All posts by Gabriela Zago

Meme: coisas secretas

A Raquel Camargo me repassou o tal meme das seis coisas secretas. A idéia geral é revelar seis coisas que – supostamente – poucos sabem sobre mim. (Vocês já devem estar cansados de ver esse meme por aí, não?)
Eis a listinha:
1. No começo, ninguém colaborava com o site de Gilmore Girls, apesar dos meus insistentes links do tipo “Envie sua colaboração” ao final de cada página do site. Aí comecei a colocar nomes fictícios em supostas colaborações (o mais recorrente era “Lia”, o nome da minha cachorrinha Poodle). E não é que funcionou? Em seguida apareceram vários colaboradores, e com isso fiz várias amizades através do site.
2. Falando em cãs, desde o ano retrasado, além da Lia, tenho outra cachorrinha. O nome? Gaby. Não foi uma crise bizarra de egocentrismo, nem de falta de criatividade crônica (ou: foi as duas coisas ao mesmo tempo?). Ela simplesmente já tinha esse nome quando a compramos, e se recusou a atender por qualquer outro nome. Mentira. Na verdade achei que seria divertido manter o nome.
3. Penso demais antes de enviar um e-mail, publicar um post ou fazer um comentário em blog. E muitas vezes acabo pensando demais e desistindo do envio. (É mais ou menos aí onde foram parar todos os posts inacabados de fevereiro.)
4. Tenho dificuldade em decidir quando colocada diante de opções. Mesmo assim, prefiro ter a possibilidade de escolher a não ter opção alguma.
5. Assinei a revista Veja Kid+ por dois anos. Mais: fui “fera” da revista (quem conheceu a revista talvez lembre do que se trata). Mais ainda: colei o pôster do Lorenzo na parede do meu quarto.
6. Já respondi esse meme antes. E na época era para listar só 5 coisas, então paro por aqui.
Repasso o meme para o Sérgio, que vive me repassando memes, e eu de certa forma vivo escapando deles.

Twitter e outras ferramentas parecidas

Saiu ontem o relatório do Pew Internet & American Life Project sobre o uso do Twitter e outras ferramentas parecidas nos Estados Unidos, conduzido por Amanda Lenhart e Susannah Fox. O que mais me chamou a atenção, entretanto, não foi o fato de que 11% dos usuários daquele país afirmam usar um serviço tipo o Twitter, ou que seja crescente o uso móvel, que a idade média dos usários seja de 31 anos, ou ainda a forte relação apontada entre uso de blogs e sites de redes sociais com o uso do Twitter, e sim o fato de que eles já tenham deixado de se referir ao Twitter como “microblogging”.
No relatório, o Twitter e as tais outras ferramentas parecidas aparecem como modalidades de “status update”, ou atualização de estado, ou mudança de status, ou “serviços que permitem aos usuários compartilhar atualizações sobre si mesmos e ver as atualizações dos outros“. Isso englobaria qualquer ferramenta que permita acompanhar ações de amigos e coisas do tipo – desde o “status update” do Facebook (no qual, diga-se de passagem, os usuários são convidados a responder à pergunta “What are you doing now?”, praticamente a pergunta padrão do Twitter – “What are you doing?”) até, por exemplo, aquela caixinha que aparece ali no Orkut com as últimas movimentações de seus amigos. Com isso, o Twitter estaria sendo comparado mais a um site de rede social do que propriamente a um blog, o que de certa forma faz sentido. O caráter de “blog” da ferramenta só fica mais evidente quando se acessa o perfil de alguém individualmente (porque aí sim as mensagens são exibidas em ordem cronológica inversa, tal qual um blog). No mais, ao se exibir tudo junto misturado, tem-se algo mais próximo a qualquer outra coisa do que propriamente a um blog.
um texto do Jose Luis Orihuela, de 2007, que se refere aos microblogs como uma mistura de blogs, redes sociais e mensageiros instantâneos. Ainda acho que o caminho seja mais ou menos por aí. E na real não importa tanto como chamamos o fenômeno, e sim como o compreendemos. Parafraseando o argumento de uma professora em uma lista de discussão acerca de uma discussão sobre a grafia de uma determinada palavra, “A rose, by any other name, would smell as sweet” (Shakespeare) [“Se a rosa tivesse outro nome, ainda assim teria o mesmo perfume”.]
Enfim, caso tenha interesse em saber mais sobre o uso do Twitter e ferramentas do tipo nos EUA, não deixe de acessar o relatório do Pew Internet.

