Empilhando advogados

Ao que parece, Pelotas terá uma nova faculdade em 2008. E eles pretendem oferecer o curso de Direito, já a partir do próximo ano.

Também há planos de incluir uma nova turma em mais um turno em uma das faculdades de Direito já existentes na cidade.

Com isso, devem ser pelo menos mais 150 novos alunos por ano.

E o que a cidade vai fazer com tanto advogado? Do jeito que está (3 cursos, mais de 300 novos profissionais por ano) dá uma média de um bacharel em Direito para cada mil habitantes por ano. Depois ninguém entende por que a maior parte dos formandos acaba trabalhando em áreas completamente diferentes das quais se formaram…

Há mercado na cidade para isso tudo?

7 thoughts on “Empilhando advogados

  1. Oláá Gabi!Popup é bemmm melhor =DFranca é um “pólo” da advocacia também. Temos 2 faculdades tradicionais, que são a UNESP e a FDF (Fac de Direito de Franca) que é mantida com recursos do Município, é paga, mas com valor menor nas mesalidades. Elas estão sempre na suspeita listinha de ‘indicados’ pelo MEC. Resta a Unifran, com uma mega estrutura, muitos cursos inúteis, que também tem Direito. Não convém entrar no mérito “qual é melhor”, pq só conheço bem a Unesp, pq assisti quase 1 ano e meio de aulas com meu namorado qdo ele ainda estudava lá, antes de eu resolver fazer Direito também 🙂 Pode-se dizer que há ótimos professsores, renomados, mas muitos que aparecem 3 vezes por ano e pedem trabalho pra nota. Não por acaso, a biblioteca da Unesp está sempre lotado de alunos estudando por conta própria. Contam com um acervo espetacular, alunos politizados que vivem se mobilizando e criando núcleos de estudos. Não por acaso também, é de lá que saem as bolsas da FAPESP, como se apenas o público merecesse pesquisa. A FDF não conheço, mas sua fama é de ser retrógada e possuir os mesmo professores de quando foi fundada – ou seja, conservadorismo, uma certa relutância para com o novo. Na unifran [onde estudo] há um esforço para tornar o curso bom. Os professores de lá são, em alguns anos, um misto dos da FDF com os da Unesp, mas, em sua maioria, são nem de uma nem de outra, dão aulas em faculdades da região. São professores mais novos, não tão renomados, mas que encaram o direito mais jurisprudencial, humano, menos técnico – o que não impede de termos, tb, alguns da idade da pedra. O nosso problema é que não se usa a faculdade pra nada: a pesquisa tem o peso fraco, os alunos assitem aula e vão embora, são raros os que atuam na assitência jurídica e o nosso teatro do juri vive às moscas. Pelo sim, pelo não, estou estudando onde gostaria de estar, ainda que nosso curso não esteja na prestigiada listinha ‘nem um pouco’ tendenciosa. Mas enfim, o que eu queria dizer é que aqui o ar que respiramos é jurídico, e a maioria ingressa no curso por questão de tradição – o avô, o pai, a mãe, o tio, o irmão fizeram Direito e isso se torna uma quase obrigação.

  2. Aqui tem atualmente 3 cursos. Simplificando ao máximo: o da UFPel (onde estudo), é o que costuma ter os melhores alunos, apesar de ter professores médios e fracos (faz tempo que não realizam concurso para professor titular, o que acaba perpetuando o regime dos contratados – geralmente só graduados). Já o curso de Direito da UCPel (onde faço Jornalismo) dizem que tem os melhores professores (tipo, todo aquele pessoal altamente qualificado que poderia muito bem fazer um concurso para professor titular na Federal, se houvesse concurso). Mas como o vestibular é menos concorrido, o curso costuma ter alunos mais ‘fracos’ (generalizações são perigosas). Por fim, há o curso de Direito da Atlântico Sul, o mais novo… e que ainda não formou nenhuma turma. Eles costumam aproveitar os mesmos professores das outras instituições, e contratá-los como ‘horistas’. Isso tudo leva a algumas distorções. Tipo, o lugar onde tem mais pesquisa, mais extensão, é na universidade particular (UCPel), porque é lá que estão os professores bons. Mas o curso com o selinho (inutil?) da OAB e recomendado pelo MEC é o nosso (UFPel). E agora estão querendo abrir um 4° curso de Direito na cidade… o.0 Será que precisa???

  3. Para adEvogados que adEvogam eu acho que não há lugar.Mas lembre-se que existem pessoas que querem um curso superior somente poder fazer um concurso público. Talvez esta seja a parte do mercado mirada por esta nova universidade.

  4. É, pode ser… cursinho para técnicos jurídicos. Tipo, sai mais barato que pagar curso preparatório para concurso, e ainda no final a pessoa sai com diploma de curso superior! Perfeito! Grande sacada 😛

  5. hahahahah! =)Boa, Gabis.Eu to longe de querer advogar, sou um desses que querem concurso público, mas no final de tudo ainda acho que compensa o curso de Direito =)

  6. Eu não pretendo trabalhar em nenhuma área do mundo (mundo?) jurídico. Nem concurso, nem advocacia, nem nada.(O que eu to fazendo em um curso de Direito? o.0)

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