All posts by Gabriela Zago

Local Trending Topics

O Twitter começou a liberar recentemente mais uma função beta: os trending topics locais, separados por cidades ou países. Por enquanto, já estão disponíveis opções como “Brasil” e “São Paulo”. Fiz um teste agora pouco, logo após a transmissão do Big Brother, e notei que tanto num quanto noutro predominam tópicos relacionados ao programa (o que imagino que não seja surpresa para ninguém).
De qualquer modo, é interessante notar que aos poucos o próprio Twitter vem incorporando mais e mais ferramentas utilizadas convencionalmente pelos usuários (como no caso do retweet, ou das listas), e trazendo para a ferramenta coisas que outros sites já tentavam fazer a partir da API do Twitter (no caso específico dos local trending topics, vide, por exemplo, Trending Topics Brasil e BlaBlaBra).
Chama atenção em especial o potencial hiperlocal da apropriação da ferramenta – muitas vezes, os tópicos que apareciam nos trending topics tendiam a refletir a visão do grupo que ainda constitui a maioria no Twitter, os falantes de inglês. Agora, tem-se uma regionalização, ainda que o ideal fosse poder procurar por tópicos em destaque em determinados lugares em específico, a partir de palavras-chave, ou próximos a onde se está no momento. Para isso, talvez fosse necessário unificar a linguagem na hora de os usuários acrescentarem seus dados geográficos na ferramenta. Há dispositivos propícios para isso – como a opção de habilitar geotagging, nas configurações do perfil. Mas a maioria do pessoal acaba optando aleatoriamente por colocar sua cidade, estado, ou país, de uma forma um tanto caótica, o que de certa forma depois pode vir a dificultar uma busca localizada.
De qualquer modo, mesmo que seja só por curiosidade, vale a pena acompanhar como se comportam os trending topics em diferentes cidades e países para observar semelhanças e diferenças.

*Sinal de fumaça*

2009 foi um ano um tanto corrido. Talvez por isso tenha aparecido tão pouco aqui pela blogosfera (perdoem-me a hipérbole de ainda considerar este espaço com atualizações esporádicas como “blog” – e, pior ainda, como “blog integrante da blogosfera”). Ou talvez seja culpa das outras ferramentas online, que disputam nossa atenção. Social games, microblogs, wave – fica difícil decidir se passei mais tempo jogando Mafia Wars, dedicando-me à carreira frustrada de fazendeira em Farmville, ou respondendo bom dias no Plurk. De qualquer modo, recuso-me terminantemente a dizer que foi culpa do Twitter (embora indiretamente até possa ter sido, considerando que o tenho como objeto de pesquisa).
De qualquer modo, pretendo, aos poucos, voltar a usar este espaço para reflexões aleatórias sobre temas que me interessam. Não se trata exatamente de uma promessa. Pode ser que vocês voltem aqui daqui dias, semanas, meses, e encontrem este mesmo post, estático. Pode ser que não. Por via das dúvidas, já aproveito para desejar a todos os meus 4 leitores um Feliz Natal e um ótimo Ano Novo.

O terceiro

O terceiro é meu personagem favorito no mundo jurídico. Ele não é nem eu, nem você, mas outro, terceiro em relação a nós. O terceiro é aquele que sem querer se mete na relação estabelecida – seja por contrato, seja em decorrência da lei – entre o primeiro e o segundo. Num processo, há autor, réu, e terceiros. Num contrato, tem-se contratante, contratado, e terceiros. Num blog ou em qualquer texto escrito, há um autor, um leitor, e os terceiros – aqueles, além de você, que deixaram comentários, ou até mesmo aqueles que leram antes mas não deixaram rastro algum.
Há sempre uma competição no mundo jurídico. Dizem por aí que o terceiro quer sempre ser primeiro, ou segundo. Se você vende uma casa e depois descobre que ela não era sua, mas estava em nome de terceiro, o terceiro vira primeiro e você se torna o terceiro. Da mesma forma, se decide dar a palavra para o terceiro em algum processo ele pode vir a se tornar segundo – quiçá primeiro – junto ou no lugar do primeiro ou do segundo.
O terceiro é aquele que impele você a escrever cada vez mais em seu blog. O terceiro é o que indiretamente se beneficia de tudo, mesmo que não precise fazer qualquer coisa para que esse benefício o alcance – basta deixar agir o primeiro e o segundo.
A posição do terceiro é bastante cômoda. O problema é quando nos acostumamos a ser terceiros e deixamos de ser protagonistas de nossas próprias vidas…

