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Mensalão

Só fui entender direito o que é/era o mensalão quando li o relatório da denúncia do Ministério Público contra os envolvidos no esquema. O documento coloca José Dirceu como o principal articulador do movimento, e contém outros 39 nomes de suspeitos envolvidos. O mensalão é definido como uma organização criminosa com ramificações variadas e estrutura complexa. A organização era dividida em três núcleos: o político-partidário (José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, Sílvio Pereira – para manter o PT no poder, comprava suporte político de outros partidos), o publicitário (Marcos Valério e cia Ltda. – recebia vantagens indevidas em contratos de publicidade) e o financeiro (galera do Banco Rural – facilitava a operação de lavagem de dinheiro).
A denúncia foi feita pelo Procurador-geral da República (chefe do MP, órgão auxiliar do Judiciário brasileiro). Se aceita pelo Supremo Tribunal Federal, ainda poderá levar um bom tempo para a se desenvolver, porque cada advogado de cada um dos indiciados tem direito a ter acesso aos autos do processo por um determinado período de tempo. Pode ser que só no ano que vem isso surta efeitos. Mas é bom ver que medidas estão sendo tomadas para reduzir os índices de corrupção no país.
O mensalão tornou-se público com a denúncia do ex-deputado, então presidente do PTB, Roberto Jefferson. Ele dizia fazer parte de um esquema de corrupção no qual os parlamentares recebiam periodicamente recursos ‘não contabilizados’ do PT, em razão de seu apoio ao governo federal. O PT utilizava-se de duas formas para garantir o apoio dos parlamentares ao governo: ou como loteamento político de cargos públicos, ou distribuição de mesadas aos parlamentares. Marcos Valério era quem fazia a distribuição do dinheiro.
De acordo com os resultados da investigação do MP, as denúncias feitas por Roberto Jefferson na CPMI da compra de votos foram comprovadas. Entretanto, a origem dos recursos ainda não foi identificada (existiu o mensalão, foi crime, mas ninguém conseguiu descobrir de onde saía o dinheiro? Fala sério!).
A promessa de investigação do MP era a de produzir mais resultados que as CPIs. No fim, o que pareceu é que o relatório do MP é bem mais completo e detalhado que o das CPIs, mas não traz praticamente nada de novo.

Alguns trechos do documento:

“[A] análise das movimentações financeiras dos investigados e das operações realizadas pelas instituições financeiras envolvidas no esquema demonstra que estes, fazendo tabula rasa da legislação vigente, mantinham um intenso mecanismo de lavagem de dinheiro com a omissão dos órgãos de controle, uma que possuíam o apoio político, administrativo e operacional de José Dirceu, que integrava o Governo e a cúpula do Partido dos Trabalhadores.”

“Os denunciados operacionalizaram desvio de recursos públicos, concessões de benefícios indevidos a particulares em troca de dinheiro e compra de apoio político, condutas que caracterizam os crimes de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, corrupção e evasão de divisas.”

“O conjunto probatório produzido no âmbito do presente inquérito demonstra a existência de uma sofisticada organização criminosa, dividida em setores de atuação, que se estruturou profissionalmente para a prática de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta, além das mais diversas formas de fraude.”

“As provas colhidas no curso do Inquérito demonstram exatamente a existência de uma complexa organização criminosa, dividida em três partes distintas, embora interligadas em sucessivas operações”

“Roberto Jefferson, com o conhecimento de quem vendia apoio político à organização delitiva ora denunciada, em todos os depoimentos prestados, apontou José Dirceu como o criador do esquema do ‘mensalão’”.

