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O voto nulo e a cidadania

     Interessantes as recentes manifestações de indignação da população brasileira com relação ao modo como as eleições são conduzidas no país. De um modo geral, todas as correntes por e-mail e agrupamentos virtuais que sugerem que se vote nulo nas eleições de outubro para presidente, mais do que uma forma de mobilização, parecem ser uma prova viva de que os cidadãos do país estão finalmente amadurecendo politicamente.
     Para uma sociedade que sequer compreende a importância de uma eleição, de nada adiantaria sugerir o fim do voto obrigatório. A escolha de nossos representantes deveria ter a votação facultativa, sim, mas antes é preciso convencer as pessoas da importância do voto. Do contrário as eleições manifestariam apenas os interesses da minoria, daqueles que têm consciência da importância da escolha que estão fazendo, ou – pior – serviriam para perpetuar as práticas de corrupção e fraude, pois somente aqueles que tivessem algum estímulo (financeiro ou moral) seriam compelidos a ir votar. Uma boa parcela dos cidadãos (aqueles que não se interessam por política) sequer se envolveria no pleito. E uma eleição que sirva para reforçar as diferenças entre os cidadãos não é uma opção plausível.
     Embora a saída não seja simplesmente votar nulo, o grande mérito dessas correntes que circulam pela Internet é a de mostrar que os cidadão estão se dando conta dos jogos e artimanhas políticos engendrados por aqueles sujeitos e partidos que costumam vencer as eleições e se perpetuar no poder. O problema não são as eleições: é contra a manutenção do status quo que essas correntes se insurgem.
     O voto nulo não soluciona nada: apenas obriga a Justiça Eleitoral a convocar novas eleições. Os candidatos permanecerão os mesmos (a menos que os partidos decidam mudá-los por livre vontade), e o máximo que a anulação da eleição poderá ensejar é o seu adiamento. Não faz muito sentido atrasar uma escolha: se ela tem de ser feita, o melhor não é fazê-la tão logo seja possível?
     A solução para o país não é votar nulo. A solução é mobilizar-se contra o modo que as coisas são. Se isso tiver de ser feito por intermédio de uma comoção popular em prol da anulação da votação, paciência. O grande mérito dessa mobilização virtual é o de chamar atenção das pessoas para a necessidade de se fazer uma escolha política consciente, de não se deixar enganar pelas campanhas eleitorais.
     Enquanto o cidadão não toma consciência de que votar é um exercício de cidadania, o voto deve sim permanecer obrigatório. Quando nossas escolhas começarem a ser mais racionais, quando a maior parte das pessoas votarem com consciência, e não por comodidade, aí sim se poderá falar na instituição do voto facultativo. Até lá, tentar convencer os outros de que o melhor é votar nulo já é um bom caminho para mostrar o quanto nossa democracia é falha e o quanto nosso mecanismo de escolha popular anda enfraquecido.

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Reflexões aleatórias

Fatos da vida de uma estudante (semi) dedicada:

(não gosto muito de posts do tipo “Querido Diário,”, mas…)

Síndrome bibliotecnológica. Não consigo ficar mais de 10 minutos numa biblioteca sem pegar um livro. É mais forte que eu. Tenho calafrios, minhas mãos tremem, começo a entrar em desepero, caminho de um lado para o outro, tento manter-me afastada do balcão, mas acabo me aproximando dos terminais de consulta. Aaaah.

Uma dica: quando você leva mais de um mês para ler um livro de menos de 300 páginas, desista! É sinal que você nunca vai conseguir terminar de ler. Estou no meio de 2 livros desde o começo das aulas. E o pior é que eu realmente gostaria de terminá-los!

Incompatibilidade entre empolgação demais e cobrança de menos. Fiquei empolgada com a idéia de fazer um trabalho para a faculdade porque escolhi um tema legal que realmente me interessava. Fiz alguma pesquisa preliminar, procurei livros que tratassem sobre o assunto, li alguma coisa nos jornais… Só que no meio disso tudo eu me esqueci de um detalhe importante: as exigências da universidade ficam absurdamente aquém das possibilidades abertas pela minha mega empolgação. (Ou seja: há vontade de escrever um tratado sobre o assunto… mas o professor pediu um mísero textinho de 80 linhas… gahhh!).

Resgate das origens. Talvez já esteja na hora de fazer as pazes com o curso de Direito (estava desiludida com o mundo jurídico há um bom tempo) e voltar a postar por aqui coisas mais de acordo com a temática por mim proposta (vide título do blog). O Direito não é tão ruim assim. Apenas preciso aceitar o fato de que talvez eu nunca vá ter vontade de trabalhar com ele. Mas mesmo assim reconheço que seja útil aprender sobre a “convivência entre os seres humanos” (de acordo com meu professor de Filosofia/Hermenêutica, é apenas para isso que serve o curso de Direito o.0). Enfim, os próximos posts voltarão a ter conotação jurídica (“ahhhh não.. que coisa chataaa!! não faça isso gabi!!” 😛)

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Copa do Mundo

Essa é para quem já não agüenta mais ouvir falar em Copa do Mundo, a menos de 10 dias do Mundial… Um hotel britânico resolveu oferecer estadias livres de qualquer menção à Copa do Mundo durante o período de realiação dos jogos na Alemanha. Qualquer alusão acidental à “palavra com F” (futebol) fará com que o hotel tenha que dar uma taça de champagne de brinde para o hóspede que se sentir prejudicado.