Post relacionado: O terceiro de boa-fé

Intercom 2009

Estive em Curitiba neste final de semana para participar do Intercom 2009 – pela primeira vez, fora do Intercom Jr. Tive péssimas experiências no Intercom Jr., com quase ou nenhuma discussão sobre os trabalhos apresentados. O evento deste ano me surpreendeu bastante – positivamente – na medida em que as discussões sobre os trabalhos foram bem extensas, com bastante troca de contribuições entre estudantes e pesquisadores. A participação no GP de Cibercultura foi particularmente interessante pelo fato de que na verdade estávamos acompanhando dois intercoms: um ao vivo, na sala em que estávamos assistindo às apresentações, e outro no Twitter, através das trocas de mensagens entre os participantes que estava na mesma ou em outras salas, e até entre aqueles que estavam acompanhando de suas casas.
Apresentei por lá meu primeiro trabalho feito durante o mestrado: “Informações Hiperlocais no Twitter: produção colaborativa e mobilidade“, em uma sessão mediada pelo vizinho Jorge Rocha.
Com a imagem que tinha do evento recuperada, agora só falta pararem de fazer o absurdo de cobrar a taxa de inscrição ANTES de poder enviar um trabalho.

Tudo o que perdi de comentar desde maio

De maio para cá, a Petrobrás abalou a imprensa ao lançar um blog que, dentre outras coisas, publica a íntegra das entrevistas que a empresa fornece para a mídia. Viajei a Belo Horizonte para participar da Compós, conheci pessoas legais, reencontrei velhos amigos. Michael Jackson morreu (mas continua vivo na mídia), assim como vários outros artistas – mais uma constatação de que todos somos meros mortais. O caso Twitter Brasil foi encerrado, com uma sentença terminativa sem julgamento do mérito, já transitada em julgado (desculpem, não resisti ao juridiquês). Manifestações de ativismo contrárias ao presidente do Senado José Sarney pipocaram em todos os cantos do ciberespaço – com destaque para a atuação desastrada dos chamados “Piratas do Twitter” e para o blog protesto do vizinho Flávio. A gripe suína se espalhou pelo país inteiro, eventos foram cancelados, aulas foram suspensas em escolas e universidades (devo ser a única pessoa que ainda está em aulas – minha universidade optou por começar a suspensão apenas na semana que vem). O Ministério Público Federal entrou com ação contra a governadora do Rio Grande do Sul. O blog Nova Corja parou suas atividades por conta de inúmeros processos judiciais. O Twitter saiu do ar, junto com Facebook e LiveJournal – YouTube e Google também ficaram mal das pernas – num verdadeiro ataque em massa contra sites de redes sociais, que, na verdade, supostamente tinha apenas um único alvo. E ainda não terminei de ler o jornal e os feeds de hoje, então não sei exatamente o que há de novo por aí.

Livro: O show do eu

21458457 O que nos leva a contar episódios de nossas vidas em um blog, a narrar tudo o que estamos fazendo no Twitter, a mandar para o YouTube vídeos das coisas que fazemos, a postar no Flickr fotos do que vimos, ou, pior, a reunir tudo isso em um único espaço como no FriendFeed? De onde vem essa necessidade constante de tornar pública nossa intimidade, de tornar nebulosa a fronteira da privacidade, enfim, de mostrar ao mundo como, o que, quando, onde e por que estamos vivendo?
O livro “O show do eu – A intimidade como espetáculo“, de Paula Sibilia (Nova Fronteira, 2008, 286pp.) procura desvendar os motivos da crescente espetacularização dos indivíduos, que revelam suas intimidades para conhecidos e anônimos, em especial na Internet, tanto na forma escrita como em vídeos e fotografias. Fruto da tese de doutorado da autora, o trabalho aborda o eu sob diversas perspectivas: o eu narrador, o eu privado, o eu visível, o eu atual, o eu autor, o eu real, o eu personagem e o eu espetacular.
Os exemplos são variados. De diários íntimos online – blogs intimistas, em que se conta de tudo – a diários de garotas de programa que se tornam livros. De webcams que transmitem incessantemente a rotina de pessoas comuns, a fotografias tornadas públicas de situações privadas.
Como explicar “fenômenos editoriais” como Bruna Surfistinha senão pela espetacularização do autor, pelo culto à personalidade? Pouco importa a obra produzida. Na sociedade atual, a inversão de valores é tanta que cultua-se o autor, ainda que nem obra possua:

