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Literatura e globalização

Encontrei algo bem melhor para fazer na não-aula de Civil de hoje. Ao invés de prestar atenção na matéria (e já que eu nunca entendo nada mesmo…), aproveitei o tempo livre (não foi uma solução brilhante… eu poderia ter ficado em casa dormindo…tsc) para ler um texto de Leyla Perrone-Moisés sobre a literatura na era da globalização. O texto faz parte do livro “Altas Literaturas”. Meu único contato anterior com a autora tinha sido ao ler “Aula” de Roland Barthes (a edição que li continha um posfácio muito bom assinado pela autora). Leyla Perrone-Moisés é professora da USP e é considerada a maior especialista em Roland Barthes do país.
Enfim, no texto que li, a abordagem da autora sobre a literatura em tempos de globalização é um tanto apocalíptica, mas com uma certa “luz no fim do túnel”: no fundo, o futuro do livro (ainda) não está (totalmente) perdido (ufa!). Mas é preciso tomar uma atitude quanto a isso… Para ela, tanto a cultura de massa e a alta cultura estariam em perigo. Ambas, a seu modo, estariam levando a uma verdadeira des-cultura. Prova disso é que até mesmos os grandes autores já estariam produzindo, mesmo que inconscientemente, obras para serem consumidas pelas massas. A mídia seria, como sempre, a grande vilã da história.
Mas, enfim, a idéia central (dela, e de todo mundo que critica o assunto) é a de que globalização estaria levando a uma uniformização e padronização dos gostos. Ao invés de unir os povos (em busca de um denominador comum), a globalização econômica estaria levando a uma unificação do consumo (todos consomem o que um só produz). E isso também poderia ser verificado na literatura. (Pelo menos ainda há esperança :P)
Não sei se entendi direito a proposta da autora, mas o bom foi ter tido a chance de, ao menos por alguns instantes, poder esquecer completamente que faço Direito (mesmo estando dentro de uma sala de aula do curso… quebra de sintagma perfeita!). Não é que o Direito seja chato em si, mas, sei lá, Letras parece ser bem mais interessante (e divertido).
Em tempo: já estou escolhendo o livro de amanhã, para a não-aula de Hermenêutica. Aceito sugestões 🙂 Ler coisas interessantes é definitivamente melhor do que ficar em casa dormindo. Ao menos assim tenho um motivo para acordar cedo e ir para a aula de manhã, mesmo com temperaturas nada convidativas.

P.S.: Por algum motivo bizarro, todas as matérias legais (no sentido de “divertidas”, mas também porque tratam de leis :P) do Direito neste ano são no segundo período do dia (às 10h da manhã) – exceto na quinta-feira, mas isso não vem ao caso. Acordar cedo no inverno para aulas tediosas é praticamente um suplício.

Diversão eleitoral gratuita

A cada ano, os candidatos inventam novas e mirabolantes maneiras de chamar a atenção dos eleitores na propaganda eleitoral gratuita. Tem que rir para não chorar… Segue abaixo primeiro o vídeo de campanha do Cururu (candidato a deputado federal, vereador daqui de Pelotas), e logo depois há um apanhado de várias propagandas bizarras e/ou criativas. Destaque para o candidato a senador com o número 190 que resolveu aproveitar a situação e associou seu número com uma emergência.

Anedota cotidiana baseada em fatos reais

E então eu saio da secretaria da 2ª vara, localizada no último andar do prédio da Justiça Federal, e me dirijo ao elevador. Aperto o botão, e espero. Em seguida, a porta do elevador se abre, e um senhor que estava ali dentro pergunta:

– Vai descer?

Possíveis respostas:
a) Não. Chamei o elevador só para ver se tinha alguém dentro.
b) Opa. Achei que o esse botão era o interruptor da luz. Bem que eu vi que a luz estava demorando em acender.
c) Não, vou pro lado.
d) Pois é, hoje acordei com vontade de ver as nuvens.
e) Que outra opção me resta?
f) Dizem que a gente deve sempre batalhar para subir na vida. Mas dessa vez acho que não há escolha.
g) Depende. Pra onde o senhor vai? Posso ir junto?
h) Vou, e você?
i) Boa pergunta. Sabe que ainda não me decidi para onde vou?