Forensepedia: a enciclopédia jurídica colaborativa

forensepedia Gustavo D’Andrea andava quietinho, quase sem se manifestar na blogosfera. Pois esta semana voltou com tudo: novo blog, e lançamento da Forensepédia, uma enciclopédia colaborativa em wiki, nos moldes da Wikipédia, que promete se tornar referência na esfera jurídica.
Da descrição na página inicial do site:

“Forensepédia é uma enciclopédia jurídica colaborativa. Todos podem usá-la e editá-la. Ela foi estruturada e lançada com a missão de contribuir para com o livre fluxo de conhecimento jurídico no Brasil e no mundo, valendo-se da colaboração em massa como a sua principal ferramenta. Acreditamos que esta enciclopédia representa uma resposta a dois fatos principais: a crescente demanda por conteúdo jurídico acessível e de qualidade; e a existência, em toda parte, de pessoas com muito conhecimento jurídico não difundido. Isto faz da Forensepédia um ambiente propício à criação colaborativa de conteúdo jurídico, sendo importante mencionar que este conteúdo está sob uma licença livre. Portanto, seja muito bem-vindo(a) e sinta-se à vontade para utilizar a Forensepédia!”

Entre, visite, e colabore.
Para quem não sabe, o Gustavo mantém ainda a Advogados Networking, uma rede social voltada para advogados.

Assunto paralelo: este blog conta agora também com um ‘endereço resumido’: http://gabrielazago.com. Particularmente, acho o endereço da Verbeat mais simpático. Mas o novo endereço fica mais fácil de memorizar. 🙂 (Falando em Verbeat, a gente fica sem acessar o condomínio por alguns dias, e quando vê já são vários vizinhos novos. E tem mais novidade por aí! Dê uma olhada na página inicial do condomínio e confira!)

Livro: Globalidade – A Nova Era da Globalização

Você sabia que a Tata Motors, da Índia, após anos e anos de pesquisa, conseguiu lançar no começo de 2008 um carro popular ao preço de U$2.500? Ou que a Embraer, empresa de aviação no Brasil, tem um curso de especialização de engenheiros, com titulação de Mestrado, para recém-graduados interessados em ingressar na companhia?
O livro Globalidade – A Nova Era da Globalização (com o sugestivo subtítulo de “Como vencer num mundo em que se concorre com todos, por tudo e em toda parte”), de Harold Sirkin, James Hemerling e Arindam Bhattacharya, do Boston Consulting Group (BCG), trata do papel das empresas desafiantes, em países ditos em desenvolvimento, mas que mesmo assim cresceram e se tornaram marcas com presença global. De acordo com o próprio livro, “Globalidade não é uma nova forma de se referir à globalização. É o que vem depois”.
Os casos relatados no livro são das empresas que aparecem na lista, elaborada pelo próprio BCG, das cem desafiantes globais – empresas situadas em países periféricos que mesmo assim conseguiram marcar presença no mundo todo. Da China, são 41 empresas. Da Índia, são outras 20. O Brasil está representado por 13 empresas (além da Embraer, também estão na lista, por exemplo, Natura, Petrobrás, Gerdau e Vale do Rio Doce, entre outras – a lista completa pode ser conferida aqui [PDF] – no mesmo lugar também dá para ler o comecinho do primeiro capítulo do livro).
O livro é interessante por mostrar que uma empresa não precisa estar sediada em um país dominante para poder vender no mundo todo. Basta saber atuar em escala global. E como essas empresas passam a competir cada vez mais com as demais marcas globais, daí reside a tal concorrência “com todos, por tudo e em toda parte” de que trata o subtítulo do livro.
No Brasil, o livro foi lançado pela Nova Fronteira, e tem prefácio assinado por Roger Agnelli, presidente da Companhia Vale do Rio Doce.

