Category Archives: querido diário

Sete anos de Gilmore Girls

Sete anos de muito café. Sete anos de madrugadas insones, esperando para atualizar o site (nos idos tempos da conexão discada, limitada a escravizantes 20 horas semanais ops, mensais!)… sete anos de piadas inteligentes, sete anos de humor afiado, sete anos de referências obscuras, sete anos de referências interessantes. Sete anos de dedicação. (Ou pelo menos quatro, que foi o tempo durante o qual o site permaneceu efetivamente atualizado). Nesses sete (quatro) anos aprendi a gostar de escrever, a viver com bom humor, a ter uma vida paralela na Internet. Fiz muitos amigos, conheci muita gente (até hoje meu MSN tem uma categoria para “amigos de Gilmore Girls”; pior: até hoje meu endereço de MSN faz referência ao nome do site sobre a série). Talvez minha vida não teria sido a mesma sem Gilmore Girls. Foram sete (okay, quatro) anos esperando ansiosamente pelo episódio da semana na televisão. Sete anos aguardando a renovação para a temporada seguinte. Sete anos de incertezas e dúvidas quanto ao momento final.
Sete anos. Mas tudo chega a um fim. Amanhã: series finale de Gilmore Girls nos EUA. Algumas horas depois já vai ser possível baixá-lo pela Internet. Depois de amanhã, só restará rever os episódios que passou. E aguardar pelo box em DVD das demais temporadas.

Em off: há rumores que apontam na direção de uma possível oitava temporada – provavelmente abreviada.

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Repouso forçado

Não agüento mais enxergar meu próprio quarto. Também não suporto mais este computador. Estou sendo obrigada por minha irmã-médica-particular a ficar de repouso total, até voltar a respirar por conta própria sem a ajuda de broncodilatadores. Praticamente não saio de casa desde sábado de tarde. Ontem saí de casa para almoçar, e voltei pior. Hoje de manhã inventei de ir para uma das aulas da faculdade – mas, pela lei de Murphy, não teve aula. E a minha falta de ar aumentou. Acho que vou ficar parada, na sala, encarando a tevê desligada (ela só serve de enfeite), talvez acompanhada de um livro, e fazendo nebulização, o dia todo. Talvez assim eu lembre os horários da medicação. E também me livro de ficar o dia todo olhando para esta tela pateticamente quadrada e ridiculamente branca. Usar a Internet é bom. Ficar em casa é bom. Mas ser obrigada a ficar em casa por mais de quarenta e oito horas não é nada divertido. Já vi todos os episódios atrasados de Gilmore Girls e Heroes. Reescrevi pelo menos três histórias que nunca serão lidas. Li os jornais atrasados de toda a semana. Visitei blogs que nem sabia que existia. Mandei e-mails chatos e inoportunos para todo mundo. Fiz um backup de todos os arquivos do computador (eu sempre dizia que nunca tinha tempo para isso; pronto, encontrei uma oportunidade ímpar). Enfim, estou tentando ao máximo não usar o tempo livre para colocar a vida acadêmica em dia – a vida perde um pouco da graça sem a correria normal do dia-a-dia. O ideal seria poder canalizar todo esse espírito auto-destrutivo na prática de algo produtivo. Vale qualquer coisa, desde que seja possível fazê-la sentada, parada, quietinha, no sofá da sala. Alguma dica? 😛

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Sem água

Data de eleição do novo síndico do prédio. Torneiras sem água, caixa d’água vazia. Alguma chance de reeleição?

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Tropeço básico

Ontem vivi uma situação que me fez reviver os tempos em que tinha 10 anos de idade. Estava andando distraidamente pela rua, quando tropecei e caí. Conseqüências práticas: duas mãos machucadas, um joelho esfolado, e uma calça jeans destruída.
Já devia fazer uns bons sete ou oito anos da última vez que eu havia rasgado uma calça nos joelhos – ou da última vez em que eu houvesse machucado o joelho. Lembro que nos tempos de escola eu costumava fazer isso uma ou duas vezes por semana. Em razão disso quase todas as minhas calças possuíam remendos nessa região da perna.
Sou completamente desastrada. Esbarro em móveis – mesmo nos que sempre estiveram nos mesmos lugares a vida inteira –, vivo tropeçando, quebro as coisas, derrubo-as no chão, tropeço – e caio. Mas geralmente as conseqüências não passam de ferimentos roxos ou pequenas cicatrizes. A queda de ontem foi a primeira vez em que tive que espalhar bandaids pelo corpo. Saiu até sangue.
Caí no sábado à tarde em frente à faculdade de Direito (sim, eu praticamente moro na faculdade). A calçada de cimento apresenta algumas saliências, que me levaram a tropeçar. Dadas as circunstâncias do local e do horário, não houve platéia. Não havia ninguém por perto para rir ou para apontar. Tive pelo menos três segundos de desequilíbrio, com a certeza de que iria cair, sem que pudesse fazer nada para evitar. Ao menos deu tempo de escolher a melhor posição para cair, reduzindo o impacto da queda. Usei as mãos para proteger o rosto. E os joelhos para proteger as pernas. As conseqüências em mim foram as menores possíveis. Mas serviram de alerta para prestar mais atenção por onde piso.