O que eu respondi: um quase inaudível “aham” – nunca subestime o poder de um homem de sobretudo abraçado a dois processos.

Novos planetas

Astrônomos também têm senso de humor. O nome provisório de um dos possíveis astros a serem promovidos a novos planetas do Sistema Solar é “Xena” (atual 2003UB313). E próximo a ele há uma lua apelidada de “Gabrielle“.

Veja como poderá ficar o Sistema Solar.

Da necessidade de sempre citar as fontes

Essa história de sempre citar a fonte em trabalhos acadêmicos, e colocar entre aspas tudo aquilo que é repetido ipsis literis deixa muita gente de cabelo em pé. Mas com tanta cópia, recópia, citação, e citação de citação, como saber quem é o autor do quê? Será que o conceito de autoria não estaria (infelizmente) sendo relativizado?
Em tempo: até o PCC é suspeito de plágio!

Mobilização em massa

Representantes dos principais meios de comunicação do país (ao menos dos meios que mais atingem as massas – tevê, rádio e imprensa) elaboraram e divulgaram ontem um texto manifestando a insatisfação da mídia com os recentes atos de violência no país. O comunicado, intitulado “Basta à Violência”, convoca a sociedade para ajudar a agir contra a inércia dos agentes públicos (!) e é assinado pela ANJ (Associação Nacional de Jornais), ANER (Editores de Revistas), ABERT (Emissoras de Rádio e Televisão), ABRA (Radiodifusores) e ABRATEL (Radiodifusão, Tecnologia e Comunicações). Ele foi transmitido ontem pela tevê em rede nacional minutos antes do horário eleitoral gratuito.
Hoje, a mensagem foi reproduzida nas capas de vários jornais impressos do país.
Alguns desses jornais são:
Zero Hora (Porto Alegre)
A Tribuna (Santos)
Amazônia Hoje (Belém)
Comércio da Franca (Franca)
Diário do Alto Tietê (Suzano)
Diário do Grande ABC (Santo André)
Diário do Nordeste (Fortaleza)
Diário dos Campos (Ponta Grossa)
Extra (Rio de Janeiro)
Folha de São Paulo (São Paulo)
Gazeta do Povo (Curitiba)
Jornal da Cidade (Bauru)
Jornal NH (Novo Hamburgo)
Mogi News (Mogi das Cruzes)
O Estado de São Paulo (São Paulo)
O Globo (Rio de Janeiro)
O Liberal (Belém)
O Popular (Goiânia)
O Regional (Catanduva)
(Confira as capas no Newseum)

É a mídia assumindo seu papel de quarto poder!? 😛

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15 de agosto

Hoje é o dia mais legal do ano. Dia do Solteiro. Dia da Informática. Independência da Índia. E meu aniversário 🙂 (não necessariamente nessa ordem :P)

Ataque à liberdade de imprensa?

Grande sacada essa a do Primeiro Comando da Capital. Ao seqüestrar um jornalista de um importante veículo do país, eles garantiram não só uma intensa cobertura midiática (afinal, Rede Globo é Rede Globo), como também contribuíram para aumentar/espalhar o terror em todo o Brasil. O PCC já conseguiu dominar a mídia. Mais alguns dias e eles estão tomando conta do governo também…

— em tempos virtuais: o vídeo foi parar no YouTube. Mas foi removido por infringir os termos de uso do site. A página da Wikipedia sobre o PCC já foi atualizada quase 50 vezes desde o seqüestro.

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Crise dos 20 anos (?)

Não sei o que houve com a minha “capacidade discursiva”. Mas nunca tinha passado tanto tempo sem postar aqui no blog. Quer dizer, já tinha ficado até mais de uma semana sem dizer nada, mas nunca de forma injustificada. Nunca deliberadamente .
Meus últimos dias foram bastante confusos. Não sei mais o que é prioridade e o que deve ser relegado a um segundo (terceiro, quarto) plano em minha vida. De uns dias para cá (mais especificamente, desde que voltaram as aulas), sinto que sou cada vez menos o que eu era até pouco tempo atrás. (Grande novidade: estou mudando constantemente :P). A inversão de valores (ou o que quer que tenha acontecido) é tal que já nem sei mais o que é importante em minha vida.
Vai ver essa é a tal crise dos 20 anos* 😛 (um pouquinho antecipada, mas ao menos acho que é assim que me sinto…).