Twitter como ferramenta informacional

Uma das coisas que temos percebido na pesquisa sobre o Twitter (feita com a Raquel Recuero) é que o Twitter no Brasil costuma ter uma utilização bem mais voltada para fins de informação. Embora muitos usem a ferramenta para conversar, o uso informacional parece predominar. (E por informação entenda algo lato sensu, de notícias a o que você comeu no jantar; tudo aquilo que você queria mesmo ficar sabendo, mas também aquela avalanche de tweets completamente inúteis que recebe mesmo assim em função de quem e do que escolheu seguir.)
Se quiser saber um pouquinho mais sobre essa tendência, sugiro que dê uma olhada no post da Raquel.

Em tempo: Seria muito legal poder disponibilizar por aqui os resultados completos da pesquisa do Twitter e tudo o mais, mas o mundo acadêmico é feio bobo chato bizarro e nos impede de comentar antes resultados ainda não “publicados”. (Aliás, sobre esse assunto, vale a pena acompanhar a discussão iniciada por Lilia Efimova em seu blog após ela ter começado a discutir no blog os resultados da tese dela antes de publicá-la.)
Então assim que for possível comentaremos mais resultados. 🙂
E ainda estou devendo (a mim mesma?) um post com os resultados da minha monografia.

2009: o ano do jornalismo no Twitter?

foto aviao
Foto postada por Janis Krums no TwitPic
Steve Clayton, em um post recente, discute o Twitter como a nova fronteira para o jornalismo. A discussão parte de uma foto do pouso do avião no Rio Hudson na semana passada, tirada por Janis Krums, que estava próximo ao local, e que foi postada inicialmente no Twitter, através do TwitPic (reproduzida acima). Segundo Clayton, essa fotografia marcaria a entrada do Twitter na mídia mainstream e a emergência da Internet em Tempo Real. Estamos diante, então, de pelo menos duas discussões:
Twitter e mainstream
No texto, ele discute que 2009 seria o ano em que o jornalismo no Twitter finalmente se tornaria mainstream (Clayton se refere ao fato de que o caso da foto do avião no Twitter chegou a ser bastante discutido na mídia tradicional). Não sei se chegaria a tanto – afinal, embora a ferramenta tenha tido um grande crescimento no número de usuários no último ano, ela ainda está um pouquinho longe do mainstream. Mas acho que dá para ao menos prever, com uma certa margem de segurança, que a ferramenta passará cada vez mais a ser usada para cobertura de fatos e eventos, em uma espécie de microjornalismo cidadão em tempo real (e o número de usuários vai continuar aumentando).
Twitter e tempo real
O grande potencial do Twitter está na rapidez da informação: pode-se usar celulares e outros dispositivos móveis para reportar acontecimentos assim que eles acontecem, direto do local do acontecimento. Há ainda inúmeras ferramentas auxiliares que permitem estender o limite de 140 caracteres, se for preciso (TwitBlogs), incluir imagens na atualização (como o próprio TwitPic), dentre outros recursos.
(via Ponto Media)