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Protesto divertido

Da Zero Hora de hoje:
Um advogado de Cruz Alta, indignado com o baixo valor dos honorários recebidos pela prestação de seus serviços numa ação contra o Ipergs, decidiu utilizar os R$12,48 que receberia pela ação na compra de quatro rolos de papel higiênico de cor pêssego. O objetivo é prostestar contra a baixa remuneração (fixada em 1% pelo juiz da execução), e também fornecer papel higiênico para o banheiro do Fórum, que, segundo o advogado, está sempre sem papel.
O mundo jurídico está definitivamente em decadência… 😛

Alckmin nas eleições 2006

No início do semestre, o professor de Marketing Político tinha pedido que a gente entregasse no dia 20 de abril um texto que contivesse uma análise de um fato político. Como a data de entrega coincidia com a de muitas provas, decidi me adiantar e fazer o trabalho um pouco antes. Aí fiquei um domingo inteiro decidindo sobre o que fazer e pesquisando informações sobre o fato a ser analisado. Escolhi um fato bem bizarro, mas que tivesse potencial para ser desenvolvido (os índices de intenção de voto para Geraldo Alckmin nas eleições 2006, e os motivos pelos quais sua candidatura não estava dando certo). Meu texto não ficou lá muito bom, mas tinha suas 8 páginas… Aí nesta segunda-feira encontrei com o professor e resolvi perguntar sobre como era para ser feito o trabalho. Ele falou que era para escrever um artigo de 1 página (“no máximo duas”)… ¬¬
Bom, resumindo… antes que eu cortasse os pulsos ou me jogasse pela janela (pena que eu moro no segundo andar habitado… o impacto não ia ser tão grande assim :P), decidi que ao menos ia aproveitar o texto para alguma coisa. Meu domingo não foi em vão, ao menos serviu para que eu tivesse um post para o blog no dia de hoje (yay!).
Então, se alguém tiver curiosidade em saber sobre a candidatura do Alckmin… Divirta-se!

* Análise da evolução de Geraldo Alckmin nas pesquisas eleitorais

P.S.: Só quero ver eu conseguir resumir esse texto todo para as míseras “uma, no máximo duas páginas” que o professor quer…

Nova (re)descoberta

Dando continuidade a minha exploração da pasta Favoritos, encontrei a página pessoal de Howard Rheingold na pasta “Stumbles“. Ali consta que a data do primeiro acesso foi em 28 de outubro de 2005. E como é que eu não tinha lido “The Virtual Community” ainda? 😛

Passeando pelos favoritos

Este artigo do NYTimes é/era tri massa. Fala de como os sites americanos de notícias já estão começando a colocar dois títulos em suas reportagens: um para captar a atenção do leitor humano, na página inicial dos sites; e outro na própria matéria, escrito especialmente para que os agregadores de notícias (tipo o Google News) possam localizá-lo.
O legal de colocar uma página nos favoritos na categoria “Outros” é que obviamente eu não tenho a mínima idéia de como cheguei até lá… Mas provavelmente foi através de algum e-mail, site, blog, ou pelo StumbleUpon mesmo… É bom fazer uma faxina nos bookmarks de tempos em tempos 🙂 (o próximo da lista na categoria ‘Outros’ é um site que explica como contribuir para a Wikipedia. Em qual categoria devo colocá-lo? Educação? Web? Ambas? :P).

Quem matou o coelhinho da Páscoa?