“Qual é a principal obra que produzem os autores-narradores dos novos gêneros confessionais da internet? Tal obra é um personagem chamado eu, pois o que se cria e recria incessantemente nesses espaços interativos é a própria personalidade” (p. 233)

O livro parte do crescente papel de “eu, você, e todos nós” em narrativas disponibilizadas e popularizadas em especial via Internet. O ponto culminante desse fenômeno se deu por ocasião da escolha da personalidade do ano de 2006 pela Revista Time: Você. A capa da edição trazia um computador com uma tela parecida com a de um vídeo do YouTube. Entretanto, ao invés de trazer um vídeo qualquer estampado, havia ali um espelho. A personalidade do ano era você – mas também eu, e todos nós – que publicam conteúdo na rede, que narram para uma, duas, três ou 67 pessoas (olá, leitores anônimos do feed!) seus cotidianos (patéticos?) e suas vidas online.
Mais do que observação do outro e exposição de si próprio, tratam-se de pessoas reais que almejam ser (re)conhecidas. Toda essa publicização do eu pode levar a transformações da subjetividade contemporânea. E gera discussões quanto a questões como a privacidade na Internet.
A leitura do livro é recomendada para todos aqueles que disponibilizam informações pessoais na Internet e em outros espaços, ou que acompanham narrativas de outras pessoas, de ilustres desconhecidos a celebridades instantâneas, do vizinho do lado ao desconhecido que mora do outro lado do mundo.

Saiba mais:
Confira a entrevista concedida pela autora sobre o livro para o IHU On-Line.
Site oficial do livro – lá é possível ler o primeiro capítulo da obra.


[modo paranóia]
Engana-se quem pensa que isso tudo está longe de sua realidade. A fronteira entre público e privado na Internet se torna cada vez mais tênue. Saindo um pouco do contexto do livro, tome-se o exemplo mais recente desta extensão para Firefox, cujo objetivo é identificar e reunir dados de perfis de um determinado usuário de uma rede social. Dependendo do quanto de informações o indivíduo disponibiliza online, ainda que em sites distintos, o resultado obtido pode ser uma ficha completa do usuário.
Mesmo aqueles que aparentemente não se preocupam com a privacidade podem acabar se tornando vítimas do sistema. Recentemente, o juiz Antonin Scalia, da Suprema Corte dos Estados Unidos, foi o alvo de estudantes de Direito da Universidade de Fordham. A tarefa, proposta pelo professor Joel Reindenberg, consistia em elaborar um dossiê sobre o juiz, apenas com informações que pudessem ser encontradas online. Os alunos conseguiram levantar 15 páginas sobre a vida pessoal de Scalia, incluindo endereço e telefone pessoal do juiz. O caso pode ser tomado como alerta para se repensar a questão da privacidade online.
[/modo paranóia]

Data venia

Data venia é um termo jurídico absurdo usado nos mais variados contextos jurídicos – de artigos acadêmicos a peças processuais, de aulas de direito a acaloradas sustentações orais em plenário – o qual, apesar de parecer eloquente, não significa absolutamente nada.
Data venia, aliás, data maxima venia, data venia significa sim, alguma coisa. A expressão quer dizer algo como “com a devida licença”, e geralmente aparece antes de se passar a discordar de outrem. Data vem do verbo dar, em latim. Venia significa licença. E o maxima, ao ser acrescentado à expressão, pode servir para intensificá-la.
(Para quem procura uma definição mais séria, vale a pena conferir data venia na Forensepedia.)