Da revista Época de 7 de março de 2005:

“A crise dos 20, que pode vir aos 22 ou aos 25, é a primeira da vida adulta e retrata a desilusão do jovem com a realidade. Nesse momento, ele vive uma frustração para a qual não enxerga saída.”

* também pode ser a crise dos 25 :P²

Outra corrente do Orkut

Com um título que é um verdadeiro “estrupo” ao português escrito (“Quem fusa no seu orkut”), recebi esta corrente agora há pouco por e-mail:

“se vc quer a relaçao completa de quem fuça seu orkut,e quantas vezes
essa pessoa fuçou é simples,mande isso para 15 pessoas em seguida e
aperte a tecla f5,o orkut lhe enviará automaticamente não os ultimos e sim
todos que te visitaram,no dia,é incrivel.” (sic)

Porque esta corrente é absurda:
1. Qual o sentido de pedir para mandar para exatamente 15 pessoas, visto que 99,9% dos seres alienígenas que repassam correntes pelo Orkut utilizam o sistema de mensagens ao invés dos multideletados e apocalípticos scraps? (caso não tenha ficado óbvio ainda: o sistema de mensagens permite o envio para todos os amigos de uma vez só… por que então não pedir para enviar para todos, ao invés de enviar para 15? Por que 15?? (por que não 16, 17, 1 milhão, 37, 5?)
2. Esta é outra corrente que usa a excelente sacada de pedir para o analfabeto tecnológico pressionar F5 ao término do processo. Desse modo, a página em que ele está será atualizada (como num passe de mágica!), e, enquanto espera pela lenta abertura da próxima página (provavelmente um ser assim usa Internet discada) ele pode imaginar o que de emocionante estará escrito na página seguinte a ser aberta.
3. Depois de apertar F5, a relação completa de quem “fuçou” o meu Orkut será enviada por onde? Pelo correio? 😛
4. (Hipótese absurda, mas…) será que tem alguém idiota o suficiente para achar que, se depois de apertar F5 aparecerem só os últimos 5 que visitaram o perfil dessa pessoa, isso significaria que apenas 5 pessoas visitaram o perfil dela (e de todo mundo… uau! que coincidência!) naquele dia? (nunca se sabe).
5. Ia ser realmente interessante (mas totalmente desnecessário, diga-se de passagem – Orkut não é Big Brother!) poder ter acesso a uma lista destas. Mas, pense bem: o Orkut vive dando erro. Se os servidores já não agüentam o tráfego intenso de pessoas do jeito que já é, imagina como seria se eles ficassem armazenando páginas e mais páginas com listas intermináveis de pessoas que visitam perfis de pessoas mais populares. Pense em quantas pessoas visitam o perfil do Orkut (o cara) por dia. Agora pense na quantidade de lixo virtual desnecessário que a lista do total de pessoas que acessaram a página dele num determinado dia (e quantas vezes acessaram!) produziria. Agora multiplique esse número por 25 milhões (número aproximado de usuários no Orkut, incluindo os fakes – porque fake também tem perfil e também influencia a rede!). Será que valeria a pena atravancar os servidores para algo tão fútil e bisbilhoteiro?
6. E, pô, não tinha um verbinho melhor do que “fuçar”? Bisbilhotar, talvez? Sondar, esquadrinhar (ãn?), visitar, investigar, inspecionar, observar, contemplar, admirar, espreitar, espionar, espiar, examinar, analisar, enfim, há várias possibilidades. Fuçar é muito “cachorro metendo bedelho onde não é chamado”. Fusar, então, nem se fala 😛

Nova entrada no dicionário absurdo das correntes por e-mail (ou por Orkut):

Fusar v.t. Ação ou efeito de fazer a fusão entre dois elementos. Ex.: Para fazer uma bomba atômica, é preciso fusar os elementos X e Y.

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