Mais sobre Twitter e jornalismo
Aqui no Brasil, o Tiago Dória também discutiu a foto do avião. Sobre o tema, ele fez dois comentários: 1. Krums enviou direto para o Twitter (ele não pensou em enviar para um jornal, ou para um site jornalismo participativo; mandou direto para seus contatos), e 2. Embora as primeiras informações tenham sido postadas no Twitter, as informações detalhadas sobre o acontecimento puderam ser acessadas, logo depois, em jornais online. Conclusão de Tiago Dória a respeito disso tudo: os dois tipos de mídia – a “velha” e a nova mídia – tendem a coexistir: “O Twitter reuniu os primeiros relatos e a chamada grande mídia trouxe a informação editada, mais organizada e legível”. Acho que, ao menos por enquanto, o caminho seria por aí: o Twitter é bom para acompanhar os últimos acontecimentos, mas talvez não muito adequado para acompanhar fatos cotidianos ou os sucessivos desdobramentos das notícias.
Aliás, isso nos remete a uma grande (não sei quão grande) limitação do Twitter para o jornalismo (inclusive, já abordei isso por aqui antes): a timelime é ótima para ficar sabendo de algo assim que acontece. Entretanto, por vezes, se torna bastante complicado acompanhar o que foi dito, especialmente algumas horas depois de um determinado acontecimento. Exceto pela busca por palavras-chave, não há, ainda, outro mecanismo para rastrear o caminho da informação. Com uma simples busca por palavra-chave, fica bem complicado separar o joio do trigo, o conteúdo digamos mais, relevante, dos demais comentários do público. Como paliativo, há as hashtags, mas nem todo mundo se lembra de usá-las, fora que também geralmente há várias tags sendo usada para um mesmo acontecimento. Claro que há caminhos para solucionar essa limitação, como partir dos tweets para reconstruir a informação e postá-la em outro lugar. Um exemplo bem interessante foi o que fez Alexandre Gamela com o incidente do avião no Hudson.
Outra saída interessante é buscar acompanhar as informações por uma das inúmeras ferramentas construídas com a API do Twitter: Quer saber o que está sendo discutido no momento? Acompanhe a tag cloud do TwitScoop! Quer saber tudo o que é dito sobre um determinado assunto? Twitter Search ou Twilert podem ser uma saída. Ferramentas para acompanhar acontecimentos é o que não falta. E gente com disposição para postar informações também não.
Outro problema prático é a discussão quanto à credibilidade das informações postadas no Twitter. A BBC já havia discutido esse aspecto por ocasião dos atentados em Mumbai. Clayton menciona em seu post o TweetNews, um mashup Twitter + Yahoo! que busca por notícias e tweets relacionados – uma proposta de saída interessante. No mais, para quem tiver interesse no assunto, recomendo a leitura do artigo da Raquel Recuero no Jornalistas da Web: Informação e Credibilidade no Twitter.

Em síntese, em 2009…
– O Twitter vai continuar a crescer.
– Seu vizinho vai continuar não sabendo que raios é o Twitter.
– As pessoas vão passar cada vez mais a usar a ferramenta para reportar acontecimentos – em especial no caso de breaking news.
– A credibilidade das informações vai continuar sendo discutida.
– As organizações jornalísticas vão passar a ter mais presença na ferramenta.
– Novas experiências vão surgir para tentar organizar o caos da informação no Twitter – mashups, coberturas colaborativas, enfim, o céu é o limite.

Em tempo: aqui em Pelotas, temos usado (leia-se: começado a tentar usar) a tag #pelotasnews para nos referir a fatos e acontecimentos sobre a cidade no Twitter. Todo o conteúdo é depois “puxado” e reunido em uma conta única (@pelotasnews). O sisteminha é simplíssimo e arcaico, mas já seria uma baita mão na roda para o pessoal daqui – considere o fato de que não há, no momento, nenhum jornal online voltado para assuntos da cidade.

Post relacionado: 2008, o ano dos mashups?

