ditadura da tecnologia, e foi na loja comprar um celular. Estava disposto a pagar quanto fosse, o que não queria era continuar sendo alvo da chacota dos colegas do trabalho por ele ser o único que ainda não podia ser encontrado a toda hora e em qualquer lugar.
Entrou na loja, com o olhar meio perdido. Dirigiu-se à balconista, e pediu para ver celulares.
A moça então mostrou um modelo, última novidade:
– Este aqui é bom, chegou este mês na loja, vende bastante.
Possui agenda para 500 números, bate foto com qualidade e zoom, envia e-mail, acessa a internet, tem visor de cristal líquido com 65 mil cores, toca mp3, vem com fones de ouvido, reproduz vídeos, permite que você baixe programas e joguinhos da internet, e ainda vem com localizador GPRS!
O rapaz ouviu tudo atentamente. E no final, apenas perguntou:
– Tá, mas ele telefona?

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Tudo acaba em pizza

E a crise política? Será que acaba tudo em pizza? (Estou torcendo para que seja de calabresa… :D)

Tudo acaba em pizza

Não há vitória sem derrota.
Não há derrota sem ressentimento.
Não há ressentimento sem culpa.
E nem há culpa sem remorso.

Não há remorso sem dor.
Não há dor que não machuque.
Não há machucado sem desconforto.
E nem desconforto confortável.

Não há conforto sem bom humor.
Não há bom humor sem criatividade.
Não há criatividade sem papel.
Nem papel sem palavras.

Não há palavras sem sentimento.
Não há sentimento sem conteúdo.
Não há conteúdo sem sabor.
Não há sabor sem comida.
(Nem comida que não seja pizza)

[o poeminha é do início do ano passado, mas o tema é sempre eterno…]

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Teste: The Director Who Filmes Your Life

[Roubei a idéia de fazer este teste de vários blogs que visitei nos últimos dias em busca de “inspiração” =) É bem interessante. Faça você também! :P]








Sofia Coppola
Your film will be 57% romantic, 32% comedy, 29% complex plot, and a $ 23 million budget.
Relatively inexperienced (The Virgin Suicides, Lost In Translation) as a director, but already highly respected and connected — her dad, Francis, directed all The Godfather movies, Apocolypse Now. Also, at last word she’s dating Quentin Tarantino, so I’m sure he’ll have some input into the substance of your film. Sofia’s good at making the romantic drama that is your life. Who didn’t have at least a lump in the throat at the end of Lost In Translation? She’s already won one Academy Award for her writing, now she’ll be the first woman to receive one for directing — YOUR FILM!







My test tracked 4 variables How you compared to other people your age and gender:



















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You scored higher than 73% on action-romance





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You scored higher than 24% on humor





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You scored higher than 16% on complexity





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You scored higher than 5% on budget

Link: The Director Who Films Your Life Test written by bingomosquito on Ok Cupid

E o vento levou…

Levou as esperanças, os anseios, as alegrias e os desejos de muita gente… E também a ilusão de que vivíamos num mundo “domesticável”.

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O que é essa loucura total do tempo? Alguém sabe se amanhã vai fazer sol, chover, esquentar, esfriar, ou se vai passar um furacão? Estou em dúvida se gasto meu dinheiro com um guarda-chuvas ou um protetor de orelhas. E vá que eu precise de um ventiladorzinho desses portáteis, ou algo do tipo. É tão difícil tomar uma decisão.

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Confesso que ri quando ouvi a manchete “Chuva destrói Muitos Capões”. Não pude deixar de me divertir pela ambigüidade da frase, ao menos ao ser proferida oralmente (porque na forma escrita é indiscutível a referência a uma cidade com esse nome tosco).
Ri pela bizarrice de um local chamado Muitos Capões. Imaginem a [falta de] criatividade de quem criou esse nome*.
Mas as risadas param por aqui.
O que está acontecendo com o clima do mundo é preocupante. Já não temos as quatro estações (que saudades da primavera!). E fenômenos naturais que antes eram “privilégio” dos países ricos (tempestades de raios, furacões, tornados, terremotos) começam a pipocar por aqui.
Tá certo que [não querendo causar polêmica] sou a favor da ação da natureza como forma de controlar o superpovoamento do mundo (!), mas também há limites para isso. Uma coisa é você morar numa área de risco, sabendo que a qualquer momento podem te pedir para sair de casa por um furacão estar se aproximando. Outra, completamente diferente, é você ter de sair às pressas no meio de uma tempestade, quando percebe, tarde demais, que o teto está [literalmente] desabando em cima de sua cabeça.
As forças da natureza são incontroláveis. Mas até certo ponto. Elas são, em grande parte, fruto de nossas ações sobre a face da terra, reflexos de nossa atuação desenfreada sobre o globo terrestre. Tsunamis, por exemplo, já eram previstas para acontecer, mas daqui uns 20 ou 30 anos. Se a coisa está acontecendo agora, imaginem o que não estará por vir nos próximos anos. Ninguém mais está seguro, nem mesmo em sua própria casa!
Mas o jeito é se adaptar. A presença constante de ventos fortes no estado vai abrir mercado para empresas seguradoras, construtoras que se disponham a construir casas a prova de vendavais, e tudo o mais (a inclusão deste trecho é totalmente intencional: tenho prova de Marketing hoje à noite, e os conceitos de micro e macroambiente de marketing começam a pulular em minha mente, como que se pedissem, implorassem para ser incluídos em todo e qualquer texto que eu possa vir a produzir no dia de hoje).

Os cientistas se dividem quanto ao que pensar a respeito do assunto. Alguns alegam que já era previsto que o efeito estufa viesse a causar eventos extremos, como ventanias intensas e chuvas diluvianas (não confundir com Delúbio… :P). Outros alegam que ciclones e tornados sempre ocorreram no Rio Grande do Sul, a diferença é que agora eles têm se concentrado em zonas urbanas, e também o fato de que a mídia (é sempre culpa da mídia!) esteja nos causando a sensação de que haja mais tornados por conta da maior divulgação dos mesmos pelos meios.

E também, com tanta massa de coisa ruim vinda da Argentina se chocando com massas de praia, férias sol e mar vindas do oceano… só podia acabar em porcaria mesmo!

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Falando em forças de marketing… o Banrisul já está concedendo crédito às vítimas dos temporais. Bagé foi incluída na lista de cidades que poderão contar com o benefício. (Lá em casa quebrou todo o teto de vidro da sala com as tais pedras de granizo do tamanho de ovos de galinha…] Pois bem, acho que agora entendo o que diz o dito popular “Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra”. 😛

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* Da Zero Hora de hoje, sobre a localidade de Muitos Capões:
“O nome se deve obviamente à existência de uma quantidade grande de capões (ilhas de mato) nos campos da região.”
Arrá! É falta de criatividade mesmo 😛