Por que as pessoas não se empolgam mais com a Páscoa? Antigamente (na época de outrora, sabe? aquela que os tempos não trazem mais) todos ficavam felizes quando a Páscoa se aproximava. As lojas faziam decorações mirabolantes, as pessoas elaboravam planos do que fazer na data, as crianças escolhiam seus ovos com base no sabor (e não no brinquedinho que vem dentro), as famílias se reuniam… Era tudo tão mais mágico, tão mais meigo.
Escolhi como pauta de Foto o tema de Páscoa, mas não encontrei nada de decoração nas lojas de Pelotas. E tinha muito pouca coisa em Bagé. No comércio, o espírito de Páscoa já era.
E em termos de viagens também há decadência. No meu retorno de Bagé para Pelotas, em pleno sábado de véspera de Páscoa, achei que o ônibus ia estar lotado (até comprei a passagem com três dias de antecedência!), e, no entanto, o ônibus estava completamente vazio (o que não impedia que houvesse os velhos chatos habituais de sempre, como uma cara esparramado do meu lado – sem que restasse espaço para meus braços, pernas, livro, bolsa e bagagem de mão – e um menininho sem noção dando socos a partir do banco de trás). E não adianta alegar que talvez as pessoas estivessem fazendo o caminho inverso (Pelotas-Bagé) porque os dois ônibus se cruzam (perfect timing?) no meio do caminho em Pinheiro Machado. O outro ônibus estava igualmente vazio. A minha mala ficou o tempo todo sacolejando sozinha no bagageiro, sem outras malas para ampará-la (aliteração intencional), sem nada que evitasse que ela se debatesse (em vão?) no vazio.
Mas o que mais me impressiona é o fato de as pessoas não estarem mais dando a mínima para a Páscoa. Nas ruas, não há nada de coelhinhos. Diferente do que acontece no Natal, em que há um Papai Noel a cada esquina, e as pobres crianças que ainda acreditam na magia do Natal (são poucas, hoje em dia) são enroladas com desculpas bizarras que tentam explicar a multiplicidade de papais noéis, quando, no fundo, mal conseguem disfarçar a decadência da infância. Lá em Bagé tem até uma loja que todo Natal contrata um carinha para distribuir balas vestido de Papai Noel. Na minha infância eu tinha medo desse carinha, porque ele usava uma daquelas máscaras assustadoras de plástico (mistura de Chucky com Fidel Castro). Mas eu ia lá e pegava uma balinha mesmo assim. Hoje passei por essa loja, na esperança de encontrar alguém vestido de coelhinho. Mas não havia nada, nem ao menos alguma decoração fajuta ou alguma alusão ao fato de hoje ser véspera de Páscoa.
Tudo bem que a religiosidade esteja meio em decadência e tudo o mais, mas poxa, a Páscoa é um feriado religioso, tal qual o Natal. Por que um abismo tão intenso entre um e outro? (lembrar morte e ressurreição é triste, mas lembrar o nascimento do bebê-cristo é divertido? Esses católicos são muito esquisitos…). Afora todo o apelo comercial que ronda ambas as datas, é tempo de refletir e repensar valores. O coelho simboliza a reprodução. O ovo representa o nascimento. (O chocolate é mero apelo comercial?). Que idéia mais linda e maravilhosa a de um coelho ovíparo para simbolizar a ressurreição! (Não vou nem entrar no mérito da questão de um coelho que pode botar ovos, ainda por cima de chocolate, para não estragar a reflexão).
Sinceramente, acho que a Páscoa está se transformando num verdadeiro dia das mães – uma data móvel sem sentido que só serve para tirar dinheiro das pessoas. Ou acaso alguém ainda desembala um ovo lembrando que Jesus morreu na cruz pelos cristãos? Ah, enfim, ninguém morreu em favor dos ateus, e mesmo assim me reservo no direito de me sentir indignada com o tratamento que os cristãos estão dispensando à Páscoa. Não fosse pela negligência deles eu não teria precisado ir para Bagé para tirar fotos 😛

Um Feliz Natal a todos! Porque a Páscoa, tal qual Jesus, definitivamente já morreu (mas talvez ela ainda ressuscite…)

Miguel Reale

Miguel Reale, um dos maiores juristas do país, morreu nesta madrugada, aos 95 anos de idade, vítima de enfarte. É uma grande perda para o mundo jurídico.

Bush

Make your Own Bush Speech. Legalzinho, até. Destaque para o visual ‘Ronald McDonald’ do presidente Bush.

Feriados

Alguém já parou para pensar em, ou se deu conta de que, dos próximos 20 dias, pelo menos 10 serão dedicados a feriados ou fins de semana? É muita folga!! E com certeza daria para aproveitar bem mais, não fosse o fato de que vou ter 7 provas espalhadas entre os três feriados ¬¬
Viva o ócio!(para quem pode curti-lo) 🙂

Programação para o primeiro feriado (não que alguém tenha algo a ver com isso… 😛):
Amanhã e sexta – Bagé
Sábado – Pelotas – programa de Rádio (Alfa FM, 94.5Mhz, 18h – sorteio de um ovo de Páscoa — única maneira que a gente encontrou de garantir que alguém nos ouça :P)
Domingo – Pelotas – estudar paras provas de TGP e Comunicação e Multimídia

Vídeos

YouTube.com. Postar vídeos vai ser a nova mania da Internet? (Quanto tempo até começarem a barrar o cadastro de brasileiros? 😛)