Livro: Deus, um delírio

No ano passado retrasado passei por uma situação em que não tive argumentos para justificar meu ateísmo. Hoje talvez me saísse melhor em uma discussão de tal tipo, especialmente após ter lido “Deus, um delírio” de Richard Dawkins.
Primeira das minhas leituras de férias (ainda no finalzinho de 2008), o livro traz uma série de argumentos contrários à hípotese de existência de deus, e também rebate alguns dos argumentos mais comuns em sentido contrário.
Para dar uma idéia do tom crítico da obra, eis um trecho: “Sugerir que a causa primeira, o grande desconhecido que é responsável por alguma coisa existir, é um ser capaz de projetar o universo e de falar com 1 milhão de pessoas simultaneamente é a abdicação completa da responsabilidade de encontrar uma explicação” (p. 209).
(Com isso, vem-me à mente a cena do personagem de Jim Carrey em “Todo Poderoso” tendo de responder a milhares de preces simultâneas por e-mail. Aliás, se deus é onisciente mesmo, por que raios deveríamos perder tempo fazendo preces? Ele já sabe de tudo mesmo…)
São mais de 400 páginas em que Dawkins, um darwinista assumido, ataca não uma religião em específico, mas a idéia toda de um “deus” único para explicar todas as coisas. Dawkins ainda diz que ensinar religião às crianças seria uma espécie de abuso infantil (afinal, elas ainda não têm condições de decidir por si próprias em que – e se – acreditar), e sugere que a religião seria uma espécie de meme (Dawkins, que é biólogo, foi quem propôs inicialmente a teoria dos memes, como idéias que se replicam tal qual os genes, de uma mente para outra).
Apesar das incoerências na hipótese de que deus existe, mesmo assim pessoas no mundo inteiro seguem recorrendo a uma religião para dar sentido a suas vidas. Por quê? Uma tentativa de explicar isso é esboçada pelo autor: “Será a religião um placebo que prolonga a vida reduzindo o estresse?” (p. 221)
Há quem argumente, ainda, que as pessoas precisam ter uma religião para lhe ditar os padrões morais, para serem pessoas boas. Entretanto, do mesmo modo que a religião pode tornar as pessoas boas, por outro lado, várias atrocidades são cometidas em nome da religião (vide 11 de setembro. Vide guerras motivadas por disputas religiosas). Então que possuir valores morais não chega a ter a ver tanto com religião. De certa forma, depende mais de cada um: há católicos bons e maus, assim como há ateus bons e maus.
O único problema do livro é que só ateus ou pessoas em dúvida quanto à religião irão se dar ao trabalho de lê-lo… 😛
Se o tema lhe interessa, recomendo a leitura da série de posts sobre religião que o Marcus fez, ano passado, em seu blog A Grande Abóbora, em especial o post sobre a redução ao absurdo.
É possível, ainda, encontrar a obra, na íntegra, em sites de compartilhamento de arquivos, como no scribd ou no 4shared. Comecei a ler online, gostei, e resolvi comprar incluir na minha lista de presentes de formatura.

Em tempo: este post é uma tentativa de resgatar a série de resenhas de livros e filmes deste blog.

Oportunidade para jovens jornalistas e estudantes de Comunicação


A WAVE Magazine, revista online internacional com base na Sérvia, está selecionando repórteres, tradutores, revisores, e outros novos integrantes para sua equipe. A proposta da publicação é empregar um olhar jovem sobre os acontecimentos em diversos países do mundo. Por enquanto, a publicação tem periodicidade mensal e é bilíngüe (trema, jamais te abandonarei!) entre inglês e sérvio. A “sala de redação” é em um wiki, e o grupo mantém ainda uma lista de discussões no Yahoo! Groups para contatos mais imediatos. Se alguém tiver interesse em colaborar (voluntariamente, heh), pode entrar em contato comigo (gabriela.zago@wavemagazine.net), ou direto com o pessoal da Sérvia (office@wavemagazine.net – neste caso, o contato deve ser feito em inglês ou sérvio). Mais informações aqui.
Colaboro com a WAVE há um ano e comecei agora em 2009 a editar a seção de Ciência e Tecnologia do site. Minha primeira meta é aumentar o número de não-europeus na equipe (de um para dois, pelo menos). 😛

Assunto paralelo: o questionário da pesquisa sobre o uso Twitter ficará disponível até hoje. Se você é um usuário brasileiro da ferramenta e ainda não respondeu, fica o convite para seguir o link. Não toma mais do que 10 minutinhos. Pesquisa encerrada. Obrigada a todos os que participaram! 🙂

