Monthly Archives: October 2007

Relativamente em dia

Resolvi tirar o fim de semana para colocar em dia tudo o que estava pendente em termos de faculdades. Fiz duas peças, redigi dois textos, rascunhei um projeto, li o que precisava ler, preparei uma apresentação, enviei trocentos e-mails, e estou pronta para mais uma semana de aulas.

Em contrapartida, vida social em declínio, blog às moscas, leituras furtivas mais-que-atrasadas, e quarto na maior bagunça. Bagunçada também está minha área de trabalho no PC. Vou salvando todos os arquivos por lá, e depois preciso encontrar tempo paciência para distribuí-los em felizes pastinhas hierarquizadas.

Paradoxo existencial: é impossível dar conta de tudo.

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Para entender: a imagem, a inspiração, a tradução e o significado.

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Proteção ao sigilo de fontes de blogueiros e jornalistas

A Casa dos Representantes dos EUA aprovou, por 398 votos a 21, o projeto de lei federal conhecido como “Ato de Livre Circulação de Informação” [Free Flow of Information Act, FFIA]. Esse é apenas um dos passos para a aprovação da lei (que, na fase final, precisará ainda ser aceita pelo presidente Bush, bastante resistente ao Ato). Mas a esmagadora diferença na votação traz indícios de que a preocupação com a liberdade de informação não é de poucos.

O FFIA estabelece, dentre outras coisas, que os jornalistas têm direito a preservar suas fontes, e, por isso, não devem ser obrigados a revelá-las sem que haja um motivo relevante [e após um devido processo legal, que assegure contraditório e ampla defesa]. Mas o interessante do documento é que ele traz uma definição bastante ampla de jornalismo, o que permite até mesmo estender a proteção a blogueiros profissionais.

O documento protege quem exerce atividades de jornalismo de forma remunerada. Jornalismo, de acordo com o documento, significa reunir, preparar, coletar, fotografar, gravar, editar, publicar, reportar, ou publicar notícias ou informação de interesse local, nacional ou internacional, ou outro assunto de interesse público. Com essa redação, a atividade de probloggers que se utilizam de fontes para produzir a informação poderia ser enquadrada como ‘jornalismo’.

O assunto abre precedentes para discussões interessantes – faz repensar o que é o jornalismo (processo ou produto? atividade meio ou atividade fim?), e até que ponto o que fazem [uma parte dos] blogueiros e jornalistas se assemelha. Um blogueiro pode exercer jornalismo, assim como um jornalista não precisa necessariamente exercer a atividade jornalística. Um blogueiro que se utiliza de técnicas de jornalismo para produzir sua informação [ou então: um ‘cidadão jornalista’ que escreve uma matéria para um site colaborativo] é, efetivamente, apenas um blogueiro? Ou estaria mais para o lado de um jornalista? Jornalista é apenas quem possui o registro, mesmo que não produza nada, ou também quem exerce a atividade jornalística, mesmo sem ter registro? Para essas questões, toda e qualquer tentativa de definição legal se mostra insuficiente…

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Mac X Microsoft

O vídeo acima, uma verdadeira sátira da eterna disputa entre Mac e Windows, é um dos pods mais assistidos de todos os tempos da Current TV.

Um trecho:

Bill Gates: “O que é isso?”
Steve Jobs: “É uma iHouse”
Bill Gates: “Mas ela não tem Janelas[Windows]!”
Steve Jobs: “Exatamente!”

Dentro da mesma linha [eterna luta Mac x PC], há ainda um vídeo de South Park no YouTube.

Via FilmeFashion

Em tempo: alguém tem conta no Current? Estou tendo dificuldade em encontrar brasileiros por lá.

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Os estudantes de hoje

O vídeo abaixo foi produzido na disciplina de Introdução à Antropologia Cultural, na Kansas State University, pelo professor e seus 200 alunos. Os alunos realizaram um imenso brainstorm digital coletivo via Google Docs, elaboraram um enquete (aplicada a eles mesmos), e ao final do processo produziram um vídeo de 3 minutos com os resultados obtidos. Vale a pena conferir.

Via Ponto Media.

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Um Twitter Pro, sem limite de tamanho?