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A message from the past

(The following is an e-mail from the past, composed on Monday, May 1, 2006, and sent via FutureMe.org)

Dear FutureMe,
Today it’s been a year since I joined the FutureMe.org site… It’s cool to send some messages do yourself from time to time, just to check you’re accomplishing the things you wish you could do by that time…

Apesar da tosquice do primeiro e-mail que recebi de volta (e o pior é acreditar que eu mesma redigi isso, há um ano atrás), vale a dica. Envie e-mail para você mesmo no futuro pelo FutureMe.org 🙂

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Incapacidade discursiva básica

Eu poderia estar falando sobre as megaoperações da Polícia Federal deflagradas recentemente e que envolvem pessoas de altas hierarquias do Poder Judiciário, como a Themis e a Hurricane (que em seguida transformou-se em simplesmente “Furacão”) – na mídia, elas aparecem em matérias sobre a Máfia dos Jogos, e trouxeram à tona novamente discussão sobre a liberalização da jogatina no país. Também poderia comentar a façanha do Grêmio na sexta-feira passada. O time precisava vencer com uma diferença de 4 gols para ir para a final do campeonato gaúcho. E conseguiu. Seria possível ainda comentar o primeiro e o segundo caso de dengue no Rio Grande do Sul (já teve gente contaminada antes, mas esta é a primeira vez que a contaminação se deu dentro do próprio estado). Ou quem sabe então falar um pouco sobre a dominação mundial realizada pela Google – tivemos toda uma Geração Coca-Cola, com uma superinfluência norte-americana nas culturas do mundo simbolizadas pela garrafa do refrigerante, e no entanto uma pesquisa recentemente divulgada anuncia que a marca Google é a mais forte do mundo, ao passo que a Coca encontra-se apenas em quarto. Estaríamos migrando em direção a uma Era Google? O Google vai, efetivamente, dominar o mundo? Forçando um pouco a barra, dava até para falar sobre o devido processo legal e as garantias constitucionais do processo, além dos princípios corolários a esse direito, como a ampla defesa, o contraditório, e o princípio do juiz natural (que alguns vem inclusive estendendo para a garantia do promotor natural) – isso é apenas parte do conteúdo da prova de Processo Constitucional que terei ainda esta semana. Ou até mesmo comentar que o tema da redução da maioridade penal está na pauta da discussão do Senado de amanhã, e que, se o projeto for aprovado, teríamos uma visão nítida do quanto a mídia, alimentada pelo crime (vide caso João Hélio), pode ser capaz de impulsionar mudanças legislativas, sem que haja, entretanto, a contraprestação necessária. Daria até para argumentar que mudar a lei não resolve o problema da criminalidade, uma vez que uma punição mais rigorosa não acaba com o problema de como prender, onde prender, e de como manter preso. Enfim, há vários assuntos que poderiam ser abordados (okay, confesso que em pelo menos 90% dos assuntos eu estaria sendo influenciada pela mídia e fazendo com que meu blog apenas provocasse reverberação midiática). Mesmo assim, não consigo falar sobre nada. O que há de errado comigo? 😛

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Dúvida circunstancial

Com toda essa história de que foi decretado oficialmente o fim do limbo, eis que surge a pergunta:

– Para onde vão as crianças que já estavam no limbo?

Tudo bem, o pensamento religioso não precisa ser sempre lógico…

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Ainda sobre “a” semana

Não agüento mais enxergar qualquer suporte textual com seqüência de caracteres constantes e uniformes na minha frente. É nisso que dá adotar como técnica de estudos a leitura sob pressão, na véspera das provas. Kids, don’t do that. Também não inventem de ficar lendo várias vezes a mesma coisa – isso fará com que você decore o conteúdo, e repita mecanicamente as mesmas afirmações na prova, feito um papagaio. O ideal é compreender, e poder responder com suas próprias palavras. (embora o ideal mesmo fosse poder inter-relacionar os conteúdos e perceber que tudo faz parte de um continuum – mesmo que a associação seja extremamente forçada, como alegar que um processo judicial, que tutela o direito de ação e a pretensão do indivíduo, tem a ver com o plano de comunicação de uma empresa, na medida em que ambos envolvem um procedimento especial de elaboração por etapas).
5 provas to go. “A” semana já está na metade.

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“A” semana

Semana que vem é “a” semana. Quer dizer, não é que seja a única semana que possa ser chamada de “a” semana, mas é a primeira deste ano. “A” semana é aquela semana do ano em que todas as provas de todas as matérias de todas as faculdades convergem em um único espaço temporal de cinco dias. Isso é fruto de calendários acadêmicos coincidentes e mal-resolvidos e leva à beira da paranóia qualquer estudante que faça mais de cinco matérias (de modo que tenha uma proporção superior à de uma prova por dia). Traduzindo para linguagem simples: terei 8 provas, em 5 dias. E o fato de que ainda não estudei para nenhuma delas poderá influir na falta de postagens neste blog nos próximos sete dias.

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Lost

Ainda bem que a pergunta não era “você ainda assiste Lost?” 😛

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