Pesquisa sobre o Twitter

Você que é brasileiro e tem conta no Twitter está convidado para ajudar numa pesquisa sobre redes sociais e apropriação brasileira do Twitter que eu e a Raquel Recuero estamos desenvolvendo. Basta entrar neste site e responder as 35 questões. Se puder também divulgar para seus contatos, agradeceríamos muito. Quanto mais respostas, mais fidedigna será a análise do uso do Twitter pelos brasileiros. Os dados serão posteriormente divulgados a todos. 🙂
Clique aqui para responder a Pesquisa sobre o Twitter

Previsões 2008 revisitadas

No finalzinho do ano passado, fiz um post com algumas previsões para a blogosfera em 2008. Confira abaixo algumas dessas previsões revisitadas:
– 748661719 novos tipos de rankings aparecerão para classificar os blogs.
Em 2008, teve desde uma campanha para burlar o BlogBlogs (e discussão interessante quanto à relevância prática de se fazer isso), até rankings baseados em popularidade, rankings propostos por revistas, e a versão 2008 da já clássica lista dos 50 piores blogs proposta pelo blog O Fim da Várzea. E no meio disso tudo, claro, muito mimimi de quem entrou e de quem ficou fora. Muda o ano e segue tudo a mesma coisa…
– Inspirado nos rankings anteriores, será criado uma versão de tabuleiro de Banco Imobiliário para Blogs, baseada nos rendimentos de cada blog.
A idéia ainda está em aberto. Alguém se habilita?
– A monetização será largamente discutida ao longo do ano, junto com um debate ético sobre a questão dos posts pagos (ou isso é uma espécie de retroprevisão do que já aconteceu em 2007?)
Vide caso blogueiros de aluguel (e o manifesto que resultou disso tudo.)
– Realizar-se-ão diversos eventos do tipo BarCamp, BlogCamp, e alguma-outra-coisa-camp. Como tendência, os eventos passarão a ser cada vez mais localizados, atingindo o interior dos estados (aliás, que tal um BlogCamp Pelotas?).
BlogCamp PR, BlogCamp RJ, BlogCamp PR… Luluzinhacamp? Newscamp? No fim houve mais segmentação em termos de conteúdo do que de lugar. Não fizemos um BlogCamp Pelotas, mas, em compensação, rolaram vários Plurkcontros por aqui.
– Pelo menos um meme de classificação de blogs, com direito a selinho, tomará conta da blogosfera brasileira.
Yahoo! Posts conta? 😛
– O Judiciário vai continuar não entendendo os blogs.
Vide caso Twitter Brasil. Tivemos também censura em blog, e isso sem falar, é claro, de todo o imbróglio do Projeto Azeredo, que (ainda) não chegou a afetar os blogs, mas foi capaz de mobilizar blogueiros em ações coletivas para protestar contra a medida e (tentar) evitar danos maiores.
– A mídia de massa também não vai entender os blogs.
Vide caso Abril Blogs.
– Algum blogueiro famoso (fama é um conceito relativo na blogosfera) irá substituir seu blog pelo Twitter.
Não necessariamente por culpa do Twitter, mas… em julho, Jason Calacanis anunciou que ia parar de blogar (apesar de ter de certa forma, ahm, continuado blogando). Em 2008 também discutiu-se o fim da blogosfera.
– Os blogueiros se unirão em mais uma GoogleBomb de cunho político (possivelmente relacionada às eleições locais).
A Google bomb da revista Veja conta? 😀
– Os plágios descarados continuarão a acontecer, apesar dos protestos.
Entra ano, sai ano, e esse assunto segue sendo discutido…
– No final do ano, todo mundo irá criar listas de retrospectivas 2008 e previsões para 2009.
Ou de revisitação de previsões para 2008. 😉

Em tempo: Faltou prever que esse blog praticamente morreria de inanição… Mas em 2009 (é permitido fazer promessas aleatórias para o ano seguinte, certo?) tudo irá mudar! (Ou continuar do mesmo jeito que sempre foi…).
Falando em previsões para 2009, como assim ainda não começou a rolar a tag #previsoes2009 no Twitter???