Notícia bizarra

Coisas bizarras que acontecem no mundo. Duas jovens americanas que se envolveram num acidente de carro foram confundidas pelas famílias. Uma morreu, e a outra estava em coma, coberta de bandagens. Como ambas eram parecidas fisicamente, as famílias levaram cerca de 2 meses para perceber o engano. A confusão foi esclarecida hoje no blog da família da suposta sobrevivente. O blog era mantido para o envio de mensagens de apoio à recuperação da jovem.

O valor da privacidade

Artigo da Wired que fala da importância de se ter privacidade. Não é porque alguém não faz nada de errado que pode permitir simplesmente que o governo ou qualquer outro ser acesse tudo sobre a sua vida a qualquer momento… Todo mundo tem direito a falar o que quiser no recôndito de seu lar 😛 Por que na Internet haveria de ser diferente?
Esse artigo me fez lembrar as idéias presentes no livro “Fortaleza Digital“, a primeira obra de Dan Brown. A história (muito mal escrita, mas cheia dos recursos astutos do autor para prender a atenção do leitor do início ao final) gira em torno de discussões acerca do suposto acesso irrestrito que o governo tem ou poderia ter aos dados dos usuários da Internet nos Estados Unidos. Tanto no livro quanto no artigo é citada a expressão latina “Quis custodiet custodes ipsos?” (algo como “Quem guardará os guardiões?”), como uma maneira de fazer lembrar que o poder daquele que viesse a invadir a privacidade não teria como ser regulado.
Recomendo a leitura de ambos (livro e artigo).

— Artigo encontrado via StumbleUpon. Até que dá para achar coisas legais surfando ao acaso 🙂

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Fumaça profana

Dia Mundial Sem Tabaco.
Frustração: não consegui fazer a minha irmã parar de fumar :/

Internet ou internet?

Nunca sei se devo escrever internet com i maiúsculo ou minúsculo. Tendo sempre preferido grafá-la como “Internet”, recentemente comecei a ter minhas dúvidas. Ela seria Internet (em maiúscula) porque é o nome que designa a união de várias redes. Mas não parece fazer sentido usar a letra maiúscula quando os outros meios, como o telefone e o jornal, são unanimamente referidos com letra minúscula o.0
A respeito disso (e embora sejam textos de quase dois anos atrás), vale a pena ver a opinião das revistas Wired e Websinder. Mas, sei lá, acho que ainda vou continuar a grafar Internet em maiúscula por mais algum tempo… 😛 (tem a ver com o mesmo motivo insano que me leva a me referir ao Direito com d maiúsculo — talvez por respeito à coisa referida).

P.S.: Mas concordo que o termo internauta deva ser totalmente abolido do vocabulário virtual!

Google Notebook

Mais uma idéia bacana do Google Labs. Agora é possível tomar notas sobre as páginas da Internet no próprio browser. O Google Notebook é um sistema simples que se agrega ao Firefox (não sei como funciona no Explorer) e permite que pequenos excertos de páginas e pequenas notas sejam armazenadas para consultas futuras. Tem até a opção de tornar público algumas dessas notas (isso não resultaria num quase-blog?).
A idéia seria mais legal se permitisse isolar os comentários sobre cada página (tipo, tu acessa uma determinada página e vê o que já comentou ou o que já comentaram a respeito dela). Mas blocos de notas gerais já são bastante úteis e legais 🙂

— Update 31/06/05 — de onde tirei essa última idéia? Obviamente não foi uma criação original minha… de certa forma, é o que faz o StumbleUpon. Logo, não haveria necessidade de o sisema do Google ser exatamente igual a um sistema que já existe, e o mais fácil seria simplesmente retirar a minha afirmação… 😛 Ah, enfim… não vou mudar minha opinião de dois dias atrás 😛 Há dois dias atrás eu pensava assim… Hoje, entretanto…

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Invisibilidade

Uma boa notíica para aqueles que achavam que ficar invisível era tão improvável quanto encontrar uma matéria do Terra que citasse Harry Potter.
O que você faria se ficasse invisível? 😛

Update — por algum motivo bizarro, ao tentar abrir o link do Terra, dá “Conteúdo não disponível” (a página ficou invisível? hoho). Mas a matéria também foi publicada no Estadão, e lá também citaram o manto da invisbilidade de Harry Potter (até no título!) 🙂

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Testes inúteis

Tédio extremo. Total incapacidade discursiva. Dor de cabeça insistente. Mil coisas na lista para fazer. Preguiça de ir na cozinha buscar um copo d’água. Eis o contexto que me levou a fazer testezinhos idiotas na Internet. Segue um exemplo abaixo.

Your Brain’s Pattern

Your mind is a creative hotbed of artistic talent.
You’re always making pictures in your mind, especially when you’re bored.
You are easily inspired to think colorful, interesting thoughts.
And although it may be hard to express these thoughts, it won’t always be.