Aplicações na vida prática:
– Você é uma pessoa legal, mas, data venia, quando abre a boca só fala asneira.
– Data venia, você não tem razão.
– Data venia, VOCÊ não tem razão.
– Data maxima venia, eu tenho razão sim.
– Data maxima venia, a razão continua comigo.
(repete ad infinitum)

Em tempo: data venia, dedico esta exordial aos eminentes amigos do Plurk.

Caso The Pirate Bay: culpados?

Image Hosted by ImageShack.usFoi divulgada hoje a sentença do caso The Pirate Bay (já comentei antes sobre ele aqui). Em pauta, uma disputa entre a IFPI (entidade que representa diversas gravadoras e produtoras do mundo inteiro) e os proprietários do site de compartilhamento de arquivos, por violação de direitos autorais. A sentença: 1 ano de prisão e multa de 30 milhões de coroas suecas (o equivalente a R$7,7 milhões, de acordo com a Folha Online).
O interessante no caso é o fato de o The Pirate Bay ser um site que não fornece os arquivos em si – trata-se de um sistema de busca de torrents que possibilita que as pessoas possam trocar partes de arquivos entre si, em uma rede peer-to-peer. O perigo da decisão é que ela abre precedentes (ao menos na Suécia, país em que foi proferida a decisão) para se poder processar, por exemplo, sites como o Google que, embora não hospedem conteúdos ilegais, fornecem mecanismo de busca para que esses conteúdos sejam encontrados.
A matéria do The Guardian sobre o caso traz o link para uma linha do tempo do The Pirate Bay, reproduzida abaixo:

Os condenados anunciaram que pretendem recorrer da decisão. Enquanto isso, há um aviso no site onde se lê: “Don’t worry – we’re from the internets. It’s going to be alright. :-)”

Mais Twitter como fonte de informações

Matthew Hurst, do blog Data Mining, diz estar esperando ainda por um estudo definitivo que compare o tempo que uma novidade leva para aparecer no Twitter e em outras mídias sociais (ele fala em tempo de latência). O seguinte caminho é proposto:

1. Pegar alguns dados do Twitter e extrair algumas URLs.
2. Usar a busca do Twitter para encontrar a primeira menção a essas URLs.
3. Usar um sistema de busca de blogs para encontrar a primeira menção na blogosfera.
4. Vice versa.