Tudo começou em uma conversa telefônica entre Robert Scoble e Dave Winer. Scoble afirmou que não se importaria em pagar U$10 por mês para poder enviar atualizações de mais de 140 caracteres no Twitter, baseado no fato de que a esmagadora maioria dos usuários que os seguem acompanham as atualizações pela web, e não pelo celular (a justificativa para serem apenas 140 caracteres é justamente para se poder enviar e receber atualizações via SMS). Mas, espera aí… qual seria a utilidade prática do Twitter, não fosse a cruel imposição de limitação de caracteres? Talvez o microblog perdesse metade da graça sem a limitação de espaço (ou talvez não… os usos são imprevisíveis, e microblogging sem limitação espacial poderia gerar novas funções interessantes para o Twitter… tudo é relativo).

As opiniões se dividem na blogosfera. Para Nathaniel Payne, sem a limitação de caracteres, o Twitter perderia a razão de ser: “Como você chama o Twitter sem a limitação de caracteres? Um blog!”. Já Ian Betteridge coloca o valor da brevidade acima de tudo. Em maio deste ano, Jason Calacanis tinha feito um post sobre uma possível cobrança de $250 por ano no Twitter, mas por um motivo contrário – para ele, esse seria um valor justo, considerando-se a quantidade de pessoas que recebe por SMS as dezenas de atualizações diárias que ele faz no Twitter.

O Twitter Hacks sugere uma saída irônica: basta mudar para o Pownce. Lá as atualizações não têm limite de tamanho.

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Número de assinantes do feed

Quer saber o total de pessoas que assinam um determinado feed pelo Google [leia-se Google Reader + iGoogle + Orkut]? Uma maneira óbvia de saber o total é através das estatísticas do FeedBurner. Mas isso vai depender de o feed ser do FeedBurner. Para consultar os índices de outros feeds, ou então para comparar o que diz o FeedBurner – que usa um cálculo aproximativo para determinar o total de feeds – com o total real de assinantes do feed (incluindo os inativos), basta procurar pelo nome do blog no campo “Add subscription” do Google Reader. O resultado irá mostrar o número de assinaturas via Google para o blog pesquisado.

Não consegui encontrar o índice para o meu próprio blog [okay, tenho acesso a essa informação via FeedBurner]. Mas não deixa de ser interessante poder saber quantos assinantes possuem os demais blogs que acompanho.

Via eCuaderno.

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O mundo é de quem fazia

Lembram do tempo em que criar uma página no hpG era de graça? Lembram do tempo em que o IG se chamava Internet Grátis, e disponibilizava um horrendo serviço de e-mail (o ieG – Internet e-mail Grátis), além de espaço gratuito para construir sites? Não tenho o direito de reclamar, porque aproveitei ao máximo minha fase de inspirações criativas em ebulição. Criei muitas páginas no tempo em que o hpG ainda era grátis (ainda é; há uma versão, limitada a 5Mb e ao uso do FTP pela web, para quem quiser criar uma página totalmente web 1.0 e sem graça) e em outros serviços gratuitos de hospedagem. Muitas delas já se perderam pelo caminho. Outras tantas ainda estão no ar. A web 1.0 pode até parecer sem graça… mas ela permitia dar vazão a uma excessiva criatividade. Aprender a se destacar era essencial.

A página da minha turma de 7ª série do Ensino Fundamental (!), criada no Geocities (ainda no tempo em que os endereços eram baseados em regiões geográficas reais), gerou uma grande confusão, e tivemos que remover boa parte do conteúdo porque a bibliotecária-barra-professora de Ciências – que tinha acesso diário à Internet – visitou a página um belo dia e percebeu que tínhamos uma coluna para falar mal dos professores. As críticas rolaram soltas pela instituição, e antes que alguém pudesse nos processar por injúria ou difamação expulsar da escola, tiramos a página sobre os professores do ar. Algum tempo depois, a diretora da escola nos chamou para fazermos sugestões de como reformular a página da escola – depois que ela constatou que a “página da turma 171” fazia mais sucesso que o próprio site da escola. O motivo? Tínhamos até bate-papo! Em 1999, bate-papos como o do UOL e do Terra eram os lugares mais freqüentados da Internet. Forçando um pouco a barra, ter um site com bate-papo era o mesmo que seguir as tendências da Web 2.0 hoje em dia…

Também criei muitas páginas no hpG… Principalmente sobre seriados. Meu tosco site de Gilmore Girls continua no ar até hoje – ele foi estranhamente recolocado em um novo diretório dentro do mesmo servidor, ganhou um novo endereço, mas segue no ar. Meio capengo, mas continua lá. Para um site que já teve mais de mil visitas diárias, a modesta média de 50 por dia deixa muito a desejar. Mas considerando que a página não recebe nenhuma grande atualização desde 2004… 50 visitas por dia para um site deixado às moscas, em um endereço obscuro, de um fan site sobre uma série que já acabou, é um índice relativamente elevado.