Antes de mais nada, eis que surge a pergunta: é tão relevante assim saber quem disse primeiro algo, ser o primeiro a dizer alguma coisa… ou o que realmente importa é onde primeiro as pessoas ficaram sabendo das coisas? (Ou, quem sabe, indo mais longe ainda… será que no fundo o que importa mesmo não seria simplesmente ficar sabendo de algo, independentemente de quando?) Nesse caso, importa realmente se um blog ou se um Twitter noticiou primeiro um fato, ou quem sabe seria bem mais interessante fazer o estudo ao contrário, perguntando por que meio as pessoas ficaram sabendo daquilo?
Além do mais, mesmo que os blogs, os jornais, ou seja lá o site ou meio que for, tenha dado a informação antes, se a pessoa viu primeiro no Twitter, por estar permanentemente lá, isso já não bastaria para dar primazia ao Twitter como fonte de informações?
Mas, enfim, tentando seguir os passos propostos por Hurst, primeiro tive dificuldade em entender os trending topics do Twitter – muitas vezes se tratam de palavras soltas, ou siglas. Nesse sentido, o What The Trend ajudou bastante. Como não achei nenhum tópico potencialmente interessante, e também não faria sentido tentar refazer o caminho de informações distantes da nossa realidade, resolvi pegar um exemplo brasileiro.
Tentei seguir o roteiro apresentado por ele, porém esbarrei em questões de ordem prática: nem sempre blogs possuem timestamp em seus posts. Claro, tem o RSS para buscar a hora aproximada da publicação, mas a busca pela hora se torna mais trabalhosa ainda. Também não achei um link recente cuja URL pudesse usar para poder comparar entre blogs e Twitter (as pessoas do Twitter falam muito de coisas sobre o próprio Twitter, presos numa metalinguagem e auto-referenciação ad nauseum que raramente se espalha para outras redes – ok, isso é tema para outro post). Mas para não ficar sem ao menos tentar o experimento, tentei localizar na busca do Twitter e no Google Blog Search a primeira menção à morte do cientista Crodowaldo Pavan. Em ambos os sistemas, busquei apenas pela palavra “Pavan”, em todos os idiomas. No Twitter, a primeira menção parece ser este tweet, cuja hora (via Twitter) é 1:15PM do dia 3 de abril. No Google Blog Search, a primeira menção vem da Agência de Notícias da USP, com 1:50PM como horário de publicação (aliás, não me pergunte por que o Google Blog Search procura também em agências e portais de notícias). No começo da tarde do mesmo dia vários blogs de ciência passaram a comentar o ocorrido, mas em geral todos eles citam a própria USP, ou outros jornais, como fonte. Isso quer dizer que o pessoal do Twitter ficou sabendo antes? Não necessariamente. Quem segue a usuária que fez o tweet, e, dos que seguem, quem estava online na hora da atualização, pode ter ficado sabendo antes. E os demais? Mais comentários no Twitter sobre o caso só foram aparecer por volta das 3 da tarde, quando outros sites passaram a noticiar o ocorrido – foi por volta dessa hora, também, que o link da própria USP apareceu no Twitter.
Não é preciso ir tão longe para saber que o Twitter pode ser mais ágil. O próprio blog do Twitter, no ano passado, já nos mostrou um gráfico com o tempo que o terremoto na California levou para sair no Twitter e em agências de notícias. Ok, o Twitter é mais rápido. Mas será que mais gente ficou sabendo pelo Twitter mesmo, ou minutos depois pelo despacho da AP? E como fica no caso daqueles que eventualmente twittaram depois de ver o despacho da AP?
Aí retomo a pergunta: importa saber quem falou primeiro sobre o caso, ou o que nos interessa reter, seja porque vimos no Twitter, em blogs, em jornais, ficamos sabendo na Internet, no rádio, na TV, pela vizinha, pelo colega, por um parente, enfim, é que determinado fato aconteceu? E, nesse caso, importa mais a informação em si, ou também seria interessante observar como se chegou a essas informações – por que meio, de que modo, em que condições?
Tenho cada vez mais perguntas do que respostas. Dois anos *de mestrado* vai ser pouco tempo para resolver essas inquietações…

Só pra constar: eu fiquei sabendo pelo Plurk…

Para que eu quero descer

Nas últimas semanas, deixei de falar sobre vários assuntos. Deixei de comemorar os 5 anos da Verbeat (embora só esteja aqui há menos de 2), de divulgar o protesto contra a ditabranda (o Global Voices fez um interessante apanhado geral sobre o caso), não comentei sobre o Projeto 701, do Gustavo D’Andrea, que propõe o estímulo à criação de novos blogs jurídicos (aliás, seria mais um meme que eu passaria para o Sérgio). Também perdi de dar meus palpites sobre a questão da privacidade no Facebook com a mudança/desmudança nos termos de serviço, ou então sobre a nova página inicial do site, que ficou com cara de Twitter, mas com uma pergunta título diferente (agora é “Qual é a sua opinião?”). Não falei da nova casa do Marmota (embora tenha me identificado com um dos primeiros posts por lá), deixei de atualizar o menu ali do lado (blogroll necessita atualização). Não dei mais detalhes sobre a pesquisa do Twitter (mas recomendo a leitura dos posts da Raquel, aqui, aqui e aqui). Daria para ter comentado também toda a questão do sequestro interparental (sem trema, assim como o título desse post deve ter ficado ambíguo sem o acento diferencial – título, aliás, copiado daqui – fora que até as ideias já não são mais as mesmas!), assunto que esteve (está ainda?) em alta na mídia em função do garoto Sean – seu pai inclusive colocou anúncio no Facebook. Também não comentei o Twitter como capa da revista Época, não critiquei o fato de o senador Azeredo estar tentando apressar a votação do projeto de cibercrimes – nem recomendei que as pessoas assinassem a petição. Também dava para ter falado que está acontecendo uma consulta pública em busca de sugestões para a alteração do currículo dos cursos de Jornalismo (aliás, dá para enviar sugestões até 30 de março). Fora os vários outros assuntos que passaram e nem lembro agora.
Dava para ter falado de muita coisa, de qualquer coisa, de nada, de tudo.
Ou melhor: dá ainda. O bom de um blog é que a gente determina o ritmo. 🙂