Conheci muita gente através do site de Gilmore Girls. E o site também foi fundamental para que eu viesse a optar, anos depois, pelo curso de Jornalismo.

Mas meu fanatismo por Gilmore Girls não rendeu apenas um site. Cheguei ao extremo de fazer um segundo site sobre a série, em inglês (e que está no ar até hoje, mesmo com todos os terríveis erros de gramática, ortografia, regência e concordância) e assinar com o nome do cachorro (Lia Z.!), só para poder concorrer duas vezes a um “prêmio” para fan sites sobre seriados. E o mais bizarro de tudo – ganhei com o site fake e perdi com o original.

Eu era uma fã tão estranha de seriados que não me contentava em ter um único site sobre cada série – tinha vários. Só de Friends eram três. O Explosão Friends (?) ainda está no ar [reparem no aviso de ‘melhor visualizado com Explorer 4 ou superior’]. O Clube Friends era o mais forte – junto a ele eu também administrava uma lista de discussões por e-mail sobre a série. Mas não tinha paciência de acompanhar as discussões (fazia parte do fato de contar com conexão discada, limitada a 20 horas mensais), e em seguida a lista começou a despencar. Depois ela foi assumida pela equipe do Friends-Brasil.com (que já não existe mais, por sinal). A lista de Gilmore Girls sobreviveu apenas até o começo deste ano.

Fiz páginas sobre outros seriados. Charmed, Mad About You, The Drew Carey Show, Party of Five, Popular, Ed… Todas elas não existem mais. Também não existe mais a seção de colunas do site Séries Online. A BrasNet é outra que virou lenda. Até hoje mantenho algumas das amizades virtuais feitas através do #gilmoregirls e do #smallville.

Mas nenhum site ganha deste. Criado no bloco de notas do Windows, ocupando no máximo 10kb de espaço em disco, e com um bando de estranhos cadastrados. Nem foi preciso divulgar.

O que mudou nos tempos atuais? Hoje em dia fica tudo mais fácil. Com dois cliques podemos criar um blog. Não é preciso apanhar para um código html que não deu certo, ou sofrer em um limitadíssimo editor gratuito de páginas pessoais. Ganhamos em praticidade. Perdemos em improvisação. — A vantagem é que sobra mais tempo para interagir com as pessoas 🙂

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Furto de hora

Comentário do Gilberto hoje aqui no blog:

“Ah, hoje é dia de escreveres sobre aquela hora que nos roubam todos os anos :p”

Então, vamos ao post!

Primeiro, as imprecisões técnicas: não é roubo, é furto. Roubo pressupõe violência ou grave ameaça. E, ao que consta, embora sejamos forçados a adiantar os relógios à meia noite do dia de hoje, o governo não planeja valer-se de sua prerrogativa do monopólio do uso da força em uma sociedade moderna para nos impor, mediante atos coercitivos cruéis, a subtração da referida hora. Já o furto se consuma quando se subtrai coisa alheia móvel, independente dos modos empregados para tanto. Considerando o tempo como algo móvel (mais especificamente, bem imaterial, suscetível de propriedade intelectual), chegamos à conclusão de que o que o governo faz, ano a ano, nada mais é do que um furto. Um furto qualificado pela destreza (artigo 155, §4°, inciso II do Código Penal), é verdade, mas um furto.

De qualquer modo, já virou tradição aqui no blog criticar o fato de que “o governo” nos toma uma hora em pleno fim de ano – época em que mais precisamos de tempo para fazer as atividades típicas de final de semestre – para nos devolver só lá no começo do ano seguinte, em plenas férias. Absurdo. Parece que eles querem nos forçar a trocar uma hora a menos de produtividade em outubro, por uma hora a mais de lazer em fevereiro… Não temos nem ao menos o direito de escolha?

Em tempo: O horário de verão tem lá suas vantagens, é verdade. E é até interessante ter horas a mais de sol por dia 🙂

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